Um processo muito mal explicado


O 1º Festival Internacional de Cinema de Macau aparece subitamente envolto em polémica.
A demissão do programador e figura de cartaz do evento, Marco Müller, está até agora muito mal explicada.
Divergências irreconciliáveis, que pelos vistos já se prolongavam há longo tempo, entre o célebre programador e a comissão organizadora, conduziram a este desfecho e deixam a porta aberta para litígio judicial entre as partes desavindas.
A Associação de Cultura e Produções de Filmes e Televisão de Macau assume agora as rédeas do Festival.
E menoriza a demissão do programador italiano considerando que uma organização não se pode confundir nem se pode confinar a uma só pessoa.
Como com os animais de George Orwell, a realidade é algo diferente.
Sendo todos iguais, há efectivamente alguns que são mais iguais que os outros.
Marco Müller, com o seu vastíssimo currículo e o seu enorme prestígio a nível mundial, enriquecia o evento, atraía público, cineastas, atenção, publicidade.
A sua demissão constitui um duro golpe por muito que se queira ignorar esse facto.
E terá necessariamente que ser muito bem explicada para não ficar no ar a suspeita de ter sido empurrado borda fora de um navio que era suposto comandar.

Comentários

  1. Caro Amigo Pedro Coimbra.
    Certamente os cinéfilos de Macau estão desalentados com esta cruciante questão.
    Caloroso abraço. Saudações cinéfilas.
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.

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    1. Marco Müller é um homem com prestígio mundial, Amigo João Paulo de Oliveira.
      Que já organizou festivais de cinema em Roterdão, em Lucarno, em Veneza.
      Não consegue organizar um festival em Macau?
      Ele, que era a cara e a alma desse festival?
      Este processo tem que ser muito bem explicado.
      porque não faz sentido nenhum.
      O governo fala constantemente em atrair talentos.
      Quando os consegue atrair dá-lhes um pontapé nos fundilhos??

      Aquele abraço

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  2. Para um 1° Festival, é deveras lamentável.
    Boa semana!

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  3. Tem razão, embora as pessoas não sejam insubstituíveis, mas existem pessoas mais substituiveis do que outras.

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    1. Nem de propósito, hoje foi dia de apresentação das Linhas de Acção Governativa.
      E lá veio o Chefe do Executivo falar em atrair talentos.
      Para quê?
      Para os desperdiçar quando se conseguem atrair??
      Não percebo.

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    2. Acho que ninguém percebe(rá)...

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    3. Estou curioso para ver os próximos capítulos, São.

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  4. Nada melhor que afastar as pessoas com valor.
    Quo vadis, sensatez?

    Um abraço, Pedro.

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    1. E este é mesmo um craque nesta área, António.
      Borda fora!
      Aquele abraço

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  5. Bom, esperemos então pela justificação..
    Beijinhos

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  6. Não conheço os "contornos" do assunto em causa, mas parece-me "mais do mesmo" ... Quando interesses mais altos se impõem, cai quem está no caminho ... não sei, estou a divagar =)
    boa semana!

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    1. Não está a divagar, não, Isabel.
      A explicação passará muito por aí.
      Boa semana

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  7. Não é a primeira vez nem a última
    que uma pessoa de valor é afastada,
    para colocar no seu lugar um inábil,
    mas que vai fazer o que alguém quer.
    Um abraço, amigo.
    Irene Alves

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    1. Vai mesmo por aí, Irene Alves.
      O que é muito triste porque estamos a falar do 1º Festival e de um craque.
      Um abraço

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  8. Serão reconhecidos os valores de Müller ou haverá dessas entidades interesses não transparentes à mistura.

    Beijinho Pedro.

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    1. "haverá dessas entidades interesses não transparentes à mistura."
      Bingo, Adélia!
      Beijinhos

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  9. Como o azeite e o vinagre não se misturam têm de se entender.
    Todos sabemos que políticos e cultura nunca se deram bem.
    Boa noite.

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  10. Desse não falo, porque não conheço, mas posso dizer-lhe que o do Estoril está a melhorar de ano para ano.
    Abraço e boa semana, Pedro

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    1. Porque recorre a especialistas, a craques, Carlos.
      A gente não quer cá disso.
      Queremos uns rapazes estranhos com uns interesses estranhos.
      Aquele abraço, boa semana

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  11. Aqui, em Düsseldorf, o governador quer vender o nosso teatro, um monumento de arquitectura moderna.

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    1. Não dê ideias a estes caramelos, Teresa.
      Lá se vai o património classificado pela UNESCO!

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  12. Por todo o lado descartam pessoas credíveis em prol de interesses escondidos. Que mundo!

    Beijocas

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    1. Estamos a falar de um craque, Fatyly.
      Que já dirigiu festivais de cinema um pouco por toda a parte.
      Não há ninguém com um perfil sequer semelhante em Macau.
      Beijocas

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