Com um pé no governo e outro na oposição, ou a visão marxista do PCP
Viver longe de Portugal altera a perspectiva com que encaramos o que vai acontecendo no país.
Nunca escondi as minhas reservas acerca da fórmula encontrada para viabilizar a governação de António Costa e do PS.
Reservas que se prendiam sobretudo com o comportamento do PCP enquanto apoiante de uma solução de poder porque nunca acreditei no PCP como partido que faça parte de uma solução de poder.
Essa descrença acentua-se com o comportamento errático dos comunistas nos tempos mais recentes.
A teimosia em apresentar um candidato próprio às presidenciais (o Bloco fez o mesmo); a convocação de greves por parte de sindicatos afectos à CGTP, a base da militância comunista; a crítica pública ao projecto de Orçamento de Estado e a algumas medidas neste contempladas; a crítica pública à estratégia europeia do Executivo, indo ao ponto de se afirmar que, neste particular, a estratégia é igual à da coligação PSD/CDS; acentuam a ideia que este PCP existe para ser oposição e só sabe ser oposição.
E tanto assim é que o PCP consegue esse malabarismo extraordinário de ser oposição à solução de governo que apoia.
Jerónimo de Sousa e os seus camaradas continuam com a mesma fixação em Marx.
Desta vez não é Karl Marx, é Groucho Marx e o seu célebre "eu nunca faria parte de um clube que aceitasse como membro um tipo como eu".
Pois é o PCP está numa situação complicada a de dizer sim e não ao mesmo tempo.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Mas quem é que escolheu esse destino, Francisco??
EliminarO PCP não é um partido de poder dentro do contexto da União Europeia.
E os líderes comunistas sabem que, se seguirem a estratégia de Costa, vêem fugir eleitorado para o PS e para o Bloco.
Para evitar isso têm que ser o que sempre foram - oposição, contestação.
Como é que isso é possível se se faz parte da solução governativa.
A quadratura do círculo.
Aquele abraço, boa semana
Pedro, o comportamento e o pensamento errático de António Costa, a sua ânsia de poder, de ser 1º Ministro, conduziram o País - uma vez mais - para o fio da navalha, aliás, um "filme" já antes visto e com um denominador comum, a saber, o Partido Socialista.
ResponderEliminarNão vejo, sinceramente, outra alternativa ao nóvel Presidente da República que não seja a dissolução da AR, pois naquele saco de gatos o PCP não pode ser a "Olivia Patroa" às 2ªs, 4ªs e 6ªs e a "Olivia Costureira" às 3ªs e 5ªs.
É um asco viver neste país com tantas potencialidades, mas que teima em não ter amor próprio, teima em jogar pela janela fora a felicidade, onde os políticos não tem sentido de Estado e são, isso sim, patetas com salários chorudos.
Eles quiseram assim, nós estamos a perder tempo e credibilidade internacional que, doa a quem doer, adquirimos ao longo do consulado do XIX Governo Constitucional.
Aquele Abraço.
Para quem está fora essas figuras ridículas ainda metem mais impressão, Ricardo.
EliminarNão surpreendem, o PCP só tem hipótese de ser poder se for sozinho e de forma totalitária.
Mas entristecem, desmoralizam,
Como é que o país pode ter credibilidade externa se se apresenta desta forma??
Aquele abraço
Não sendo comunista, o Jerónimo de Sousa até era uma pessoa com quem simpatizava. Mas esta posição dúbia, e a tirada à Pedro Arroja, na noite de eleições, a propósito da candidata do bloco de esquerda, derrubaram toda a simpatia que tinha por ele.
ResponderEliminarUm abraço
A boca que ele endereçou à Marisa Matias só me mereceu um qualificativo, Elvira Carvalho - canalha!
EliminarDisse-o então, não retiro uma vírgula.
Não estou nada surprendido com esta posição dúplice do PCP.
Restou triste, o que é bem diferente.
Um abraço
Estou, não é restou
EliminarLembra-se da estória do escorpião? Parece que o PCP está em igual situação, mas o pior é que arrastará toda a Esquerda para o fundo .
ResponderEliminarEsse era o meu receio quando vi o PCP como participante da solução de governo, São.
EliminarEsperava estar enganado.
E gostava de estar enganado.
Lá está, como o escorpião, está no ADN.
O que esperar de um partido que nunca soube fazer outra coisa se não oposição?
ResponderEliminarNa pessoa do seu secretário geral, vão-se ouvindo umas palermices, daquelas que nos leva a dizer ... 'quem não o conhecer que o compre'.
Abraço
Sempre foi essa a impressão que tive deste PCP, António.
EliminarTinha muito receio quando vi o partido fazer parte de uma solução governativa.
Aí está o resultado.
Aquele abraço
Só se inventarem o "nim"....
ResponderEliminarVai por aqui um tal sarilho que até dói!
bjs
Mesmo assim o PCP seria contra, papoila.
EliminarPorque o PCP é, acima de tudo, contra.
Seja o que for, seja quem for.
Bjs
Este post fez-me lembrar
ResponderEliminarISTO do Groucho Marx
:))
Nem mais, Rui.
EliminarÉ o PCP :))))