AL aponta o dedo ao Governo, Governo aponta o dedo à AL, Chan Chak Mo aponta o dedo aos juristas
Ho Iat Seng, Presidente da Assembleia Legislativa de Macau, criticou o Governo pelo atraso na entrega de projectos de lei ao hemiciclo, atraso que fundamentaria a pouca produtividade do órgão legislativo, a demora na aprovação de leis ou de alteração a outras já aprovadas.
O Governo, por sua vez, critica a Assembleia Legislativa por levar uma eternidade em discussões, tantas vezes estéreis, até aprovar os diplomas que lhe são entregues.
Nada de novo a Oriente.
Esta guerra nada surda entre os poderes executivo e legislativo já tem barba e cabelo grisalhos.
Curioso é que, para o observador mais atento e menos comprometido com qualquer das partes em conflito, ambas são vítimas e culpados, que o mesmo é dizer que ambas têm razão nos seus protestos, sendo simultaneamente causa desses protestos.
Se é verdade que o executivo entrega projectos tarde e a más horas ao legislativo, muitas vezes com graves deficiências, e para serem aprovados em prazos muito curtos, também não é menos verdade que o legislativo se perde em longas discussões, tantas vezes laterais ao projecto de lei em discussão, em incontáveis e intermináveis monólogos que raramente auxiliam a discussão e enriquecem o projecto em aprovação.
O que há de novo neste bate-boca é a entrada em cena do deputado Chan Chak Mo e sua decisão salomónica acerca deste diferendo.
Afinal, a culpa para tantos atrasos e dissensões é dos juristas, quer do executivo quer do legislativo, que não se entendem na redacção dos projectos de lei que o hemiciclo tem que posteriormente aprovar.
Tudo simples, tudo claro - a culpa, mais uma vez, é do mensageiro.
Reconheça-se que, no mundo de Chan Chak Mo, de todos os Chan Chak Mo, regido pelo princípio "seja feita a minha vontade", seria efectivamente tudo muito mais simples e claro.
Mas também muito mais perigoso.
O busílis está na "Incompreensão dos textos legais" em discussão, conforme foi agora revelado. Ora, isto é mesmo dizer para o povinho que está a trabalhar no Governo ou na AL algum analfabeto, será isto verdade ?
ResponderEliminarQue a esmagadora maioria dos deputados não percebe patavina do que está a discutir eu não tenho dúvidas, Anónimo.
EliminarOs assessores, os juristas a quem é apontado o dedo, sem querer ser juiz em causa própria, até não são propriamente incapazes.
Aponto para os meus colegas que prestam funções na AL e que até são muito bons.
Uma opinião que não é só minha, longe disso.
O Oriente tem muito esse pendor para a discussão ou é impressão minha?
ResponderEliminarPedro, é capaz de me fazer o favor de explicar a diferença entre juristas, advogados e solicitadores? Desde já, agradecida.
Aquilo nem são discussões.
EliminarMaior parte das vezes são longos e enfadonhos monólogos.
Que não levam a lado nenhum.
Diferenças:
Para se ser advogado, é necessário o curso de Direito e a aprovação no estágio de advocacia.
Só depois é emitida a cédula profissional.
A minha está suspensa porque não exerço advocacia e não quer pagar quotas nem Caixa de Previdência.
No dia em que quiser, se quiser, o que muito duvido, é só pedi-la de volta.
O jurista, ou só tem o curso de Direito e não tem o estágio de advocacia, ou, como é o meu caso, não exerce advocacia e limita-se a trabalhar na área do Direito, normalmente no seio da Administração Pública e com poderes de litigação muito limitador.
O solicitador não tem o curso de Direito, faz uns trabalhos burocráticos na esfera do Direito sem nunca poder litigar.
Muito grata!
EliminarBem haja, Pedro!
De nada, São.
EliminarAtrevo-me a dar um título: ao sabor da confusão.
ResponderEliminarE não me parece que haja necessidade.
Abraço
Atrevo-me a dar um título: ao sabor da confusão.
ResponderEliminarE não me parece que haja necessidade.
Abraço
O que é engraçado é que acabam por arranjar sempre um "bode respiratório", à moda do Jorge Jesus, António.
EliminarSão os juristas esses malvados.
Não há cu que aguente!!
Aquele abraço
A "Lei do empurra" sempre deu muito jeito nas políticas ! É a "lei do menor esforço" ! Fica-se com a ideia que quando se atiram as culpas para "o outro" é como que um "lavar de mãos" !
ResponderEliminarSempre muito fácil criticar do que realizar e finalmente quando se realiza, "cai o Carmo e a Trindade" ! Quem te mandou a ti "mensageiro" fazer o que estás a fazer ? ... "Deixa correr" que é isso que nós queremos !!!
Abraço !
Às vezes parece mentira, Rui.
EliminarE irrita até à medula.
Aquele abraço
É preciso paciência, Pedro. Não sei é se de oriental ou de ocidental. ;)
ResponderEliminarAbraço
Tem que ser uma mistura das duas, AC
EliminarAquele abraço
O jogo do empurra quando não se quer fazer.
ResponderEliminarDesejo que o amigo se encontre bem.
Abraço.
Irene Alves
Quando não se quer e quando não se sabe, Irene Alves.
EliminarAbraço
O jogo do empurra? Onde é que eu já vi isto?
ResponderEliminarVê-se muito, Carlos.
EliminarEm demasia!
~~~
ResponderEliminarPois, todos ralham e parece que ninguém tem razão.
E não comem pão...
~~ Beijinhos. ~~
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Comem, e MUITO!!!, outras coi$$$a$$$, Majo!!
EliminarBeijinhos
A fogueira estava branda e deitou-se mais uma achazinha para acordar o fogo... Há alguns para quem o jogo de atirar culpas é o desporto que mais praticam. Boa semana!
ResponderEliminarA idiotice ainda não paga imposto, M Campos.
EliminarEnquanto assim for vamos ter muitos destes à solta.
Perigosissimo, Pedro!
ResponderEliminarBom FDS,
Mor
Nada que surpreenda, Mor.
EliminarBfds