Primeiras impressões do novo elenco governativo
Pedro Passos Coelho e Paulo Portas conseguiram vencer o primeiro dos desafios importantes, e são tantos!!, que lhes são colocados.
Apresentar um elenco governativo, depois de terem alcançado e subscrito um acordo político, em muito reduzido espaço de tempo (48 horas).
Entre os dez ministérios que o PSD tinha em mente, e os doze que Paulo Portas defendia, o acordo ficou a meio caminho - onze ministérios.
Que são os seguintes (pastas e respectivos titulares):
Finanças - Vítor Gaspar
Economia - Álvaro Santos Pereira
Negócios Estrangeiros - Paulo Portas
Defesa - Aguiar-Branco
Justiça - Paula Teixeira da Cruz
Administração Interna - Miguel Macedo
Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas
Segurança Social - Pedro Mota Soares
Educação e Ensino Superior - Nuno Crato
Agricultura, Ambiente e Território - Assunção Cristas
Saúde - Paulo Macedo
Olhando para as escolhas, é fácil detectar a preocupação de apresentar uma equipa jovem, com gente normalmente arredada do jogo de cadeiras (Paulo Portas será a excepção, mas acredito que possa ser um bom ministro dos Negócios Estrangeiros), com claro enfoque na competência técnica em detrimento da experiência política (as escolhas para a Economia, Finanças e Educação são bons exemplos), o cumprimento da promessa de integrar personalidades independentes no elenco governativo, alguma coragem de correr riscos com personalidades muito jovens e sem experiência governativa (Assunção Cristas é o melhor exemplo).
É uma equipa que, à primeira vista, pode imprimir algum dinamismo à governação do país, que procura responder aos desafios económicos (terríveis) que se vão fazer sentir nos próximos anos, que suscita algum entusiasmo, mais não seja pelo risco que assume.
Não sei se estamos perante uma equipa ganhadora.
Isso, só o tempo o dirá.
Mas julgo que estamos perante uma equipa que, pelo menos, merece o benefício da dúvida.
Desempoeirada, que não cheira a mofo, que pode transmitir alguma esperança e entusiasmo.
Tão necessários quando o país se encontra profundamente deprimido.
Na dupla vertante psicológica e financeira.
Pedro Passos Coelho e Paulo Portas responderam com rapidez e eficácia aos primeiros desafios que tinham de enfrentar.
Espero (desejo) que continuem a trilhar o mesmo caminho, e com a mesma energia, doravante.
Pessoalmente, repito, dou-lhes o benefício da dúvida.
Caro Pedro
ResponderEliminarO grande problema é a autonomia que o Governo (novo)dispõe para pôr em prática as suas políticas. Oportuno ouvir Saramago em "a falsa Democracia"
Abraço
Houve recusas de alguns elementos convidados por PPC o que obrigou o mesmo a alterações de última hora.
ResponderEliminarEste não é, na minha perspectiva, o governo ideal, por falta de perfil de alguns dos seus elementos.
Compete-me, como cidadão português, dar o benefício da dúvida e desejar a melhor governação possível.
Para bem de todos e de tudo.
P.S. - Onde se meteram Bagão Félix e Fernando Nobre?
Pedro
ResponderEliminarComo dizia o cego "vamos ver, vamos ver"...
até onde conseguem acertar o passo se onde aprenderam a dançar não foi na mesma academia.
Abraço
Rodrigo,
ResponderEliminarEste governo tem alguns pontos positivos.
Pelo menos, do ponto de vista teórico.
Depois de escrever este post, ouvi uma entrevista com Medina Carreira.
Dizia ele, e eu concordo, que este governo representa um mudança geracional, apresenta gente muito bem preparada tecnicamente em detrimento de politiqueiros, apresenta gente que tem um emprego, ou é capaz de ter um emprego com facilidade.
Isto é, que não vive da política e de tachos.
Está limitado pelos compromissos assumidos?
Claro.
Mas, até nisso, é bom que haja ali técnicos competentes, negociadores hábeis, em vez de vendedores de banha da cobra.
Confesso que PPC me surpreendeu.
E espero ter razão quando digo que penso que este é um bom governo.
Abraço
Observador,
Haver recusas é normal.
Catroga foi uma delas.
E explicou porquê.
Quer-se gente jovem, dinâmica, cheia de energia.
Chega de ver as mesams caras, com os mesmos vícios, os mesmos esqueletos no armário, as mesmas dívidas de gratidão para com uma clientela bem grande.
O desaparecimento de Bagão Félix, por exemplo, é um bom sinal dessa nova geraçao que agora aparece.
Fernando Nobre é outra história.
Esse é para aparecer na AR na tentativa de ser eleito.
Representa o oposto deste governo.
Cada vez percebo menos a teimosia de PPC com ele.
Adélia,
Como referi, dou o benefício da dúvida a este governo.
Para já, de entrada, fiquei (bem) impressionado.
Abraço
Modificando as palavras de Mark Twain, digo que só os tolos são pessimistas, por isso, dou a este jovem governo o benefício da dúvida.
ResponderEliminarTeresa,
ResponderEliminarEste governo tem, logo à partida, um ponto positivo - não são as mesmas caras de sempre.
A tal geração mais qualificada de sempre, de que tanto se fala, chega ao poder, à governação do país.
Vai ter um bom desempenho?
Não sei.
Mas acredito que sim.
E tem energia', preparação técnica e "mundo".
Que são qualidades essenciais neste momento.