A águia voou, o leão baixou a juba e os "guerreiros" estão a precisar de calmantes

No jogo de todos os perigos, aquele que ninguém queria perder, e que o Benfica não podia perder, as águias foram mais fortes e venceram os leões (2-0) com dois golos de Cardozo.

Com as duas equipas montadas em esquemas tácticos semelhantes (4/1/3/2), o talento individual seria teoricamente determinante para o desfecho do jogo.

E foi.

O Benfica tem melhores invidualidades, jogadores capazes de desiquilibrar, mais classe.

Algo que falta a este plantel do Sporting.

Paulo Sérgio até pode ter à sua disposição um maior número de soluções em relação às que existiam na época passada, mas é por demais evidente um défice de qualidade neste plantel do Sporting.

Sem fazer um grande jogo, longe disso, as individualidades do Benfica foram suficientes para fazer pender a balança para o lado da equipa da casa.

Com Cardozo em plano de destaque.

Depois do golo ao Hapoel, e do episódio que protagonizou com os adeptos, o paraguaio terá conseguido a completa redenção perante a massa associativa do Benfica.

Belíssima exibição, coroada com dois golos, mais algumas oportunidades, uma bola no ferro.

Foi importante para o Benfica marcar no início dos dois períodos (12 e 48 minutos).

É um facto.

Como o é a absoluta incapacidade revelada pelo Sporting para reagir aos golos dos encarnados.

Liedson, definitivamente no ocaso da carreira, ainda teve a oportunidade de relançar o jogo.

Como vem sendo hábito, falhou.

O Benfica, no espaço de menos de uma semana, recupera índices de confiança que andavam arredios do Estádio da Luz.

Mas há uma grande diferença de qualidade entre a equipa desta época e a que dominou a Liga na época passada.

Jorge Jesus continua à procura de uma solução para o lado esquerdo, coxo com a saída de Di Maria, insiste na dupla Carlos Martins/Aimar à frente de Javi Garcia, não consegue integrar os reforços.

Duas equipas ainda em busca de uma identidade, com a vantagem a pender para o Benfica porque tem melhores jogadores que o Sporting.

A pior equipa em campo (a opinião parece recolher unanimidade) acabou por ser a equipa de arbitragem, comandada por Carlos Xistra.

Depois da celeuma no início da semana, Carlos Xistra optou pela solução mais fácil.

Mas também a mais irritante - apitou a tudo!!

Retirou ritmo ao jogo, tornou-o aborrecido, parou-o demasiadas vezes.

Não prejudicou nenhuma das equipas.

Prejudicou o espectáculo.

E o público.

Depois do 6-0 em Londres, a equipa do Braga deu mais uma demonstração da nervoseira que se instalou no Minho.

O empate em Paços de Ferreira (2-2) não é um resultado que surpreenda.

Muito menos é um escândalo.

Jogar na Mata Real é complicado para todas as equipas, sobretudo as que dispõem de jogadores tecnicamente mais dotados.

O campo é curto, o Paços fecha bem, sai em rápidos contra-ataques.

O problema está sim nas circunstâncias em que aconteceu esse empate.

Depois de estar a ganhar por 2-0, com o jogo aparentemente ganho, a equipa do Braga enervou-se, tremeu, e acabou por consentir o empate mesmo no final do jogo.

A irritação de Domingos é compreensível.

Como foi possível, nas palavras do técnico, passar do 80 para o 8?

Continuo a defender que a explicação está no facto de este Braga ser uma equipa dimensionada para consumo interno.

Na época passada, com a Liga portuguesa como única preocupação, aconteceu o brilharete.

Este ano, com a atenção dispersa, é bem provável que apareçam mais alguns dissabores pelo caminho.

Outros resultados:

Olhanense - Portimonense (2-0)

Beira-Mar -- Marítimo (1-1)

 Vitória de Guimarães -- União de Leiria (1-0)

 Rio Ave -- Académica (2-2)

Naval 1.º Maio -- Vitória de Setúbal (0-0)