Uma ideia tão parva só podia sair da cabeça de Gilberto Madaíl
O episódio que envolveu a tentativa de contratar José Mourinho para orientar a Selecção Nacional, foi sintomático do completo desnorte que grassa na Federação Portuguesa de Futebol.
José Mourinho é o treinador de futebol mais caro do Mundo, a prestar funções no clube que tem a equipa mais cara do Mundo.
Com sinceridade, alguém alguma vez pensou que Florentino Peréz e Jorge Valdano iam libertar Mourinho para ele vir, na sua aura salvífica, libertar a Selecção Nacional do desastre que se anuncia?
Das trevas da eliminação?
para agravar a asneira, o patético presidente da Federação desenvolveu toda esta operação com tremendo alarido.
Câmaras de televisão, notícias, barulho.
O oposto do que é aconselável nestes momentos.
Mas um mundo onde Mourinho adora habitar.
No qual sabe brilhar.
Não admira que tenha alinhado no espectáculo.
E que tenha ajudado à tarefa de, nesse espectáculo, se meter mais água que naquela, por estes dias célebre, criação de Franco Dragone para o City of Dreams.
Foi deprimente ver Gilberto Madaíl ir falar com Mourinho, ser recebido pelos jornalistas no Aeroporto da Portela, tudo sem ninguém se lembrar de perguntar a Florentino Peréz o que é que ele achava da ideia.
O dirigente merengue ficou caladinho, foi vendo o desenrolar do filme, e, quando chegou a hora, respondeu o óbvio - ESTÃO A GOZAR COMIGO (era o Florentino a gritar)??!!
É que, ao contrário do propalado, não se trata de "emprestar" o treinador para dirigir a selecção em dois jogos.
Antes disso, é necessário preparar convocatórias.
Para as preparar, é necessário ver os jogadores a actuar.
Nos vários campeonatos.
Falar com os treinadores dos clubes.
São necessários treinos.
São necessárias concentrações.
Deslocações.
Estágios.
Só depois é que chegam os jogos.
Será que, para além de todos os outros dons, Mourinho também possui o dom da ubiquidade?
Sim, é que, só assim, poderia desempenhar estas tarefas, ao mesmo tempo que comandava uma equipa com as exigências do Real Madrid.
Mais a mais, alguém tão metódico como ele.
O que é que Gilberto Madaíl conseguiu com a sua cruzada?
Conseguiu, perante o Mundo, mendigar a compreensão dos dirigentes espanhóis, rogar uma espécie de regime paralelo ao da liberdade condicional para o "D. Sebastião da bola".
Para ouvir um rotundo e sonoro NÃO.
E conseguiu, simultaneamente, fragilizar a posição do treinador que pegar na Selecção Nacional.
Mesmo antes de este, seja lá quem for, assumir o cargo.
Se tantos disparates, vindos da mente de Gilberto Madaíl, nem me surpreendem muito, confesso que estou algo desiludido com a postura de José Mourinho neste episódio.
A sua imensa vaidade toldou-lhe o juízo.
É a única explicação que consigo encontrar para o seu comportamento.
Patriotismo?
Atitude patriótica seria, quando Gilberto Madaíl lhe apareceu em Espanha, Mourinho dizer-lhe ao ouvido - "Tenha juízo, homem! Diga que veio a Espanha comprar caramelos, volte para Portugal, e contrate um treinador para orientar a Selecção Nacional do meu país.
Agora sorria para as câmaras e vá-se embora".
A FPF é um Circo enorme, que possue o maiorr palhaço do Mundo chamado Madail.
ResponderEliminarPor Bangkok começou de novo a palhaçada dos casimas vermelhas, devem ser simpatizantes do glorioso!...
Como dizia alguém, cujo nome agora não recordo: "passávamos do piloto-automático para o comando à distância". Ridículo!!!
ResponderEliminarCaro amigo Cambeta,
ResponderEliminarInfelizmente, a palhaçada, no mau sentido, não é exclusivo de nenhum país.
Está cada vez mais globalizada.
Luís,
Não sei de quem é o comentário, mas aptece-me dizer que foi "na mouche"!!