Um "Dragão" que só sabe ganhar, uma "Águia" que começa a voar, e uns "Estudantes" que já estão no segundo lugar
Começa a ser complicado escrever acerca do Porto de André Villas-Boas.
Esta equipa parece que está programada para ganhar.
Um exterminador implacável, este "Dragão" conta por vitórias os jogos oficiais que realizou até agora (e já são 10!!), joga bem, mostra soluções, deixa a sensação que ainda consegue ir mais longe e que ainda tem soluções para mostrar (James, Guarin e Mariano).
Limites?
Para já, não estão ali à vista.
Existirão, mas estão muito bem dissimulados.
André Villas-Boas está a demonstrar que era inteiramente verdade o que afirmava.
O jovem técnico do Porto está efectivamente muito mais perto de Bobby Robson do que de Mourinho.
O Porto de Villas-Boas ganha (ontem por 2-0).
Como o de Mourinho ganhava.
Mas joga bonito, quer agradar.
E aí é mais a imagem de Bobby Robson.
O rendilhado do meio-campo (Moutinho e Fernando estão numa forma extraordinária!), a fórmula que o britânico repetia à exaustão ("passe precise, passe precise!!"), estão ali em todo o esplendor.
À frente, um lutador (Falcao, que anda arredado dos golos) e dois desiquilibradores (Hulk e Varela).
Parece simples.
Ontem, para ser tudo perfeito, a estreia de Otamendi com um golo.
Esta é a defesa que prevejo vá fazer maior parte da época (Fucile, Rolando, Otamendi, Álvaro Pereira).
O Porto ganha, não apresenta debilidades, está com uma confiança tremenda, joga bonito.
Um Porto moldado por Villas-Boas, muito à imagem de Bobby Robson, salpicado com a segurança e o pragmatismo de Mourinho.
Entusiasmante para quem gosta de futebol.
Na Madeira, um Benfica, que se reencontra depois de um começo de época horrível, venceu um Marítimo que desilude mais e mais a cada jogo que passa.
O Benfica ganhou (1-0, golo de Coentrão), e só ficou a dever a si próprio o facto de não ter marcado muitos mais golos.
Cardozo e Saviola desperdiçaram oportunidades mais do que suficientes para garantir uma goleada.
O Benfica ainda está muito longe da equipa que encantou na época passada, mas já está no caminho da equipa forte, temível que se prevê que venha a ser.
O Marítimo, que prometia lutar por um lugar de acesso às competições europeias, anda nos lugares de fundo de tabela.
Muito fraquinha esta equipa madeirense.
Nos lugares de acesso às competições europeias (grupo dos segundos classificados), está a Académica de Jorge Costa.
Com a vitória (3-1) frente ao Guimarães, a Briosa juntou-se aos vimarenenses e bracarenses no grupo de segundos classificados.
A Académica marcou primeiro.
O Guimarães ainda empatou.
Surgiu então um golaço de Sougou (mais um!) para Laionel resolver definitivamente a questão já no final do jogo.
Vivem-se tempos de alegria, de alguma euforia até, em Coimbra.
Tudo porque os "pardalitos do Choupal", versão Jorge Costa, ganham e entusiasmam.
Depois de Domingos e de André Villas-Boas, a Académica está a lançar Jorge Costa.
Provando que Coimbra, também na formação de jovens treinadores, ainda é uma lição.
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