Jorge Oliveira de saída
Jorge Oliveira, o coordenador do Gabinete para os Assuntos de Direito Internacional, terá pedido a demissão do cargo que ocupa(va?).
A notícia, da edição de hoje do diário Hoje Macau, só terá apanhado de surpresa os mais distraídos.
Este desfecho era previsível, já vinha sendo comentado há algum tempo, acumulavam-se os sinais nesse sentido.
Nada de novo a Oriente, portanto.
Jorge Costa Oliveira não necessita que eu elogie a sua actuação e o seu percurso profissional.
Mais uma razão para me sentir totalmente confortável ao fazê-lo.
Jorge Costa Oliveira é (era?) um dos melhores quadros da Administração.
Um jurista brilhante, dotado de invulgar inteligência e cultura, com enorme mundividência, grande experiência de vida e profissional, refinada educação.
Julgo que é unânime o reconhecimento do seu brilhantismo profissional, o facto de se tratar de um dos melhores juristas a prestar funções na Administração Pública em Macau.
E um dos melhores directores de serviços.
E um dos melhores directores de serviços.
O meu testemunho não é motivado por qualquer sentimento patriótico, ou pelo bom relacionamento que tenho com o visado.
Ainda assim, não deixo de assinalar o facto de se assistir à saída de mais um alto quadro da Administração, de origem portuguesa.
Depois de Carlos Roldão Lopes, e de Carlos Ávila, agora Jorge Costa Oliveira.
Independentemente das motivações subjacentes, das causas próximas, e das opções de cada um, se a memória não me atraiçoa, resta Costa Antunes, o director dos Serviços de Turismo, como alto quadro português na Administração.
Sinais dos tempos.
De um novo tempo.
Votos de um futuro brilhante, pessoal e profissional, que se comenta passará por Macau, para Jorge Costa Oliveira.
Mas o caro Pedro não acha que o tal de Jorginho não sacou já os milhões suficientes para os netos?...
ResponderEliminarPara ser rigoroso, devia ter assinalado que o único alto quadro de origem portuguesa que cessou recentemente funções de forma digna foi o Roldão Lopes. Todos os outros saem manchados e mancham a presença portuguesa em Macau: além do Jorge Oliveira, também o Ávila, o Castanheira Lourenço, o João Janela e o Manuel Silvério. Todos envolvidos em escândalos muito feios.
ResponderEliminarCom isto, parece ficar arrumada qualquer perspectiva que ainda pudesse existir de portugueses assumirem lugares de destaque na administração de Macau. Vão trabalhando como técnicos superiores enquanto derem jeito em certas áreas, cumprindo ordens de bolinha baixa e mais nada.
De resto, acabou-se, kaput. E ainda vamos no primeiro ano do Chui Sai On. Quero ver como vão estar as coisas no final do primeiro mandato. Só não vê quem não quer.
E nem nos podemos queixar dos chineses nestes escândalos. Esta gente é que fez a cama em que se deitou.
ResponderEliminarTodos os comentários a este post entram por caminhos que não quero trilhar.
ResponderEliminarEsses acontecimentos são laterais aos FACTOS que queria deixar claros - A saída de um dos melhores juristas da Administração (estamos de acordo?) e de um dos últimos altos quadros portugueses da Administração.
Ao anónimo das 10.37, em particular.
Não há aqui lugar a queixas que eu não sou nada dado a isso.
Constatação de factos, só isso.
Laterais? A sua noção de acontecimentos laterais é muito generosa para os visados. Parece-me mais que há uma ligação intrínsica entre esses acontecimentos nada laterais e os desfechos que realçou. Separar as coisas dessa maneira é uma forma muito coxa de falar dos assuntos. Os efeitos têm causas e há que tentar percebê-las para se compreender esses efeitos. As causas influenciam e muito o significado dos efeitos.
ResponderEliminarIntrínsecas.
ResponderEliminarParece que ainda não fui bem compreendido.
ResponderEliminarFoco a minha atenção na competência técnica da pessoa (pode-se discordar da minha opinião) e no facto de ser mais um alto quadro português que abandona a Administração.
Se este fosee um espaço noticioso, e eu jornalista, teria que aprofundar o tema, investigar com maior profundidade toda a envolvência.
Não é o caso.
É um blogue, no qual eu opto por centrar a atenção em dois aspectos muito concretos.
A especulação deixo para outros.
Passe a comparação, isso é como falar do Carlos Cruz e dizer apenas que a televisão portuguesa perdeu uma das suas caras mais conhecidas, elogiando-o a seguir. O resto é irrelevante.
ResponderEliminarO blogue é seu e faça como quiser.
Anónimo das 23:30,
ResponderEliminarQue exagero!
Convenhamos...
O blogue é meu.
Mas todas as ideias e contribuições são bem-vindas.
Cumprimentos
Eu ressalvei a comparação.
ResponderEliminarUm dos melhores juristas da Administração? Porque carga de água? Por ter engendrado a monstruosidade que são as "subconcessões" (e que bem podiam ter outro nome), contornando de forma óbvia o que diz a lei (i.e., que haverá um máximo de 3 concessões)? Ou por ter redigido em cima do joelho a Lei do Jogo? Para isso não é preciso ser jurista - mas é preciso ser pouco escrupuloso. Só pessoas pouco informadas, e certamente o próprio visado, é que acreditam que ele seja um grande jurista. A acreditar no que ele diz de si próprio, é certamente o melhor jurista do mundo! Como se sabe, presunção e água benta, cada um toma a que quer.
ResponderEliminarAnónimo das 08:50,
ResponderEliminarEu sei que ressalvou.
Mas foi um bocado forte.
Cumprimentos
Anónimo das 09:29
Sabedoria brasileira - "Opinião, e gosto, é feito cu - cada pessoa tem um!!"
Respeito a sua opinião.
Cumprimentos
Concordo com o anónimo das 09.29: o Dr. Jorge Oliveira gaba-se de ser o pai das suconcessões do jogo. Outros, no lugar dele, calar-se-iam, por vergonha.
ResponderEliminarO Jorge Oliveira é o homem dos esquemas. Um dia, ia dar merda, como deu.
ResponderEliminarDiz ele que vai para os casinos quando passarem os seis meses de inibição, mas não sei se algum casino o quererá contratar depois destas notícias todas.
O esquema das subconcessões não indicia uma mente brilhante, mas sim uma mente bajuladora disposta a fazer, a qualquer preço, um favor ao seu dono - e talvez a mais alguém
ResponderEliminarVeremos quando a Venetian lhe der emprego, se der. Foi para safar a Venetian que ele engendrou o esquema das subconcessões, lembram-se? Sem isso, a Galaxy fica com uma das licenças e a Venetian ficava a arder.
ResponderEliminarQuererá a Venetian alguém que não trabalha?
ResponderEliminarHá favores que merecem atenções especiais.
ResponderEliminarAH!, a Venetian! Edmundo Ho queria que a Venetian ficasse em Macau, custasse o que custasse, e Jorge Oliveira entendeu que a legalidade não era obstáculo à concretização de tanto ardente desejo.
ResponderEliminarcom excepção do Roldão Lopes, do Antonio Pedro e do Luciano Correia de OLiveira, essa cambada de tugas ou pro-tugas ( manel silvério) mancharam a imagem da portugalidade com a latronice descarada....alguma dela atapetada,é certo! Roubaram que se fartaram...milhoes...querem que vos diga? tivesse havido coragem de levar as investigaçoes a serio,,,estavam presos...ouviste á cernachense !
ResponderEliminarMas, afinal, porque é que Jorge Costa Oliveira fugiu de Macau??
ResponderEliminarJorge Costa Oliveira fugiu de Macau, aparentemente, porque não tinha a consciência limpa...
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