A guerra à porta





Donald Tusk avisou, Vladimir Putin confirmou - a guerra está à porta.
Quando Donald Tusk agitou uma Europa sonolenta, e um Mundo bocejante, foi olhado de soslaio.
Um exagero aquilo que acabava de dizer.
Putin é um louco mas nunca iria arriscar um conflito globalizado.
Ouvindo isto, ainda mal refeito do abalo que o brutal atentado terrorista em Moscovo provocou na sua liderança, Putin assinou por baixo as declarações de Tusk.
Fê-lo solenemente, em forma de decreto, convocando centenas de milhar de jovens entre os 18 e os 30 anos para o combate que Tusk anunciara aos seus pares.
Donald Tusk, polaco, conhece o mindset de Putin muito melhor que os outros líderes europeus.
A convivência forçada durante décadas permite aos cidadãos do Leste da Europa uma leitura do pensamento de Putin muito mais clarividente, quer queiramos quer não.
Putin vai empenhar o país na luta na frente ucraniana, enquanto procura interferir na eleição de Trump.
Se o conseguir, sabendo que Trump vai menorizar a NATO, Putin vai subjugar a Ucrânia e dali partir para a conquista da Europa.
Começando no Leste, já se percebeu.
Acabando onde e quando lhe fizerem efectivamente frente sem se assustar com o constante bluff nuclear do Kremlin.
Quem acha que Macron e Tusk são loucos ainda não percebeu o mundo em que vive.
Um mundo que tem um Putin e um Trump.
Um louco assassino e um cabotino idiota.

Comentários

  1. Não foi há muito tempo que ouvi um representante democrata da Flórida dizer que Trump está a preparar o cenário para a terceira guerra mundial.
    Não sendo detentora de grandes conhecimentos políticos, a minha intuição diz-me que isso não vai acontecer. Se Trump for eleito, muitas concessões poderão ser dadas a Putin e a outro ditadores, mas não ao ponto de desencadear outra guerra onde ninguém sairá vencedor.

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    1. Quem dera ser tão optimista, Catarina.
      Se Trump for eleito, a NATO não poderá contar com o respaldo americano.
      Sem o respaldo americano na NATO, a Europa terá de fazer frente a Putin por si própria.
      E a Europa é um pigmeu na área da defesa.
      Porque é que acha que se começa a falar em reavivar a indústria de defesa na Europa?
      Porque é que se começa a discutir, até em Portugal, a reintrodução do serviço militar obrigatório?
      O Mundo mudou.
      E pode mudar muito mais se Trump for novamente eleito.

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  2. Com Trump novamente no poder, a Europa vai penar e pagar caro por não ter investido na defesa.
    Acredito que Trump não vença. Biden continua a ajudar Israel e só pode ser estratégia eleitoral.
    Venha o serviço militar obrigatório. Invista-se na indústria de defesa.
    Imaginar Putin a avançar pela Europa fora é aterrador.
    Beijo.

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    1. Tenho muito receio, teresa.
      Trump, e quem o rodeia e apoia, assustam muito.
      Aquela gente é ignorante e profundamente estúpida.
      Precisamente aquilo que Putin, esperto e sagaz, explora.
      Beijo

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  3. Lendo o texto e os comentários e respostas do pedro, é de se temer realmente!
    abraços, chica

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  4. Teresa Palmira Hoffbauer

    Europa está a preparar-se para a guerra, mas a Rússia não deve optar por um conflito suicida. Na possibilidade de uma guerra nuclear ☢️ a responsabilidade não é de Donald Trump. Há actores muitíssimo mais fortes envolvidos no conflito. O líder chinês não é para desprezar ☢️

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    1. A China nestas condições é uma espécie de Suíça a Oriente, Teresa.
      Não se envolve.
      Pelo menos directamente.

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    2. Teresa Palmira Hoffbauer

      O presidente dos Estados Unidos e o líder do estado e do partido da República Popular da China falaram ao telefone pela primeira vez desde sua cúpula em novembro. Joe Biden também abordou muitos pontos críticos. Por exemplo, a questão de Taiwan, o apoio chinês à indústria de defesa da Rússia e as práticas comerciais "injustas" de Pequim.

      A China não é a Suíça a Oriente‼️

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    3. Só no sentido de se dizer neutral, Teresa.
      Só nisso.

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  5. Não é apenas Trump que 'tem qiue carregar no botão''. E nenhum dos outros, mais ou menos loucos, está em condições para sequer pensar nisso.
    Putin chama o mundo para uma espécie de batalha naval, que de barcos pouco tem.
    Guerra nuclear? Não acredito.
    Teremos, entretanto, muito do que já aconteceu há uns anos e ninguém deu por isso.
    Tudo o que eu digo é relativo mas de ter em conta.
    Abraço

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    1. O António e a Teresa não repararam que eu referi bluff.
      Putin não vai usar o nuclear.
      Mas ameaça com essa hipótese.
      Por isso é que Macron "pagou para ver" e ameaçou com o envio de tropas para a Ucrânia.
      Abraço

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    2. Teresa Palmira Hoffbauer

      Claro que compreendi que o Pedro continua a pensar que a „retórica nuclear de Putin e o envio de tropas de Macron só podem ser bluff.
      Quem jogou póquer percebe isso.
      Não há nada fora da mesa.
      Só isso, julgo eu.”
      Enquanto que eu penso, em caso de guerra é uma guerra nuclear ☢️ Tenho acreditar que isso não aconteça.

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    3. Putin é um rufia, Teresa.
      E os rufias reagem assim - se não me agarram...

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  6. Parece-me ser uma ideia da maior evidência. A questão é: nós que vamos fazer, Pedro? Para além de estarmos contra o que é, efectivamente, igual a nada.

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    1. Temos de estar sempre preparados para o pior cenário, bea.
      E enfrentar a retórica de Putin com uma retórica igual.
      É impossível dialogar com brutamontes

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  7. Concordo com a sua análise ( só acrescentaria o genocida judeu).

    Porém, eu ainda tenho dúvidas em crer que o russo seja insano o suficiente para abrir guerra contra a Nato...

    Oxalá seja eu a ter razão.

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  8. Dois assassinos à solta...etc...
    .
    Deambulando...
    Beijo e uma excelente semana.

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  9. Boa tarde de quarta-feira Pedro. Putin, usa a ameaça nuclear, como forma de pressão.

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  10. Olá Pedro!

    Deixa-me profundamente triste e desanimado que o mundo esteja a caminhar para o abismo novamente. É tão triste...

    Abraços!

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  11. i feel curious about people who elect such monstrous people who lead world towards dark ends

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  12. Putin já deu mostras do que é capaz e não está para brincadeiras. Em 2024, o seu lado perigoso é mais do que evidente. Todas as precauções são poucas para a sua loucura nacionalista.

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