Eixo do mal

 


George W. Bush não terá deixado saudades no exercício do seu mandato como Presidente dos Estados Unidos.
Foi ele, arrastado pelos falcões que o rodeavam, a criar o caos no Médio Oriente que ainda a todos afecta.
Um caos que acabou por virar o Mundo às avessas, e que acabou na versão americana da Guerra dos Mundos com o ataque às torres gémeas e ao Pentágono.
No meio dos muitos disparates que disse e fez, pelo menos numa das teclas que permanentemente batia temos de lhe reconhecer alguma sensatez.
George W. Bush aludia constantemente àquilo que qualificava como eixo do mal.
Dois mandatos de Obama, um de Trump, outro de Biden, e continuamos a assistir à actuação desse conjunto de países terroristas cada vez com mais força.
Os disparos mais e mais frequentes da Coreia do Norte, testando até a capacidade de atingir os seus vizinhos; o ataque da Rússia à Ucrânia; agora o ataque iraniano a Israel, que envolve necessariamente os Estados Unidos neste possível conflito.
O eixo do mal existe, está activo, não tem medos nem receios, não conhece regras, e não aceita a actual ordem mundial.
Muitos anos depois, George W. Bush tem a sua vingança.
Bitter sweet, mas uma vingança.
A questão que agora se coloca é saber se Israel irá retaliar o ataque em massa de que foi alvo.
E a resposta é que muito provavelmente o fará.
Israel vive cercado na sua minúscula dimensão desde que foi criado como Estado.
E deve a sua sobrevivência ao auxílio militar externo e a uma capacidade dissuasora fortíssima.
Equipado com uns serviços secretos temíveis (Mossad), Israel deverá muito provavelmente procurar atingir o Irão no seu bem mais precioso - o programa nuclear.
Depois de ter decapitado esse desígnio do regime iraniano assassinando o seu mais alto responsável, Israel deverá agora tentar atingir as instalações onde esse programa é desenvolvido. 

Comentários

  1. Teresa Palmira Hoffbauer

    Eu vejo Netanyahu com o dedo no gatilho.
    As pressões dos EUA e da Europa são inúteis. Israel quer atingir o Irão. Dezenas de mortos em Gaza à margem.
    Nova oferta do Hamas para a troca de reféns e prisioneiros palestinos. Para Israel é inaceitável.

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    1. Não acredito numa resposta de Israel semelhante ao ataque iraniano, Teresa.
      Algo mais subtil, a curto/médio prazo, para ferir e atrasar por décadas o programa nuclear iraniano.
      Vou mais por aí.

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    2. Teresa Palmira Hoffbauer

      O programa nuclear iraniano, persistente e contínuo é o pesadelo para a região, assim como para os Estados Unidos, Europa, NATO e muitos outros aliados. O medo cresce na Alemanha.

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    3. E esse será o alvo de Israel, Teresa.
      Quando menos se esperar...

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  2. Não acredito que Bush considere isso como uma vingança. Poderá pensar... “eu bem avisei”... mas nada para além disso. : ) This is not a laughing matter, I know!
    Também não estou a ver Israel retaliar nesta altura. A pressão para não o fazer é muito grande. Os árabes receiam o Irão, mas não apoiam Israel...
    Mas que sei eu!...

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    1. E a opinião pública interna, Catarina?
      Depois do ataque do Hamas, agora o do Irão.
      Bibi tem que mostrar o músculo.
      Mas, como tem cérebro, não vai ser à bruta.

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  3. Que esperava Israel quando atacou a embaixada do Irão ? Provavelmente que respondesse .

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    1. O regime iraniano é um dos mais perigosos do Planeta, São.
      Desta vez não agiu por interposta pessoa como é hábito.
      E vai pagar caro por isso.
      O ataque que desferiu foi brutal.
      A falta de resposta de Israel deve ser o maior pesadelo dos mullahs.
      Eles sabem que haverá resposta.
      Quando e como??

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  4. O Irão já ameaçou os todos os que apoiarem Israel.
    Temo o pior.
    Manu

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    1. E quem é que apoia o Irão, Manu?
      Aqueles que os toleram não os apoiam.
      São coisas bem diferentes.
      Israel quase de certeza irá atacar o programa nuclear iraniano.
      Como e quando é o que falta saber.

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  5. Andam todos loucos e já agora Israel deveria dar uma cúpula de ferro aos ucranianos e assim defendem-se do maldito Putin.
    Beijos

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    1. Israel terá um dos melhores (o melhor?) sistema de defesa anti aérea do Mundo, Fatyly.
      Só assim, e com o apoio de americanos, ingleses e da Arábia Saudita, conseguiu resistir a tão violento ataque.
      Beijos

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  6. Todos sabem que algo vai acontecer. Não será no imediato mas vai ser a médio prazo.
    Baralhando todas estas questões, será relativamente fácil uma onda de ataques, terroristas ou com outro nome, um pouco por todo o mundo. O que de resto tem vindo a acontecer.
    Abraço, Pedro.

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    1. Nada de muito diferente, António.
      Era assim, por interposta pessoa, que o Irão atacava.
      Agora foi de cara descoberta.
      Abraço

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  7. O mundo está cada vez mais perigoso.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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    1. Infelizmente, Isa Sá.
      Nesse aspecto somos uns privilegiados aqui em Macau.
      A segurança pública é a todos os títulos excelente.

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  8. Pra mim a resposta de Israel está por horas. E vai ser terrível.
    E depois... haverá retaliação do Irão. E depois...
    O Mundo perdeu o tino.
    Beijo.

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  9. Pedro, eu não quero saber de nada.
    Vou lendo, pouco,
    As notícias televisivas são muitas, os comentadores são mais que muitos, e prefiro viver nesta "ignorância".
    Mundo mesquinho, invejoso, vingativo.
    E os sofredores são os pequenos que precisam de comida , medicamentos , água, para sobreviverem, mas não há dinheiro.
    Só para armas.
    E assim destruímos o mundo.
    Tanta crueldade.

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    1. A indústria do armamento sempre foi das mais lucrativas.
      E é mesmo verdade, money makes the world go around.

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  10. Todo o dia, o dia inteiro notícias dessas guerras, mostram a monstruosidade, e como sempre, pagam os que nada tem a ver com o poder e as vaidades: os inocentes. Em suma, a humanidade continua estúpida, desumana e ávida pelo poder. Estão a medir forças, é o que mais parece...
    Boa semana, Pedro,
    beijo.

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    1. É isso mesmo, Tais, mostrar os músculos.
      Beijo, boa semana

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