Concorrência das arábias

Diego Simeone disse recentemente temer o que pode acontecer à sua equipa antes do fecho dos mercados nas arábias.

Porque essa é realmente a grande incógnita e a grande ameaça neste momento.

Alheios às regras do fair play financeiro, nadando em dinheiro, os clubes árabes conseguem atrair as maiores vedetas com quantias verdadeiramente obscenas.

Quando Cristiano Ronaldo afirmou publicamente que a seguir a ele muitos craques chegariam ao Médio Oriente, o mundo futebolístico riu e escarneceu.

Ronaldo não era exemplo, estava no fim da carreira, estava velho.

Afinal Ronaldo estava apenas a dizer publicamente o que lhe tinha sido confidenciado em privado.

Os clubes árabes não olham a custos quando pretendem recrutar jogadores e treinadores.

E estes, profissionais de futebol, homens, não conseguem dizer não quando são confrontados com valores que representarão vidas de fausto para si próprios, para as suas famílias, para os seus descendentes.

Percebo perfeitamente o receio de Simeone.

Doravante qualquer treinador sentirá o mesmo certamente.

Porque sabe que, até ao fecho dos mercados árabes, toda a planificação de um plantel, de uma época, pode cair no espaço de minutos.

Essa é a nova realidade, um novo mundo no já de si complexo mundo da bola.