Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Sérgio Godinho incluiu no vocabulário corrente português a expressão "hoje é o primeiro dia do resto da tua vida" quando a cantou na balada "O Primeiro Dia".
O mesmo Sérgio Godinho que nos habituou a procurar encarar a vida "Com Um Brilhozinho Nos Olhos".
E foi com um brilhozinho nos olhos que a Selecção Nacional de futebol se estreou ontem na Liga das Nações, naquele que terá sido o primeiro dia do resto da sua vida.
Uma vida pós-Ronaldo, uma vida sem um verdadeiro fora-de-série, uma vida em que o conjunto tem que funcionar ainda melhor que até aqui, uma vida em que a grande referência dos últimos anos vai gradualmente desaparecendo.
Havia a expectativa para ver como funcionaria a equipa no primeiro jogo oficial sem Ronaldo, que coincidia com o primeiro jogo oficial após a medíocre prestação no Mundial.
Funcionou bem, longe de ser entusiasmante ou espectacular, mas suficientemente sólida para levar de vencida um seleccionado italiano ainda à procura da glória perdida.
Seleccionado italiano que tem vindo a perder referências, que tem vindo a perder qualidade, e que é neste momento uma equipa pouco mais que vulgar.
É neste contexto que se tem que analisar a vitória (1-0) de ontem.
Histórica?
Só se quisermos focar-nos apenas no facto de, nos encontros oficiais entre as duas selecções, Portugal não vencer a Itália há já sessenta anos.
Porque, em boa verdade, no restante, essa adjectivação faz pouco ou nenhum sentido.
A Liga das Nações é uma prova sem qualquer prestígio (alguma vez o terá??), a equipa nacional italiana uma espécie de fidalgo arruinado que vive de glórias passadas, uma quase Norma Desmond em Sunset Boulevard, deslumbrada com a admiração que os Alfred do mundo do futebol ainda lhe transmitem.
O golo de André Silva, que traduziu no resultado o que se passou em campo (os italianos foram virtualmente inofensivos e os portugueses até podiam ter marcado mais um ou dois golos), não nos deve fazer automaticamente pensar em amanhãs cantantes para esta nova versão da Selecção Nacional.
Se antes do jogo havia a expectativa para ver como funcionaria a Selecção sem Ronaldo, agora fica a dúvida como irá jogar, em que modelo, quando Ronaldo estiver presente.
Entrada com o pé direito na Liga das Nações, satisfação, sensação de dever cumprido, com um brilhozinho nos olhos, naquele que foi só o primeiro dia do resto da vida da Selecção Nacional.
Os meus olhos também brilharam de alegria com a vitória da equipa das quinas contra a equipa italiana na *catedral* benfiquista.
ResponderEliminarOs italiano agora são pouco mais que inofensivos, Teresa.
EliminarQue equipa tão fraquinha, que falta de qualidade.
Não vi o jogo, Pedro!
EliminarEmbora esta Itália também já não seja o que era, ADOREI a nossa vitória. Pronto!!!
Claro, Teresa, também eu.
EliminarAté porque prova que há vida para além do CR 7.
what i got from this great piece of writing is that
ResponderEliminar"you love Rolando"
congratulations for victory about which you had doubts my friend!
Ronaldo is the greatest footballer I have seen playing, baili.
EliminarThe most complete one.
But his career is coming to an end.
Time for the new ones.
Gostei de ver, amigo.
ResponderEliminarAbraço
R: Pequenos excertos daquela história (que é mais um documento histórico do que uma história) já foram publicados na história da Rosa, e principalmente na do Manuel da Lenha. Daí o seu reconhecimento.
Quando li fiquei com essa ideia.
EliminarA memória já não é o que era mas também não está assim tão má :))
Abraço
Confesso que de futebol não percebo grande coisa...
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
De vez em quando há bola aqui por estes lados, Isabel Sá :))
EliminarBom dia. Muito bem. Foi uma vitória merecida.O Treinador Italiano foi de queixo caído. Jogar na Catedral tem outra cor :))
ResponderEliminarBjos
Votos de uma óptima Terça - Feira
Não foi por jogar na Luz que Portugal ganhou, Larissa Santos :))
EliminarBjs, votos de uma óptima terça-feira também
Vi só parte da 2ª parte do jogo, Pedro, e do que vi gostei...e interroguei-me sobre o mesmo "com CR7 como será"?
ResponderEliminarTemos futuro enquanto selecção sem Ronaldo, mas isso há muito que se sabia, meu caro.
Aquele abraço.
Estou curioso para ver, Ricardo.
EliminarO Ronaldo tem lugar cativo.
Enquanto puder jogar obviamente tem lugar cativo.
Mas para sair quem e jogar como?
Temos que esperar para ver.
Aquele abraço
Bom dia!
ResponderEliminarEssa musica eu adoro ouvi-la! O jogo, ou melhor, a vitória soube mesmo bem...Ficaram felizes, ficamos felizes... O Jogo foi na minha (casa), pelo menos nesses instantes esqueceram-se de andar com o SLB na boca ... por razões óbvias :)!!
Viva Portugal!
.
Beijo e um excelente dia!
Cidália Ferreira,
EliminarSou portista.
O que dizia do FCPorto digo do Benfica - inocentes até trânsito em julgado de sentença que prove o contrário.
Até lá podemos brincar, pode haver galhofa, não nos podemos esquecer que são inocentes.
Beijo, votos de um excelente dia.
E mesmo sem CR7, aconteceu o que não acontecia há sessenta longos anos, Pedro!! :))
ResponderEliminarBeijinhos e Viva Portugal!!
Esta Itália também já não é o que era, Janita.
EliminarNem nada parecido.
Beijinhos e, sim, Viva Portugal!
Finalmente lá ganhamos e bem aos italianos e sem o CR7.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Até podíamos ter marcado mais um golo ou outro, Francisco.
EliminarO maior obstáculo foi o melhor jogador italiano.
O excelente guarda-redes, Donnarruma.
Aquele abraço
Há que reter na nossa "lembradura" que ganhamos sem CR7...
ResponderEliminarCom um sistema novo, novos jogadores, Pedro Dinis.
EliminarHá vida para além de Ronaldo.
Como sabes sou um néscio futebolístico.
ResponderEliminarCuriosamente duas equipas com jogadores de origem brasileira naturalizados, Amigo João Paulo de Oliveira.
EliminarUm dos quais, Pepe, até foi capitão da Selecção Portuguesa.
Fico feliz por ti e todos os que gostam de futebol. O que vou dizer é longe bem longe de qualquer interpretação contra, mas qualquer selecção de futebol deveria ser apenas constituída por jogadores nascidos em Portugal e não "naturalizados". Muitos países não terão "matéria prima", paciência que lutem com a prata da casa. Agora naturalizações à pressa etc e tal...não concordo. Jogarem noutros países é bem diferente e contra isso nada tenho a dizer.
ResponderEliminarEspero não ser mal interpretada mas há selecções que procedem assim, julgo eu de que...ou estarei errada?
Beijocas e uma boa tarde e já agora parabéns para eles.
Muitas, Fatyly, muitas.
EliminarOntem havia jogadores naturalizados nas duas selecções.
O capitão da selecção portuguesa foi o Pepe...
Sempre assim foi, em boa verdade.
Mais ou menos, sempre houve esse fenómeno.
Beijocas
Queridos amigos leitores,
ResponderEliminarconvidamos-vos a ler o capítulo 9 do nosso conto escrito a várias mãos "Janelas de Tempo"
http://contospartilhados.blogspot.com/2018/09/janelas-de-tempo-capitulo-9.html
Com votos de continuação de boa semana,
saudações literárias!
Passarei por lá.
EliminarBoa semana
Totalmente de acordo
ResponderEliminarBoa semana
Boa semana, São.
EliminarNão conhecia os pormenores...
ResponderEliminarAgradeço o conhecimento... fiquei contente.
Beijinhos
~~~~
beijinhos, Majo.
EliminarO craque tem habilidade mas. Ontem a Selecção ganhou sem a sua participação. E como ele Cristiano Ronaldo, está quase no fim da sua carreira futebolística, o seleccionador da Selecção Portuguesa tem que ir em busca de outros Cristianos Ronaldos!
ResponderEliminarTenha uma boa noite caro amigo Pedro Coimbra.
Um abraço.
Não tanto de outros CR 7 que isso só há um, Amigo eduardo.
EliminarDe outras alternativas, de outras soluções.
Aquele abraço
Sempre achei que Ronaldo era um grande valor na equipa, mas, a partir de certa altura, de tal maneira grande que fazia sombra aos restantes elementos da selecção. Havia jogadores que não medravam por complexo ou mesmo porque a influência do n. 7 se fazia sentir onde não devia. Havia um excesso de protagonismo, "próprio" de uma estrela. Era evidente, em campo e fora dele, na linguagem gestual que se podia observar. Por vezes parecia subalternizar o próprio seleccionador. O regresso poderá inquinar o trabalho do FS.
ResponderEliminarPrefiro uma selecção sem estrelas.
Gostei do jogo e da crónica, Pedro.
Abraço.
Mas o CR 7, enquanto jogar, tem lugar cativo, Agostinho.
EliminarAquele tipo é mesmo um fenómeno.
Ler hoje as declarações da Carlos Tevez acerca dele só confirma o que todos os treinador e colegas têm dito - ele é obsessivo no trabalho, perfeccionista.
Aquele abraço
Subscrevo o comentário de Agostinho na totalidade!!
EliminarJa no futsal feminino tb fizemos história :)
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