Uma estação, dois relatórios

Foi ontem dado a conhecer um relatório do Comissariado de Auditoria particularmente crítico acerca dquilo que o organismo considera serem alguns desmandos cometidos na TDM em matéria de autorização de despesas e de privilégios de alguns dos seus altos quadros.

Despesismo e desperdício de fundos públicos.

Especialmente visado, o administrador-delegado da empresa, Manuel Gonçalves.

Não disponho de elementos que me permitam analisar o bem fundado do exposto no relatório do Comissariado de Auditoria.

O que me parece algo estranho é que este relatório seja tornado público nas vésperas de um outro que se vinha anunciando há já algum tempo.

Refiro-me ao relatório que o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento Estratégico da TDM, o tal presidido por Kuan Tsui Hang, deverá apresentar por estes dias (tinha seis meses, contados desde 22 de Abril, para o fazer).

O Comissariado de Auditoria aponta deficiências à gestão financeira da TDM.

Estou em crer que o Grupo de Trabalho vai apontar deficiências ao modelo de programação, às opções estratégicas tomadas no seio da empresa.

Os protestos do deputado Ung Choi Kun, na Assembleia Legislativa no final do ano passado, parece que vão agora ter resposta.

Ou melhor, respostas.

Logo duas, e quase em simultâneo.

Terá sido só coincidência?