Patriotas? Há muitos!!


A "rentrée" política na Assembleia Legislativa foi particularmente animada.
E bastante elucidativa.
Sobretudo no que respeita ao tema pariotismo.
E no posicionamento dos vários deputados face ao mesmo.
Fiquei a perceber que há os deputados muito patriotas.
Carcaterística fundamental - reduzem a questão do patriotismo à fórmula simplista China/Contra Mundum.
E, tal como no scketch de Abbott & Costello, em que não se podia dizer Niagara Falls sem que um dos personagens tivesse um ataque de fúria, também não podem ouvir alguns nomes sem entrar em inflamados discursos.
Há também os patriotas.
Estes, a grande maioria, não fazem declarações exaltadas, não se fazem particularmente notados.
E, na hora de votar, cumprem o dever patriótico de votar com a maioria.
Há ainda os deputados que não querem chatices com o patriotismo.
Como tal, não votam, não fazem declarações.
São uma espécie de Manuel da série Fawlty Towers - "I know nothing! I'm from Bracelona!"
Há também os patriotas pragmáticos.
Influenciados pela cultura brasileira, preferem não "cutucar a onça com vara curta".
Com uma pitada da sabedoria popular portuguesa, e outra de espírito judaico/cristão, seguem o lema "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti".
Finalmente, há os patriotas agitadores, ou provocadores.
Um grupo muito restrito, facilmente identificável.
Não esquecendo o patriotismo, é um grupo irrequieto, e que manda a harmonia às malvas.
E que, por causa desse comportamento, ouve lições de patriotismo do grupo dos muito patriotas.

Realmente, acontece com os patriotas o mesmo que acontecia com os chapéus do Vasco Santana - há muitos!

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