O sonho renasce
Dois jogos, duas vitórias, seis pontos, seis golos marcados, um novo espírito, alegria, harmonia, jogadores que reaparecem, outros que se reinventam.
Tudo com simplicidade, com humildade, com disciplina e rigor.
E um sonho que renasce.
Paulo Bento, humilde como sempre foi, como homem e treinador, atribui o mérito aos jogadores.
Todos percebemos que o mérito é, sobretudo, do novo seleccionador.
Paulo Bento devolveu normalidade e harmonia à Selecção.
E conseguiu, muito rapidamente, ter um lateral direito que dá garantias, uma dupla de centrais rotinada (tendo a coragem de colocar Bruno Alves no banco), um médio defensivo que ajuda (e de que maneira!!!) nas tarefas ofensivas, um médio que é um faz-tudo e que tinha sido Paulo Bento a descobrir aqui há uns anos, outro que pensa o jogo.
E um Ronaldo que volta a ter prazer em jogar na Selecção, que desiquilibra.
Tal como Nani, ontem não tão interventivo como no jogo com os dinamarqueses.
Percebendo que Hugo Almeida não está a conseguir acompanhar a dinâmica do resto da equipa, o jogo de pé para pé, Paulo Bento fez entrar Postiga.
E Postiga deu nova vida ao jogo colectivo.
E marcou o golo da tranquilidade (tinha que aparecer a tranquilidade!).
Com as duas vitórias pelo mesmo resultado (3-1), Portugal reentra na luta pelo apuramento.
Algo que se afigurava tarefa impossível ainda há cerca de duas semanas.
Tudo graças ao talento modesto de um treinador competente.
Que percebe o óbvio - quem tem que ser criativo, quem tem que ser imaginativo, desiquilibrador, são os jogadores dentro do campo.
Que, para tanto, devem jogar nas suas posições de origem, nas posições onde adquiriram ritmo e rotinas.
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