O futebol pode (deve!) ser tão simples...
Ainda ontem comentava com um amigo algo que já deixara aqui escrito e que se confirmou no jogo com a Dinamarca - Paulo Bento não é um génio, não quer ser um génio, não quer sobressair.
É um tipo simples, com um raciocínio simples, não é, e nunca foi, um "criativo".
Acima de tudo, é alguém estável e confiável.
Para algumas pessoas, estas características podem ser vistas como defeitos.
Para outras, como eu, são virtudes.
O que é que se viu no jogo de ontem com a Dinamarca?
Tudo o que acabei de escrever.
Paulo Bento colocou os jogadores nas suas posições naturais (adivinhei o onze logo a seguir à convocatória; com Paulo Bento é fácil) e deixou que a criatividade saísse dos pés de Nani (que jogo fantástico!!), de Moutinho (está em grande forma e Paulo Bento conhece-o como ninguém), de Carlos Martins (parece outro jogador esta época), de Ronaldo, de Fábio Coentrão.
Adicione-se a segurança da dupla de centrais (Pepe é central, não é médio!!) e de Meireles; o facto de haver cumplicidade entre os jogadores e o treinador; e entre este e o público; e está explicado o caminho para uma vitória.
Merecida, que podia ter tido um resultado mais volumoso.
Num jogo que deu para ver João Pereira estrear-se com a camisola de Portugal, ele que fora indicado por Paulo Bento ao Sporting.
E que deu para ver que o ponto mais fraco da equipa, neste momento, agora que há Meireles, Tiago, Manuel Fernandes, para fazer a posição "6", é a posição "9".
Sobretudo que deu para perceber que, com simplicidade, e com tranquilidade (tinha que ser...), há mais possibilidades de ser feliz.
Que deu para perceber que Paulo Bento sabe jogar em 4/3/3.
Se tiver os jogadores para jogar nesse sistema.
Que deu para para perceber que o ambiente na Selecção, com Carlos Queiroz, era péssimo.
Vamos lá ganhar à Islândia agora que a casa está arrumada, está bem?
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