Fratelli d’Italia
Chama-se Giorgia Meloni, é jornalista de profissão, filha de pai comunista, e vai ser a primeira mulher chefe de governo em Itália.
Giorgia Meloni, apoiada por Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, é só a mais recente ultranacionalista, soberanista, a subir ao poder na Europa.
Só mais uma apostada em governar no seio de uma União Europeia que odeia e quer fazer implodir.
E que foi logo saudada pelos seus congéneres franceses, húngaros, polacos, portugueses.
A União Europeia enfrenta com Giorgia Meloni mais um desafio à sua sobrevivência e ao seu futuro.
Acossada por movimentos populistas, fascizantes, que encontram em tempos de dificuldade terreno fértil para crescer, a União Europeia tem agora de mostrar que é mais unida que os irmãos unidos que a querem destruir.
A Itália dá forte guinada à direita.
Porque a esquerda se tem esquecido de falar para o povo.
Distraída com combates ideológicos, a esquerda deixou que a direita cavalgasse o descontentamento popular resultante de uma conjuntura mundial complexa que afecta o dia a dia do cidadão comum.
Se a vitória de Giorgia Meloni servir para recentrar o debate em questões concretas (“it’s the economy stupid”) não terá sido afinal tão desastrosa quanto parece à primeira vista.
Ainda pensei que não seria eleita.
ResponderEliminarE a seguir? A França? Portugal com o senhor Ventura?: )
Portugal não acredito, Catarina.
EliminarFrança já não digo o mesmo.
É preciso ter fé nos homens, mas parece-me cada vez mais que caminhamos alegremente para a autodestruição. Como diz o povo, à beira do abismo damos um passo em frente. A UE, que nunca teve a força que todos desejaríamos, sofre mais um golpe.
ResponderEliminarPode que aconteça essa esperança pequena de que o Pedro fala. Mas a notícia vergastou o rosto dos democratas. E não só dos italianos.
A Esquerda tem que se deixar de centrar o discurso nos chamados temas fracturantes, bea.
EliminarMao, lembrem-se de Mao - "antes de tudo o mais vamos matar a fome ao povo".
A eleição de Meloni acontece num país com historial fascista.
ResponderEliminarNão me parece consistente esta vitória da extrema direita. O elevado número da abstenção não dá descanso à eleita. E depois ... aquelas alianças de Salvini e Berlusconi não ajudam or aí além.
Abraço, Pedro.
Se fosse um fenómeno isolado eu também pensava assim, António.
EliminarMas basta olhar para outros países no seio da União Europeia para perceber que não é bem assim.
Até Portugal se está a deixar seduzir por esse canto da sereia.
Abraço
É indispensável que a Esquerda pense a sério no seu comportamento e veja que erros tem cometido para assim descobrir a razão desta preocupante , rápida e geral ascensão da extrema-direita.
ResponderEliminarVitórias na Suécia, Itália, Polónia, Hungria e claras hipóteses em França , Espanha , Portugal (neste caso, pela mão do PSD de Montenegro , que recomendou o voto ao seu grupo parlamentar no candidato de Ventura para vice-presidente da Assembleia da República e , como os deputados ainda têm alguma consciência cívica e desobedeceram, exige agora a intervenção do Presidente da mesma ).
Vou repetir o comentário de ontem, esperando que desta vez nada desapareça: gostei das gravuras e desejo excelente semana.
A Esquerda está a desfocar o discurso, São.
EliminarE a Direita a preencher esse vazio com um discurso populista.
Esperemos que os alarmes soem.
Boa semana
Subscrevo o comentário do António e também a tua resposta e digo apenas que na Itália os governos depois de muito folclore caem que nem passas podres.
ResponderEliminarO Berlusconi parece um fantasma de cera e disfarça bem a sua notória decadência.
Beijos e um bom dia
Berlusconi segue a filosofia Trump e também dos governantes orientais, Fatyly.
EliminarTentam disfarçar o indisfarçável e ficam assustadores e ridículos.
Beijos
Teresa Palmira Hoffbauer
EliminarBerlusconi já fazia parte da política italiana, ainda o Donald usava fraldes — politicamente falando.
Teresa Palmira Hoffbauer
EliminarClaro que queria escrever FRALDAS!!
Eu estou só a referir a mania parva de quererem parecer mais novos.
EliminarFicam apenas estranhos.
Espero que esta senhora não faça estragos na coesão da UE.
ResponderEliminarDada a enorme abstenção, muitos vaticinam que este governo não esteja no poder muito tempo.
Beijos
Repare que o segundo mais votado não foi isso que disse, Manu.
EliminarO que ele disse quando reconheceu a derrota foi que íamos ter que aturar esta gente durante muito tempo.
Beijos
Teresa Palmira Hoffbauer
ResponderEliminarOs italianos deram um sinal claro, que as ameaças de uma Ursula von der Leyen NÃO os assusta!!
Estou tão cansada e desiludida com o governo alemão, que gostei desta terrível mensagem da Itália 🇮🇹 Vamos lá ver, se compreendem o aviso. Desde o meu tempo na universidade, nunca mais participei em demonstrações. Estou tão furiosa contra os políticos alemães que vou participar nas demonstrações de outono 🍂 contra o governo.
A União Europeia é uma coisa muito complicada, Teresa.
EliminarMais agora em tempos de guerra e crise económica.
Casa onde não há pão…
A esquerda e o centro esquerda... andam muito concentrados nas guerras dos outros, e em acumular problemas... dos migratórios, aos económicos, sociológicos e climáticos... Nenhum deles, está a contribuir para arrumar a sua própria casa, e a tornar a vida mais fácil, do seu próprio povo, querendo acudir às injustiças do mundo... quando se procura agradar a todos... não se agrada a ninguém. Vai haver mais viragens assim... pois estas estão ligadas ao descontentamento geral do povo... por cá, já tivemos um vislumbre disso mesmo... com os "chegosos" a chegarem em peso ao parlamento de uma assentada.
ResponderEliminarLá voltaremos a ver o embalsamado Silvio, num cargo político de peso, qualquer...
Beijinhos! Feliz semana! Logo mais à tarde virei espreitar por aqui, o que se me foi escapando, na pressa dos dias...
Ana
A Esquerda anda muito distraída com batalhas que dizem muito pouco ao povo, ao cidadão comum.
EliminarE depois fica surpreendida quando os populistas ganham eleições.
Beijinhos
Mais um a virar à direita radical, o que vale é que não vai durar muito tempo este novo governo italiano.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Em Itália ainda há instituições democráticas.
ResponderEliminarAbraço
Tanto há instituições democráticas que até estes tipos ganham eleições.
EliminarMeloni depois de Mussolini, tudo dito!
ResponderEliminarCerto, ficará na história como a primeira mulher a governar a Itália, país ingovernável.
Incerto, a duração do seu mandato. 13 meses, a média, ou menos?
Sopram ventos gelados na Europa.
Beijo.
Olá, amigo Pedro, já conhecemos muito bem líderes como essa senhora.
ResponderEliminarOs Italianos vão ter de carregar esse piano por mais um ano e meio quanto muito.
Uma ótima semana,
um grande abraço.
Itália é só a última a virar à direita, Pedro Luso.
EliminarA esquerda tem de reflectir e perceber porque é que isto está a acontecer.
E culpar o Covid não ajuda nada.
Forte abraço