Order, order!!

Imaginem o famoso speaker of the house John Bercow, berrando como só ele sabia, “order, order!”.

Agora viagem até Portugal e imaginem John Bercow a invectivar os portugueses - “order, order!”.

Tanto critiquei Trump por dividir os Estados Unidos ao meio que me distraí por momentos e não me apercebi que Portugal estava exactamente assim também.

De um lado os que acham que a geringonça foi um milagre divino (o que é curioso porque a grande maioria serão ateus) e do outro os que acham que era uma invenção do Demo.

Não era uma coisa nem outra.

Era uma solução governativa, um casamento de conveniência que a esquerda portuguesa congeminou para afastar a direita do poder.

Um casamento de conveniência que, como tantos outros casamentos, de conveniência ou não, chegou ao fim.

E, como em todos os divórcios litigiosos, o casamento chega ao fim porque os nubentes se desentenderam.

Os mesmos que agora apontam o dedo acusador um ao outro.

Muitas vezes estes divórcios causam distúrbios à volta e deixam em pausa muitas vidas à espera do desfecho final.

Exactamente o que está a acontecer agora.

O casamento acabou, procura-se uma solução para o tempo que segue, e entretanto há uma pausa para repensar.

É a vida a acontecer, é a democracia a funcionar.

E, citando outro famoso britânico, a mesma democracia que continua a ser “a pior forma de governo exceptuando todos os outros que foram tentados”. 

Order, order! 

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