Iniquidade, disse ele

 

José Manuel Durão Barroso é uma personalidade bem conhecida dos portugueses.

Actualmente a desempenhar o cargo de presidente da Aliança Global das Vacinas, Durão Barroso sentiu a necessidade de dizer alto e bom som aquilo que todos percebemos.

Mas que tem outra força e outro impacto quando é dito por alguém com o seu estatuto.

Existe uma gritante iniquidade na distribuição de vacinas que previnem a Covid-19 entre países ricos e pobres.

Socialmente reprovável, moralmente inaceitável, e, de um estrito ponto de vista de política de saúde pública, absolutamente obtuso.

Se o Mundo se quer livrar desta praga maldita precisa de coordenar esforços para que haja uma larguíssima faixa da população mundial completamente vacinada.

Uma parte do Globo vacinada, já a caminhar para dose de reforço, e uma outra, enorme, que ainda nem uma dose recebeu, não resolve praticamente nada.

Porque ou se fecham fronteiras, e se continua a restringir os movimentos das pessoas, ou o vírus acabará por se espalhar e mutar constantemente.

O Globo tem mais uma tarefa ciclópica pela frente – vacinar, vacinar muito.

Da grande urbe ao local mais remoto e inóspito do Planeta.

Para que a Humanidade consiga dominar mais um dos muitos vírus perigosos e traiçoeiros que foi criando.

Os governos a nível nacional, e as entidades supranacionais, estão confrontados com esse desafio e o dever de o vencer o mais rapidamente possível.

 

 

Comentários

  1. Respostas
    1. Infelizmente parece que há muita gente a recusar ver o óbvio

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  2. Em todo o mundo o discurso, é "queremos acabar com a pobreza" desejo sinceramente que não seja deixando o vírus acabar com os que escapam da morte pela fome.
    É revoltante.
    Abraço e saúde

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    1. Deixar países inteiros sem vacinas é criminoso, Elvira.
      Abraço e saúde

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  3. Concordo consigo. E, perante essas graves carências, custa ver um grande número de pessoas de países ricos, como os E.U.A., a rejeitarem a vacina, quando a têm à mão de semear.
    Um bom dia, Pedro

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    1. Aqui em Macau.
      Temos as vacinas, à escolha, à borla, os locais de toma à escolha, e mesmo assim não as querem.
      Estamos a sair de mais um tufão.
      O segundo em menos de uma semana

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    2. Então, é pena. Muita pena. Deus dá nozes...
      Sobre o tufão, tenho visto nas notícias. Oxalá venha em breve a bonança.

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  4. Não gosto muito do Durão, mas nesta apoio-o!

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  5. É a conhecida " guerra" monetária entre países ricos e pobres. Sempre será assim.
    Cumprimentos poéticos

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    1. Guerra monetária não pode ser feita à custa de vidas humanas.
      Isso é ultrapassar todos os limites.
      Cumprimentos

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  6. Bom dia
    Fazem -se tantas reuniões mundiais para tanta coisa , e para um caso sério como este , ainda ninguém se propôs . Porquê ?

    JR

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  7. Se não houver um esforço a nível mundial nunca mais nos livramos deste viros.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  8. Os negacionistas continuam a ser um grave problema.
    Portugal, apesar de ser um país com fracos recursos, já enviou vacinas para países pobres.
    Ontem não deixaram Bolsonaro entrar num jogo de futebol, por não estar vacinado.
    Espero que o tufão passe depressa, por aqui o sol continua a brilhar.

    Beijos

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    1. Portugal tem tido um comportamento exemplar, Manu.
      Depois de uma primeira fase de descontrolo, Portugal passou a ser um bom exemplo para o Mundo.
      O tufão já se foi.
      Entrou em terra em Hainan.
      Beijos

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  9. Não tenho nenhuma consideração por Durão , mas desta vez concordo com ele.

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  10. A desigualdade na distribuição das vacinas também afeta a recuperação económica global. Os dados que acabei de ler indicam que foram administradas 6,56 biliões vacinas, apenas 2,79 biliões de pessoas foram vacinadas completamente, o que corresponde a 35,8% da população mundial. Nesta altura, é uma percentagem muito pequena.
    O Canadá prometeu doar 40 milhões de vacinas através da COVAX a países africanos de baixo rendimento, mais $100 milhões.
    Não foi há muito tempo que li que o governo de alguns países africanos não permitiram a vacinação e que Burundi e Eritrea nem programa de vacinação tinham.

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    1. Os atrasos na vacinação afectam tudo, Catarina.
      Só quem é obtuso é que não percebe isso.
      Esses países, onde o costume e a crendice se atravessam no caminho da Ciência são os mais complicados.
      Porque é difícil fazer-lhes chegar as vacinas e convencê-los a inocular as pessoas.
      Algo que acontece em toda a parte ainda que em menor proporção.
      Já leu de certeza o que a idiota da Nicky Minaj andou a espalhar, não já?
      I rest my case.

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  11. Subscrevo e acrescento que, por outro lado, há gente com acesso à vacina e não quer ser vacinada!

    Abraço

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  12. O problema de Durão Barroso seria encontrar outra coisa para dizer ou ficar calado.
    Abraço

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    1. Não se pode ficar calado ocupando aquele lugar e assistindo ao que estamos a assistir, António.
      O trabalho dele é dar um murro na mesa como deu, essa é a função dele já que não pode obrigar quem tem em excesso a disponibilizar a quem não tem.
      Abraço

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  13. Tudo o que o Pedro diz está muito certo, certíssimo. Mas na prática, infelizmente, o procedimento de quem tem a seu cargo a distribuição de algo de urgente necessidade, é muito diferente. Priviligiam sempre os países de economia mais forte. E esta questão das vacinas é algo que afecta toda a humanidade, imagine quando de trata do combate à pobreza e à fome?
    Se o «cherne» tem ficado caladinho talvez tivesse feito melhor figura...ou se sabe disso, trate de o evitar.

    Beijinhos,

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    1. Como é que ele ou o organismo a que preside podem evitar este problema, Janita?
      Compram as vacinas todas e distribuem?
      Sim, porque obrigar não podem obrigar ninguém.
      E as patentes das vacinas estão registadas.
      O acesso a essas patentes depende dos titulares do registo.
      A Moderna já disse nem pensar.
      Beijinhos

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  14. Nunca apreciei Durão Barroso, mas é um facto se for ele a dizê-lo tem outro peso (pelo menos torna-se público). Não faço ideia se é suficiente.

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    1. A alternativa, ficar quieto e calado, é que não teria resultado nenhum.

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  15. Infelizmente sabemos que os países mais pobres serão os últimos a serem vacinados contra a Covid.

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  16. Não gosto nada do Durão Barroso e o que ele disse já muitos o disseram e já agora que estão em poleiros chorudos que tal abdicarem de parte do que ganham e ajudar quem tanto precisa das vacinas.
    Pobre de quem precisa do quer que seja e neste caso de vacinas.
    Beijocas e um bom dia

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  17. Não poderia estar mais de acordo... mas a eficácia das vacinas... está a decair muito rapidamente.
    Duas doses da Pfizer segundo estudos recentes, ao fim de 6 meses conferem 50% de protecção, e a Moderna 64%... de outras não estou a par... pois estas são as que estão a ser mais aplicadas cá, no momento... e mesmo assim... não nos deixam respirar de alívio, por muito tempo... :-( A coisa não está fácil!!!
    Beijinhos
    Ana

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