E aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando

 


E aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando.
O Vate escreveu esta estrofe pensando em pessoas que têm a capacidade de ser maiores que a vida.
Um dom que muito poucos conseguem alcançar e na maioria das vezes com grande esforço e sacrifício pessoal.
Gostava de ser assim corajoso, altruísta.
Não o sou.
Aristides de Sousa Mendes era-o sem sombra de dúvida.
Sacrificou a sua carreira profissional, a sua vida pessoal, morreu na miséria, porque soube preservar o valor da desobediência.
Não será nada fácil desobedecer a ditadores.
E com isso morrer miserável de bens materiais mas gratificado por ter salvo muitas vidas de um destino trágico.
O Estado português homenageia agora um dos seus grandes heróis e um dos que deve ser exemplo para estudar, seguir e nunca esquecer.
Um dos que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando.

Comentários

  1. Acabei de ler um artigo sobre ele. Afinal, conhecia a sua “história”, mas tinha-me esquecido do seu nome. Um homem muito corajoso, de grande altruismo e retidao moral. Merece todas as homenagens mesmo que lhe sejam atribuídas postumamente.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um homem que soube desobedecer quando isso lhe era exigível, Catarina.
      Não tenho essa coragem.

      Eliminar
  2. Sabe o que me impressionou mais - além do seu altruísmo valente e força de carácter - ? Pois olhe, foi ouvir, há um ano ou dois, numa entrevista a um familiar - não sei se um filho -, que nenhum dos muitos, dos inúmeros refugiados que lhe ficaram a dever a vida, deu sinal de si depois de se encontrar nos Estados Unidos ou no país que o recebeu. Singraram na vida, estavam convenientemente instalados no mundo a que rumaram. Mas não enviaram cartas gratas, não souberam ou quiseram saber de quem tanto por eles arriscou, não o ajudaram quando a miséria lhe tocou pela porta vinda por sua mão mas a favor deles judeus.
    E isto torna-o ainda mais querido e exemplar a meus olhos. Abençoado português.
    Não se faz.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E ainda há uma série de gentalha a denegrir a imagem dele hoje em dia, bea.
      Ressabiados que usam todas as mais reles artimanhas pare denegrir quem lhes é em tudo superior.

      Eliminar
  3. Uma homenagem que peca por tardia.
    Abraço e saúde

    ResponderEliminar
  4. Uma homenagem mais que justa e infelizmente muito tardia.
    Este Homem foi um verdadeiro salvador de milhares de pessoas.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um herói no mais nobre que o termo tem, Francisco.
      Um abraço

      Eliminar
  5. Onde assino?

    Pena ter demorado tanto a ir para o Panteão...

    ResponderEliminar
  6. Bom dia
    Neste País pequenino á beira mar plantado , sempre houve grandes heróis . Este foi um deles .

    JR

    ResponderEliminar
  7. Justo entre as nações... assim ficou na placa, que lhe foi dedicada no Panteão... uma homenagem que só peca, por décadas de atraso... Já em Telavive, existe um parque que o homenageia com 10.000 árvores, desde quase, o início do milénio...
    Enfim... mas mais vale um reconhecimento tardio, do que nenhum...
    E foi Joacine Katar Moreira, que deu o pontapé de saída, com a proposta para tal reconhecimento... senão... ainda nem tal se tinha feito... às vezes... penso que continuamos mesmo, com os horizontes... e a grandeza de espírito... bem estreitos... a alma lusa... ainda tem muitos elefantes brancos, no meio dos seus domínios... que vai ignorando...
    Beijinhos! Continuação de uma boa semana!
    Ana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O reconhecimento é justo e chega agora, Ana.
      Fico feliz porque é mais que merecido.
      Beijinhos

      Eliminar
  8. Um exemplo de força e dignidade sem dúvida.
    .
    Saudações poéticas.
    .

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não é fácil ter noção do valor da desobediência.
      E ter coragem para o cumprir.

      Eliminar
  9. Homenagem merecidíssima ao diplomata corajoso, que enfrentou o bafiento regime.
    O Panteão Nacional é, deve ser apenas, para heróis com a sua grandeza.
    Falta, agora, a recuperação da casa de família, futura casa-museu Aristides de Sousa Mendes.
    Excelente texto, Pedro.
    Beijo.


    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Gostava de ser assim corajoso, teresa.
      Beijo

      Eliminar
    2. A casa de Aristides Sousa Mendes, a Casa do Passal, já foi recuperada
      já houve cerimónias de apresentação
      https://www.publico.pt/2020/06/24/culturaipsilon/noticia/casa-aristides-sousa-mendes-entregue-camara-carregal-sal-1921756
      https://www.youtube.com/watch?v=YXLf0O5W6oM&t=10s
      Falta o museu
      https://www.youtube.com/watch?v=KKnr9bSDv9c

      Eliminar
  10. Herói e exemplo de humanidade...
    Concordo consigo, mais vale tarde do que nunca.
    Beijinhos
    ~~~

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mesmo assim ainda há para aí uma cambada que põe em causa a obra de Aristides de Sousa Mendes, Majo.
      Beijinhos

      Eliminar
  11. Uma publicação magistral... Obrigada pela partilha!
    -
    Tu, eu, e a nossa cumplicidade (da mana)
    -
    Beijos, e uma excelente noite :)
    .
    https://duasirmasmaduras.blogspot.com/
    .
    Apresento-vos um blogue da minha mana mais nova que se iniciou na escrita. Blogue onde também escrevo, para ela. Visitem, sigam e linkem. Obrigada

    ResponderEliminar
  12. Honras de panteão que pecaram por tardias, mas julgo saber que as suas ossadas continuam na sua terra Natal porque a sua família assim o entendeu, ou seja não foram trasladadas.
    Também não entendo os que parvalhões que dizem mal dele. É mesmo não saber o "feito"!
    Beijocas e um bom fim de semana

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O túmulo fica vazio efectivamente, Fatyly.
      Beijocas, boa semana

      Eliminar
  13. Uma homenagem mais do que merecida a uma pessoa notável. Um homem corajoso, era bem difícil e perigoso desobedecer naqueles tempos.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Arriscou a vida, Maria Rodrigues.
      A prova máxima de altruísmo.
      Beijinhos

      Eliminar
  14. Uma honra bem merecida. Conheco a casa do Passal (da familia de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, bem pertinho de onde vivia no Carregal do Sal que ainda estava em ruinas quando vim para a Australia em 2007. Sei que ja receberam fundos para a sua recuperacao, era uma pena ver o palacete naquele estado miseravel.

    ResponderEliminar
  15. thank you for introducing such inspirational personality dear Pedro

    what a refined human being !

    i agree selflessness is rare quality but you will also agree that world is standing on the shoulders of such people who think selflessly despite of those who act and decide on extremely selfish bases .may by there is mathematical balance is involved in this whole scenario

    ResponderEliminar
  16. A casa de Aristides Sousa Mendes, a Casa do Passal, já foi recuperada
    já houve cerimónias de apresentação
    https://www.publico.pt/2020/06/24/culturaipsilon/noticia/casa-aristides-sousa-mendes-entregue-camara-carregal-sal-1921756
    https://www.youtube.com/watch?v=YXLf0O5W6oM&t=10s
    Falta o museu
    https://www.youtube.com/watch?v=KKnr9bSDv9c

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares