Portugal em crise
Hoje não é qualquer crise do país que me vai ocupar.
São duas muito concretas.
No arco do poder.
Do PS, que vê os companheiros da geringonça afastar-se da aprovação do Orçamento do Estado.
E do PSD, que não consegue ter sossego e continua envolvido em guerrilhas internas que os resultados das autárquicas parecem até ter agravado.
Por muito que o Presidente da República apele a um entendimento que faça aprovar o Orçamento, a divisão partidária parece afastar esse cenário cada vez mais.
O casamento de conveniência entre o PS e os companheiros da geringonça parece ter chegado ao fim.
PCP e Bloco de Esquerda já perceberam que a geringonça só lhes roubou votação e procuram agora afastar-se do PS.
Com o PSD e o CDS a recusarem qualquer entendimento com o PS na fase pós-geringonça, resta ao PS procurar à sua esquerda uma solução para viabilizar o Orçamento.
A menos que António Costa esteja a contar com a debilidade do PSD e à procura da maioria absoluta que lhe tem fugido.
PSD que, depois dos resultados das autárquicas, insiste num caminho autofágico, agora só compreensível na perspectiva de uma nova liderança que possa replicar em Legislativas os bons resultados das Autárquicas.
Ao sabor do calculismo político, ainda a sofrer os efeitos da pandemia, o País vive novamente dias de incerteza que os muitos milhões do PRR só vieram agravar.
Gostava de ser mais optimista mas o que ao longe observo é um crescente afastamento entre forças partidárias justamente agora que os entendimentos seriam mais que nunca necessários.
Ninguém se entende e quem paga a fatura é o povo, como sempre,
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Um bom dia, Isa Sá
EliminarNão acredito que o PS tenha uma maioria absoluta, se houver novas eleições. E o Bloco e o PCP correm um sério risco de se afundarem de vez, se causarem uma crise ao governo que pior ainda mais as condições de vida do povo.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Uma pergunta: Se o Paulo Portas ainda fosse dirigente do CDS, a Câmara de Lisboa seria do Porta -Moedas?
Não acredito que acha condições para maiorias absolutas.
EliminarMas confesso alguma preocupação com estes jogos partidários, Elvira.
Sabes o que sinto? Que os políticos que chegam às chefias, aos cargos elegíveis, são narcidicos. Fazem-no pelo poder e não pelo bem comum. Faltam-nos verdadeiros liders, pensadores, apaixonados pelos processos e por uma equipa que funcione como uma máquina bem oleada. Da esquerda à direita.
ResponderEliminarOu então sou eu…. a desacreditar no sistema….
Demasiada politiquice e demasiados politiqueiros, Boop.
EliminarO que é especialmente trágico quando estamos a sair de um período tão complicado a nível mundial.
Bom dia
ResponderEliminarInfelizmente a crise não é só Portuguesa . Vejam o que se passa em Espanha , Alemanha ,França e a maior parte dos países Europeus . Onde há maiorias absolutas ?.
Não sou , nem nunca fui grande apreciador de política , mas acho que , quantos mais partidos houverem , hã cada vez menos possibilidades de grandes maiorias , não obstante todos terem direito a se proclamarem .
Se o O.E. não passar , e formos para novas eleições , daqui a meio ano , estaremos mais na mesma .
JR
E só teremos Orçamento lá para Abril como o PR avisou.
EliminarSinto que o Costa está tentado a jogar a sua sorte, pensando que talvez melhore os resultados das últimas, em novas eleições legislativas, face a um PSD que não tem muita gente que goste dele, pois não esqueceram os tempos da troika. Mas para dispensar a Geringonça precisa de muito mais que uns esporádicos 2 ou 3% e será, portanto, uma perda de tempo e dinheiro.
ResponderEliminarO Costa e agora o PSD que acha que os resultados das Autárquicas podem ter algum reflexo em Legislativas.
EliminarQuando oiço e vejo esta confusão partidária só me faz lembrar a dança dos "caretos ou matrafonas" e digo-te que tudo isto não passa de folclores.
ResponderEliminarAcredito que o OE irá ser aprovado.
Beijocas e um bom dia
Está tudo nas mãos do PCP e do Bloco.
EliminarSão eles quem decide, Fatyly.
Beijocas
O orçamento nunca será aprovado com os votos do PSD pois infelizmente foi o próprio António Costa que afastou essa possibilidade.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
A geringonça deixou PS e PSD mais afastados que nunca, Francisco.
EliminarO PSD não perdoa as alianças à Esquerda.
Um abraço
São muitos os milhões...
ResponderEliminarPCP e BE vão viabilizar o orçamento. Eleições antecipadas será para eles um desastre. O PS não consegue a maioria absoluta. O divórcio com os parceiros não será desta, mas nada ficará escrito para prova futura sobre as conversas de gabinete.
O PSD está em cacos. Nunca viabilizou um orçamento e não será desta.
Também, nunca nenhum orçamento foi inviabilizado, logo, tudo isto é uma fantochada.
O que quer realmente o Marcelo? A sério que não é uma crise política?
Portugal é lindo!!!!
Beijo
Este teatro tem sido mais ou menos hábito todos os anos por esta altura.
EliminarEste ano mais animado com o resultado das Autárquicas, o novo líder do PSD e os milhões do PRR.
Beijo
Subscrevo e só acrescento que tudo isto é perigoso e dá força ao antigo aspirante a padre, infelizmente.
ResponderEliminarUm imbróglio, mais um, quando o que se pedia era paz e sossego.
EliminarTambém acredito que vá haver acordo e francamente, não tendo simpatia por este governo, acho que eleições neste momento não iriam trazer benefícios.
ResponderEliminarNão beneficiavam rigorosamente ninguém, Magui.
EliminarMas prejudicavam muitos.
portanto a geringonça tem sido um sistema prestigiado até por outros países e artigos de opinião! será que mais dinheiro cria distúrbios nas mentes?!
ResponderEliminarclaro que tudo começa e acaba, até as coisas boas ou digamos convenientes,
mas muito juízo e serenidade nunca serão demais
Julgo que é novamente um jogo de sombras para conseguir o máximo possível para cada um dos partidos da geringonça.
EliminarTem sido sempre assim.
Tudo é, a meu ver, um faz de conta. Quer BE quer PCP pensam uma coisa e dizem outra para depois fazer ainda outra. O PS sabe que é assim e assim será. Digo eu que não percebo nada disto mas raramente me engano.
ResponderEliminarO OE continua a ser uma arma de arremesso. Todos conhecem os dividendos do seu apoio e, pior, da sua recusa.
Abraço
Um jogo de deve e haver que vai acabar como sempre com cedências dos três partidos que compõem a geringonça e talvez com uma abstenção.
EliminarAbraço
Espero que se entendam.
ResponderEliminarO país precisa de acordo e de segurança.
Estas farsas irritam-me.
Uma boa semana
Pura perda de tempo e show off
EliminarBoa semana
Quanto à Politica nunca sei que diga. É tanta confusão e todo a aumentar que não sei onde vamos parar!
ResponderEliminar-
Beijos e uma excelente tarde!
Beijos, Cidália
EliminarVeremos o que vai sair daqui.
ResponderEliminarParece que Portugal vive em crise permanente, Pedro.
Também penso que os resultados das Autárquicas só veio pior os ânimos.
Peço-lhe que me não leve a mal Pedro, trago-lhe uma frase com bastante pertinência e sentido de humor:
Segundo diz o Dalai Lima, um blogue que descobri ultimamente e que a brincar aborda temas muito sérios:
" A negociação do Orçamento de Estado é como a Feira Medieval de Trancoso: as pessoas usam uns disfarces ridículos, e fartam-se de conversar, e tal, e tal, mas no fundo só serve para comprar morcelas."
E não é que há nisto carradas de razão? Eu acho. O Pedro que diz?
Beijinhos.
Passo a ser fã incondicional do Dalai Lima!
EliminarBeijinhos
Creio que a Catarina que dizia não ao Orçamento, já começa a dizer "nim"... acho que não desejará ficar associada a uma queda de governo... para mais com os milhões da bazuca, pelo meio... já da gerigonça, quem tem saído sempre a perder mais e mais, é o partido do Gerónimo... que já nem os seus eleitores consegue cativar. Este partido sempre teve um grave problema com a passagem de testemunho...
ResponderEliminarO PSD... mergulhou mesmo num cenário de disputa indisfarçável de cargos, lideranças e popularidades... e agora com o Rangel... rodou a baiana, num espiral crescente de pura fragmentação... e sem sequer aproveitar a instabilidade da gerigonça... que ao que parece... ainda não será desta que se desengonça...
Marcelo falou... e disse... tenham juízo!!! A sorte do nosso país... é que os políticos o ouvem... da direita à esquerda! Acho que a Catarina... irá repensar o nim... para sim...
Beijinhos! Continuação de uma óptima semana, Pedro! E agora vou espreitar o que se me escapou nos últimos dias, por aqui...
Ana
A Catarina é especialista em teatro, Ana.
EliminarNunca podemos esquecer isso.
Beijinhos
Há quem pense que tudo isto é jogada política de António Costa para forçar eleições antecipadas e conquistar a maioria absoluta. Será?
ResponderEliminarGrande abraço