O Executivo de Macau tem de dar o próximo passo

Fui ontem fazer mais um teste de ácido nucleico.
O terceiro num espaço de tempo muito curto.
Porque Macau insiste caminhar em contraciclo.
Quando o resto do Mundo está a reabrir, a aprender a viver um novo normal, Macau vai-se fechando mais e mais.
Agora porque apareceram aqui novos casos e porque o receio de contágio na comunidade cresceu exponencialmente.
Cidade pouco mais que parada, nova ronda de testes em massa, milhares em quarentena, uma economia que definha enquanto o desespero e a irritação crescem.
O Executivo de Macau soube proteger a cidade da pandemia, soube impedir a entrada do vírus na cidade.
Mas não está a saber dar o próximo passo, não está a conseguir fazer a cidade avançar.
Porque metade da cidade recusa vacinar-se e assim faz a outra metade refém da sua teimosia e ausência de cidadania.
Chegou o momento de o Executivo perceber que apelar ao sentido cívico dos cidadãos não resulta.

E quando assim é, o dever de qualquer Executivo é utilizar a força da qual tem o monopólio.
Se se insiste na não obrigatoriedade da vacinação, então que haja coragem política para restringir os movimentos aos não vacinados.
Chegou o momento de dizer basta.
Para não continuarmos todos nesta montanha russa de emoções, neste turbilhão de incertezas que uns poucos julgam ser seu direito de infligir aos outros todos.