Salário mínimo universal em Macau adiado para as calendas gregas?
As calendas, no antigo calendário romano, designavam o primeiro dia de cada mês, quando ocorria a Lua Nova.
Uma designação e uma noção que não existiam no calendário grego.
As calendas gregas passaram assim a expressar a ideia de um dia que nunca chega.
De Roma e da Grécia para Macau.
O Executivo, no ano 2015, quando instituiu o salário mínimo para duas profissões (porteiros e empregados de limpeza), comprometeu-se publicamente a finalmente consagrar um salário mínimo universal em Macau no máximo no ano 2018.
Se tudo corresse bem, fosse lá "tudo" o que fosse, até seria possível implementar o salário mínimo universal antes do ano 2018.
"Tudo", seja lá o que for "tudo", não terá corrido bem.
Porque ontem o Secretário para a Economia e Finanças, no final de uma reunião do Conselho Permanente de Concertação Social, veio dizer que nem em 2019 o salário mínimo universal será consagrado.
Afinal 2018 será o ano em que começará a ser avaliado o impacto do salário mínimo nas profissões que já dispõem desse privilégio (ingenuamente pensava que essa avaliação era feita desde o primeiro momento...), para depois se estudar a possibilidade de alargamento a todas as profissões do que devia ser um direito fundamental básico.
Voltemos a Roma e à Grécia.
Haverá algum dia salário mínimo universal em Macau?
Acredito que sim.
Será nas calendas.
Quais?
Esperemos que não sejam as gregas.
Para que Macau deixe de ser uma das cidades mais ricas da imensa China, o que poderá ser bom, mas simultaneamente a única onde este direito básico e fundamental não está legalmente consagrado, o que é simplesmente vergonhoso.
O que é menor é sempre adiado...
ResponderEliminarTriste humanidade.
Bom resto de semana ;)
Uma vergonha para Macau, Golimix :(
EliminarAmanhã só trabalhamos de manhã. Depois começam os dias dedicados ao Ano Novo Lunar.
Em politica nunca se sabe, o que hoje é verdade amanhã é mentira e vice-versa. Então esperemos que o salário minimo não seja só implantado, no dia de São Nunca à tarde.
ResponderEliminarUm abraço
Acredito que venha a haver salário mínimo universal em Macau, Elvira Carvalho.
EliminarQuando?
Confesso que não faço ideia.
Quando estas elites que aqui mandam acharem que pode haver.
Um abraço
Tão estranho isso ser em Macau....
ResponderEliminarA elite empresarial controla tudo aqui, João Menéres.
EliminarE essa elite não quer que haja um salário mínimo universal.
Só quando Pequim der um murro na mesa, o que não tem feito, é que o cenário será alterado.
UM passo já foi dado em 2015, mas faltarão muitos outros ! :(
ResponderEliminar... Mas o facto, a avaliar pelo que se passa por aqui, é aqu há lojas chinesas por tudo quanto é sítio ! Ora eu creio que não bastaria legislar um salário mínimo, mas também um horário de trabalho.
O facto é que por aqui, essas lojas estão abertas quase constantemente, até hora tardia, sábados e domingos !
Uma coisa seria um salário mínimo para 40 horas semanais e outra para 60 ou 70 ! (??)
Abraço
Essas lojas normalmente são lojas familiares, não é, Rui?
EliminarEntão é assim - os chineses trabalham todo o ano.
À excepção destes primeiros dias do Ano Novo Lunar que se aproxima.
E até isso está a mudar.
Quando cá cheguei há 21 anos os três primeiros dias do Ano Novo Lunar eram estranhos, estava tudo fechado.
Agora fecham um dia, algumas vezes nem isso.
Mesma lógica - negócios familiares e não há descanso.
A filosofia deles é a da formiga - trabalhar muito e poupar muito enquanto são jovens para garantirem uma velhice tranquila porque os sistemas de Segurança Social ou não existem ou são incipientes.
Aquele abraço
É impressionante, e resulta plenamente ! A família inteira trabalha a todo o tempo, vai-se revezando e quantas vezes é a única possibilidade de se comprar qualquer coisa com urgência !!!
EliminarOutra questão ! ... Por força de hábito, passa.nos despercebido, que fazemos comparações de salário mínimo entre Portugal e outros países, mas "esquecemos-nos" ou "pretendemos fazer esquecer" que o nosso salário mínimo, é de 14 meses, contrariamente ao de todos os outros em que são 12 !!!
Na realidade o nosso é 557x14/12 = 650 €/mês (contra, por ex. a 275 €/mês no Brasil).
Estou a ver que está difícil. Quem dera que aqui ganhássemos o mesmo. 557€ é tão pouquinho. Mas, feliz daquele que tem trabalho.
ResponderEliminarEsse é o valor, mais ou menos, que é pago aos trabalhadores de limpeza e segurança, os tais que têm um salário mínimo, Olivia.
EliminarPromessas por cumprir e que configuram a confusão nos meandros da política.
ResponderEliminarUm abraço
Cedência da política aos negócios, António.
EliminarTão simples quanto isso.
Aquele abraço
Caro Amigo Pedro Coimbra.
ResponderEliminarAqui o salário mínimo, a partir de 1 de janeiro do ano em curso, foi majorado para R$917,00.
Este valor, na cotação de hoje, equivale a 274,78 euros.
Max, traga meus sais centuplicados diluídos numa xícara de chá de penúria.
Caloroso abraço. Saudações irrisórias.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
É um valor irrisório, Amigo João Paulo de Oliveira.
EliminarMais do que isso tem que ser garantido às empregadas domésticas aqui.
E Macau não é bom exemplo para ninguém.
Aquele abraço
No Brasil o salário mínimo é uma vergonha. Dia 1º de janeiro teve um aumento de 6,47% , enquanto que os políticos ganham uma fortuna pra não fazer nada... Aliás fazem sim, e muito. "Roubar". A farra com o dinheiro público, virou brincadeira.
ResponderEliminarÓtima semana Pedro!
Um Abraço!
O valor que o nosso amigo João Paulo de Oliveira aponta é efectivamente irrisório, Smareis.
EliminarUm abraço, bom final de semana (por aqui vão começar os festejos do Ano do Galo).
Francisco Manuel Carrajola Oliveira deixou um novo comentário na sua mensagem "Salário mÃnimo universal em Macau adiado para as c...":
ResponderEliminarGrande parte das promessas destes polÃticos faz-me lembrar a história do burro e da cenoura.
Um abraço e boa semana.
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Publicada por Francisco Manuel Carrajola Oliveira em Devaneios a Oriente a 26 de janeiro de 2017 Ã s 18:44
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O seu comentário, como já aconteceu a muitos outros, ficou assim, Francisco.
EliminarQuem me dera saber porquê...
Aquele abraço
Em Portugal vamos ter o aumento do salário mínimo. Como tal, vamos deixar de ter direito a algumas regalias (estou a falar de um preço de transportes mais barato, por exemplo), que só este factor, faz com que seja preferivel não se aumentar o salário mínimo, pois a pessoa perde mais do que ganha!
ResponderEliminarBeijinhos
Dá-se com uma mão e tira-se com a outra, Chic'Ana.
EliminarBeijinhos
Não tenho nada, rigorosamente nada, contra o capitalismo e respeito quem investe.
ResponderEliminarTenho tudo, mesmo tudo, contra este capitalismo selvagem em que só falta instituir a escravatura em lei.
Assino sem reservas, São.
EliminarLembrei-me do Dia de São Nunca...
ResponderEliminarSalário mínimo em Portugal é pouco mas para quem não tem nada é bom e nuncá será muito
Kis:)
O salário mínimo devia ser um direito básico, AvoGi.
EliminarE tentar explicar isso aos capitalistas aqui...
Bjs
O capital não olha a meios quando se trata de preservar ou até aumentar os seus lucros.
ResponderEliminarAfinal o mundo não é "desenhado" para as pessoas, mas antes para os que detêm a riqueza.
Pedro, continuação de boa semana.
Abraço.
Pelo menos são esses que ditam as regras, Jaime Portela.
EliminarEstá aqui um bom (mau??) exemplo.
Aquele abraço, bfds
teria sido um bom presente de Ano Novo. A propósito... KUNG HEI FAT CHOI, Pedro
ResponderEliminarNo sábado aqui estarei, no Mandarim Estoril, a celebrar condignamente com um yum cha. Têm o melhor Dim Sum do país.
Amanhã é dia da tradicional refeição do primeiro dia do Ano Novo Lunar em casa dos meus sogros, Carlos.
EliminarDepois estou mais numa de descanso.
Kung Hei Fat Choi!
Boa nota, Pedro.
ResponderEliminarInfelizmente, há gente que não dispensa o piedoso acto da esmola nas ruas e praças deste mundo. É por isso que os despachos para resolução destas "ninharias" não são nada despachados.
BFS.
O Chefe do Executivo, já hoje, falou em 2019.
EliminarA ver vamos, como diz o outro.