Transporte e alojamento?!
Chui Sai On, o candidato a Chefe do Executivo, na apresentação do seu programa eleitoral deixou a pairar uma ideia que me levanta sérias dúvidas.
A possibilidade de incluir na renegociação dos contratos com as operadoras de jogos de fortuna e azar a obrigatoriedade de serem estas a providenciar transporte e alojamento para os trabalhadores não-residentes que venham a contratar.
Todos sabemos que, à revelia do discurso político autista e populista, Macau vai necessitar nos próximos anos de um forte contingente de trabalhadores não-residentes.
Na edificação de novos projectos, numa primeira fase, na operacionalidade dos mesmos em fase posterior.
Trabalhadores não-residentes que continuam a ser uma visão algo fantasmagórica para alguns olhares mais sensíveis nesta Cidade do Santo Nome de Deus.
Pressionado, o candidato a Chefe do Executivo, tirou esta carta da manga.
Mas não concretizou (uma vez mais....) exactamente o que pretende e qual o caminho para lá chegar.
Vão ser construídas habitações para alojar estes trabalhadores?
Temporárias ou definitivas?
Onde (a reacção de Ambrose So, representante da SJM, ao perguntar se há terrenos disponíveis é sintomática)?
Por quem?
E o transporte?
Mais autocarros das concessionárias, agora apenas destinados a trabalhadores não residentes, nas estradas de Macau onde já é quase impossível circular?
E, se é realmente assim, para que serve afinal o metro de superfície?
Muitas dúvidas se suscitam depois desta declaração do candidato Chui Sai On.
Muitas e mais uma.
Macau, a jurisdição onde as operadoras suportam a carga fiscal mais elevada do Mundo, continua a pensar que as operadoras, para além de encherem os cofres da Administração com dinheiro e darem emprego a milhares e milhares de pessoas, ainda têm obrigação de fazer tudo o que o Governo não faz e de resolver tudo o que o Governo não resolve?!
~ ~ Uma polis muito peculiar...
ResponderEliminar~ ~ Governam as operadoras?!
~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~
Majo,
EliminarSó agora reparei que, num dos jornais locais em língua portuguesa, se fazem perguntas muito semelhantes às que eu faço.
Respondendo à pergunta, as concessionárias não governam, é legítimo pedir-lhes uma maior intervenção social, há que perceber onde fica a fronteira entre o público e o privado.
E não deixar espaço para negociatas quando se apregoa precisamente o contrário.
Beijinhos
Pois é...poucos são os governos mundiais "que fazem, que resolvem tudo" ou seja governam para a melhoria dos seus povos em vez de melhoria do seu umbigo, dos familiares e amigos dos amigos partidários.
ResponderEliminarFatyly,
EliminarAs concessionárias ganham aqui MUITO dinheiro.
Se não ganhassem, não estavam cá e não investiam o que investem.
É necessário fazer-lhes exigências a nível social.
Algo que a Administração portuguesa sempre fez com Stanley Ho e que ele sempre aceitou de bom grado.
Mas há que perceber muito bem até onde se pode ir.
E deixar a César o que é de César.
Os políticos são iguais em todo o lado!
ResponderEliminarApetece-me responder que há alguns mais iguais que os outros, Kruzes Kanhoto
EliminarVou repetir, porque o meu computador desatinou e eu não sei se o comentário chegou a entrar.
ResponderEliminarPergunto eu se a classe política não tem ninguém de jeito?!
Tudo de bom.
Por aqui, se os houver, serão muito poucos, São.
EliminarE tenho alguma dificuldade em apontar nomes.
O que é desde logo mau sinal
Dores de crescimento, Pedro!
ResponderEliminarAquele abraço
Quinze anos depois da transição, Ricardo?
EliminarÉ dor a mais, não?
Aquele abraço
Nem sequer podemos dizer que são chinesices! :(
ResponderEliminarSe calhar até podemos, Rosa dos Ventos.....
EliminarMais uma voltinha no carrossel e voltamos ao mesmo. Tanto cá como lá.
ResponderEliminarSão as tais especificidades de Macau.
EliminarQue existem, que são conhecidas, mas das quai não se pode falar porque não é de bom tom, Timtim Tim
O populismo tem destas coisas, Pedro.
ResponderEliminarAbraço
Quando ouço, ou leio, estes discursos, fico a pensar que me estão a chamar burro, António.
EliminarE eu até nem sou burro de todo, modéstia à parte
Pois, a mim parece-me que falas de Portugal.
ResponderEliminarFalarão os politicos uma língua só deles?
Beijo do Ocidente.
Repito o que já por aqui tinha comentado, Pérola - não foi à toa que passámos aqui quase cinco séculos.
EliminarBeijinhos a Oriente
por estes dias, também se fala por cá de jogo, mas a história é, em minha opinião, muito mais picante. Trata-se de acabar com o monopólio do jogo da Santa Casa, abrindo-o aos privados. Vou escrever sobre isso um dia destes.
ResponderEliminarIsso cheira a negociata valente, Carlos
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