Bocage e os patos
Conta-se que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do quintal.
Chegando lá, constatou que um ladrão tentava levar os seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar saltar o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando os meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo… mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, afinal levo ou deixo os patos?
Um pouco confuso para o fulano... de facto!!
ResponderEliminarQue se lixem os patos!
EliminarAcho que seria isso que eu diria :)))
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ResponderEliminar~ ~ Muito divertida e cómica.
~ ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~ ~
Típica do personagem, Majo :))
EliminarBeijinhos
Realmente...tão elevada prosopopeia deixaria qualquer um, mesmo não sendo bucéfalo anácrono, completamente desorientado!!
ResponderEliminarSó mesmo do Bocage...:))
Beijinhos!
O Manuel Maria Barbosa é único, Janita :)))
EliminarO ladrão era como o chicharro, não percebia latim.
ResponderEliminarUma prosa destas é algo complexa, Agostinho :)))
EliminarPelo menos, o Bocage deve-se ter visto livre dele definitivamente...
ResponderEliminarE os patos, o que é que aconteceu aos patos, Carlos?? :)))
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