O alfaiate de Hitler
Chamava-se Hugo; alemão, beirava os 40 anos
quando fundou em Metzingen, a cidadezinha onde nascera, uma pequena loja de
confecções.
Seis anos depois abriu falência.
Desesperado, em 1931 ingressou
no Partido Nazista – e aí sua vida mudou para
melhor.
Fornecedor exclusivo dos uniformes negros das
SS (Schutzstaffel), da Juventude Hitleriana e de outras organizações nazis
(sempre preocupadas com a elegância), ganhou milhões entre 1934 e 1945, e, para
dar conta das encomendas, a solução foi apelar para a mão de obra –
compreensivelmente baratíssima - dos prisioneiros de
guerra.
Após a derrota do III Reich, foi levado aos
tribunais mas apanhou penas leves, condenado a indemnizar as famílias dos
trabalhadores forçados.
Ah, quase me esquecia: o nome completo do homem era Hugo
Boss.
E os negócios vão muito bem,
obrigado.
Espreitem aqui para ver.
Em todos os tempos as desgraças de uns são a fortuna dos outros.
ResponderEliminarNa actualidade existem muitos nomes que fazem as mesmas vigarices e enriquecem rapidamente.
A história repete-se...
Luís,
ResponderEliminarHugo Boss acabou por se tornar uma referência no universo da moda.
Sobretudo da moda masculina.
Confesso que gosto muito do pronto a vestir Hugo Boss, que tenho algumas coisas da marca (vaidoso como sou, é natural.....) mas desconhecia este lado negro da história da marca.
Aquele abraço
Caro Pedro Coimbra
ResponderEliminarUma história de sucesso à custa do trabalho escravo. Quantas mais há?
Abraço
Rodrigo,
ResponderEliminarAs indemnizações pagas, comparadas com os lucros, são simplesmente insignificantes.
Aquele abraço
Porra, Pedro!
ResponderEliminarAgora você fez-me sentir mal comigo mesmo, pois estou usando uma camisa Boss e uma gravata também, aliás, tenho vários adereços da marca, pois também sou vaidoso como você! :)))
Aquele abraço
Os meus óculos são dessa marca! Vou já proceder à respectiva substituição! ;)
ResponderEliminarAquele abraço
Estimado Amigo Pedro Coimbra,
ResponderEliminarÉ por essas e outras que eu nunca uso produtos de marca.
Abraço amigo e nada de Hugo, que por sinal era o nome de uma canito que tinha e que à meses se foi.
Quantas empresas de Portugal não andam a trabalhar com um novo tipo de mão de obra escrava? Repare nesta oferta de emprego: http://asminhaspequenascoisas.blogspot.pt/2012/12/ai-que-tentacao-vou-ja-responder.html
ResponderEliminarEu acho que posso afirmar que vivemos numa nova escravatura e até podia falar do meu caso pessoal mas não vale a pena :/
Capacidade de comercialização usando a arte que é inegável.
ResponderEliminarPois, por cá também há uns alfaiates que se governam bem e um "costureiro" muito patriota
ResponderEliminarNão fazia a menor ideia do passado do homem! Pudera, se formos ao google só damos com a publicidade logo de caras... Será de propósito?!? ;)
ResponderEliminarBeijocas!
Ricardo,
ResponderEliminarTenho uma série de "coisas", é o termo da Hugo Boss.
E não as vou atirar fora por cauda disto.
É bom saber com quem lidamos, só isso.
Aquele abraço!
Também por aqui há uns, Luciano.
Mas já nem os uso há alguns anos.
Amigo Cambeta,
Eu sou vaidosão, como o meu amigo sabe.
E gosto muito desta marca.
Fiquei a saber um pouco mais acerca da história da mesma que, confesso, desconhecia.
Poppy,
Ora aí está!
Se vamos pesquisar pecadilhos, temos de andar nus!!
António,
A Hugo Boss é puro luxo, sedução.
Com esqueletos no armário que eu não conhecia.
Carlos,
Mas esses alfaiates não têm a arte de Hugo Boss :))
Teté,
Eu Também não conhecia.
E se sou fã da roupa da Hugo Boss!
Não há santos, convenhamos.
Beijocas
Já agora a Volkswagen também. Foi usada pelo Führer para fins de propaganda...
ResponderEliminarFireHead,
ResponderEliminarPasse a publicidade, estou a usar roupa Ralph Lauren.
Onde é que é feita?
Nos Estados Unidos?
Se vamos por aí, vamos encontrar muitos esqueletos nos armários.
Sabes Pedro o facto e desculpa a metáfora: eu ter sido filha, sobrinha de um filho da mãe, não implica que o seja. Quem nos garante a nós, pelo menos eu desconheço que Hugo Boss que fez e lutou pela sobrevivência não era uma excelente pessoa? Quantos o foram sem que os ditadores o soubessem? Mais perto e na história mais recente...quantos trabalharam na PIDE a mando do Salazar e faziam tudo às escondidas e safavam os presos políticos ou até quem não era político, que como sabes bastava alguém não gostar de alguém...denunciava e era trigo limpo?
ResponderEliminarGosto muito da linha BOSS, mas não tenho e nunca ofereci nenhuma peça de vestuário porque são bastante caras.
Fatyly,
EliminarPossuo algumas coisas Boss e nao as vou atirar fora.
E até sou bem capz de comprar mais.
Já sei a história da Hugo Boss.
Mas nao vou boicotar a marca.
Até o simpático pastor alemão é obra do nazis. Tal como o Dobberman.
ResponderEliminarPastor alemão, sim.
ResponderEliminarDobberman, nao obrigado, FireHead
É... O FUSCA TAMBEM FOI FEITO PARA SERVIR AO EXERCITO NAZISTA E NO ENTANTO TODO MUNDO ANDA DE VOLKSWAGEN POR AÍ, SEM REMORSO NENHUM.RSRSRSRSRSRS. A MEDICINA SE APROVEITOU DOS DADOS DAS EXPERIENCIAS NAZISTAS EM SEUS CAMPOS DE CONCENTRAÇÕES, SERVINDO DE PARAMETROS PARA O AVANÇO DA MEDICINA NO MUNDO.E AÍ????O QUE É BOM, É BOM E PRONTO!
ResponderEliminarSabe bicho, eu realmente não sabia dessa historia, mas não muda nada na minha vida de consumidor, confesso que não tenho preferencia por marcas, mas tenho essa marca em algumas peças. Agora, imagine se vou ficar revoltado com o Sr. Boss porque ele servio ao Exercito Nazista com sua Arte/Profissão...?! Cara, voce ja andou ou mesmo comprou um Volkswagen??? pois é, o Fusca foi elebaorado para servir ao exercito nazista tambem, ah, a medicina moderna pós guerra, se aproveitou de todas as experiencias com seres humanos feitos nos campos de concentrações nazistas.então vamos descartar O Sr. Boss, a VW e ate as literaturas medica cientificas que se basearam nestas aberrações??? relaxa e aproveite o que de bom existe!!!!!!!
ResponderEliminarFernando Pinrra,
ResponderEliminarGosto imenso da roupa e acessórios Hugo Bosso.
E não vou boicotar a marca por causa destas notícias.
Nem os Volkswagen, nem o pastor alemão, o doberman.
É apenas uma curiosidade.
Quantas peças de roupa Ralph Lauren são feitas na América?
Quantas peças Zara são feitas em Espanha?
Se queremos fugir a situações de exploração de trabalho barato teremos de encontrar alfaiates só para nós.
Fica caro!
E, resolvida essa parte da questão, pergunto eu - e a roupa interior???
Gosto da sua filosofia e é a que sigo - "relaxa e aproveite o que de bom existe!!!!!"
Os meus melhores cumprimentos
Sobre seu PASSADO NAZISTA:
ResponderEliminarA marca alemã Hugo Boss emitiu um pedido formal de desculpas dia 22 de setembro de 2011, por ter usado mão de obra escrava na produção de uniformes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. No comunicado, a empresa expressa o seu profundo pesar às vítimas que sofreram na fábrica dirigida por Hugo Ferdinand. “Nós nunca escondemos nada e sempre buscamos trazer clareza ao que aconteceu no passado. É nossa responsabilidade com a empresa, com nossos funcionários, nossos clientes e com todos os interessados na história da Hugo Boss.”
O pedido de desculpas foi realizado após o lançamento de um novo livro que revela a ligação do estilista alemão com o nazismo. Segundo a publicação, Hugo Boss, não somente era o estilista preferido de Hitler como também um fervoroso adepto do partido nazista.
OUTROS PASSADOS:
A Hugo Boss não é a única empresa a encomendar estudos independentes para resgatar os laços com o nazismo no passado. Em 2011 também, a Quandts, família de industriais e acionistas majoritárias da BMW, quebrou seu silêncio. Ela admitiu ter feito uso de milhares de trabalhadores forçados e de terem fechado vários negócios com o governo nazista.
Em 1999, Deutsche Bank encomendou uma investigação interna sobre as práticas de empréstimo da companhia durante o período nazista. Foi revelado que créditos do banco foram usados para erguer o campo de concentração de Auschwitz.
O Ministério alemão de Assuntos Estrangeiros também fez uma busca sobre seu passado e descobriu que muitos de seus diplomatas dos anos 1950 e 1960 tiveram passado nazista.
Segundo estudos, cerca de 90% das empresas alemãs se beneficiaram do trabalho escravo ou semiescravo durante a Segunda Guerra Mundial. Calcula-se que no final de 1944 havia, em toda a Alemanha, 7,7 milhões de trabalhadores forçados em todo o país.
Para compensar as vítimas, o governo alemão estabeleceu um fundo de reparação no final dos anos 1990. Empresas com passado nazista disponibilizaram recursos para o fundo, entre elas a Hugo Boss. (Wikipedia)
Anónimo,
EliminarComo já aqui deixei claro, se formos procurar marcas que não tenham um passado, ou um presente, obscuros, ficamos nus.
E sem podermos comunicar com os gadgets que agora temos.
Não condenei ninguém, gosto muito da marca Hugo Boss, apenas deixei aqui a informação