Fracturar por aí?
Em Macau, por regra, as novidades no panorama político variam entre o pouco e o nada.
Quando aparece um novo tema no discurso político, ainda para mais num ano que antecede as eleições para a Assembleia Legislativa, seguindo o discurso de Deng Xiaoping, "pela janela entretanto aberta, juntamente com o ar fresco, é possível que entrem as moscas".
Quando se perfila como cada vez mais provável uma nova lista saída do que se convencionou designar por campo pan -democrata (os sufragistas, insisto) é curioso verificar que, muito provavelmente fruto da influência de Bill Chou, Jason Chao apareça agora a introduzir no discurso político em Macau os chamados temas fracturantes.
Por agora, a exigência de se estender a revisão legislativa em curso, referente aos casos de violência doméstica, às uniões homossexuais.
Um discurso inovador, corajoso, arriscado.
Tanto mais quanto se sabe que a sociedade de Macau continua a ser caracterizada por um profundo conservadorismo.
A janela aberta deixa entrar o ar fresco.
Mas também deixou entrar as moscas.
Bill Chou, o possível ideólogo, com o comportamento patético que teve na Marcha da Caridade, ficou irremediavelmente chamuscado na sua imagem pública (propositadamente, para obrigar Jason Chao a encabeçar a nova lista que se anuncia?).
Resta a curiosidade de ver se essa lista se torna uma realidade, se aposta nestes temas fracturantes, num novo discurso, ainda que não se afastando dos temas mais gratos ao campo pan - democrata (sufrágio directo e universal, habitação pública, protecção do emprego dos locais).
E se, apostando nesse discurso, terá algum sucesso eleitoral.
Finalmente, e sempre partindo do princípio que essa lista se tornará uma realidade, perceber como irá o campo pan - democrata gerir a dispersão de votos por três listas para conseguir o "quatro em três" - quatro deputados eleitos em três listas diferentes.
A política, aí como cá, anda a provocar algumas fracturas expostas. Hoje, o Filipe Anacoreta Correia veio confirmar aquilo que eu já suspeitava. Afinal, o CDS não existe mesmo, é uma construção portista ( de Portas, claro...)
ResponderEliminarCompleto o meu comentário de hoje lá no Rochedo, Carlos.
ResponderEliminarEste governo cairá quando o Portas, efectivamente nao e o CDS, quiser.
"A janela aberta deixa entrar o ar fresco.
ResponderEliminarMas também deixou entrar as moscas."
Uma óptima observação!!
Pedro, desejo-te um Feliz Natal a ti e à tua familia, repleto de alegria e cumplicidades.
Beijinho
S.o.l.
ResponderEliminarEsse era um conhecido pensamento de Deng Xiaoping.
E que nos devíamos seguir sempre na nossa vida - deixar entrar ar fresco, mesmo que também entrem moscas.
Votos de um Santo Natal!
Beijinho
Já se fala dessas coisas em Macau? Demorou...
ResponderEliminarMinina nã fala politica,mas deixa o beijinho dela e uma flor.
ResponderEliminarBom, da política de Macau não sei rigorosamente nada, mas apesar de tudo gostei do pensamento de Deng Xiaoping... :)
ResponderEliminarDe qualquer forma, nem sempre é mau a política variar pouco ou nada. Cá tem variado muito e não é para melhor! Além de termos de ouvir um blablablá da treta, sempre das mesmas caras! :P
Beijocas!
Mas o tema está a ser introduzido no debate político, FireHead.
ResponderEliminarConfesso a minha surpresa também.
Adélia,
E eu fico contente com o beijinho :)
Teté,
O pensamento do Deng Xiaoping é excelente.
A adoptar, sem dúvida.
A modorra da vida política em Macau é algo que custa a acreditar e a descrver.
Beijocas!