Jogaço no Dragão e festival de desperdício em Alvalade

Porto e Braga foram ontem protagonistas do melhor jogo da Liga até ao momento.
Golos, muitos e de execução técnica fantástica, emoção, alternância no marcador, grandes jogadas, grandes jogadores, dois excelentes treinadores.
Um jogão, que o Porto ganhou porque é uma equipa mais experiente, com maior traquejo.
As grandes equipas, à semelhança dos grandes homens, definem-se nos momentos mais aziagos.
Se pensarmos assim, o Porto e o Braga provaram ontem porque são, neste momento, as melhores equipas da Liga.
O Braga adiantou-se no marcador com um golaço de Luís Aguiar.
O Porto reagiu imediatamente, mas não de uma forma descoordenada, desesperada.
E chegou ao empate depois de uma uma brilhante jogada de Hulk (num momento de forma impressionante!), finalizada pelo miúdo Varela (que jogão!!).
O Braga, em pleno Dragão, poderia desorientar-se.
Bem ao contrário, os minhotos continuaram a jogar o seu futebol, e conseguiram adiantar-se novamente no marcador.
Agora com um golaço de Lima, aquele cujo passe foi adquirido por 200 000 euros.
Era a vez de o Porto se poder desorientar.
Não foi assim.
Villas-Boas, mais uma vez a ler o jogo na perfeição, mandou massacrar o lado esquerdo da defesa do Braga (o elo mais fraco), e chega ao empate por Hulk.
Com o jogo dividido, a poder pender para qualquer dos lados, foi a vez de Falcao se mostrar.
Não a marcar, antes a roubar a bola, a segurá-la, a entregá-la a Varela, que fuzilou a baliza do Braga.
O 3-2 final premeia a tenacidade, a experiência, a frieza, a capacidade de sofrimento e superação, de um Porto extraordinariamente bem orientado por um menino de 32 anos.
Mas deixa claro que há um sério candidato ao título no Minho.
Extraordinariamente bem orientado por um menino que fez toda a formação no Porto e que, tarde ou cedo, lá voltará.
No duelo entre o actual e o futuro treinadores do Porto, ontem ganhou o actual.
Naquele que foi, de longe!!, o melhor jogo da Liga.
Em Alvalade, ontem terá sido um dos dias em que Paulo Sérgio mais suspirou pelo "pinheiro" que tanto pediu.
O Olhanense foi a Alvalade supostamente jogar num 4/3/3.
Na realidade, sem bola, os homens de Olhão ficavam dispostos num simples 9/1.
Tudo atrás da linha da bola, a tapar a baliza, e um jogador a pregar no deserto.
O Sporting tentou, carregou, rematou, mas não teve arte e engenho para ganhar o jogo.
E não teve o "pinheiro".
O bambu Liedson, e o bonsai Djaló, não dão para estes jogos.
O 0-0 premeia a estratégia do Olhanense (era só isto que Daúto Faquirá queria) e castiga, talvez em demasia, a falta de eficácia, e também alguma falta de soluções, do Sporting.


Comentários

  1. Dos animais futebolisticos o único que ainda tem fogo na guelra é o Porto.
    Nesta temporada só dá Norte, e isso se deve talvez pela entrada em vigor do pagamento obrigatório para quem utilizar as Scutes.
    De Bangkok com amizade e Humor, um abraço amigo.
    Foi se o Boavista vem se o Olhanense, com mais visâo.

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  2. O Braga também está muito bem, caro Cambeta.
    Ontem podia ter dado para qualquer dos lados.
    Abraço

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