Em piloto automático? Qual piloto automático? A Selecção está totalmente à deriva!!!
Mais um "feito" na era Carlos Queiroz - depois do primeiro empate da história com Chipre, em casa!!, 4-4!!!, agora a primeira derrota no historial da Selecção com a congénere norueguesa.
Tudo no espaço de menos de uma semana e dando rigoroso seguimento a uma prestação medíocre no Mundial da África do Sul, no qual a Seleccção portuguesa só conseguiu ganhar à anedótica selecção norte-coreana.
O balanço é confrangedor - em dois jogos, um mísero ponto conquistado.
Mas, apesar de confrangedor, nada surpreendente.
Será complicado fazer pior do que o que foi feito até agora, valha-nos esse consolo (??).
Não há liderança, não há harmonia (é preciso sim senhor!!), não há crença, não há classe.
Há sim uma enorme confusão, jogadores em má forma, nervosos, um indisfarçável mau ambiente, ausência de soluções e de alternativas, uma acumulação de erros que revelam o mais puro desleixo e amadorismo.
Vergonhoso!!
O jogo de ontem foi um pouco de toda esta amálgama.
Da porcaria (a expressão é do seleccionador, não é minha) que se vai acumulando fora do campo, fétida, já nem vale a pena falar.
O pior é que essa porcaria se reflecte no desempenho dentro do campo.
A derrota de ontem deixa a Selecção portuguesa muito longe do Europeu de 2012.
Quando ainda só se disputaram dois jogos!!
E nós já não estávamos habituados a estes cenários.
Mas é melhor começarmos a habituar-nos.
É que, no espaço de menos de dois anos, desmembrou-se completamente uma Selecção que era temida.
E não se criaram alternativas.
Foi isso que se viu no jogo de ontem.
Uma equipa incapaz - incapaz de criar perigo para o adversário, incapaz de criar situações claras de golo, incapaz de finalizar nas poucas vezes que se abeirou da baliza adversária, incapaz de ultrapassar medos e fantasmas, incapaz de se abstrair do que se passa ao redor da equipa técnica e da estrutura federativa.
Comandada (??) por uma estrutura técnica também incapaz - incapaz na liderança, incapaz na convocatária, na formação da equipa, na reacção a situações adversas, nas alterações efectuadas, no discurso e na motivação.
Ouvir Agostinho Oliveira declarar que a equipa portuguesa dominou o jogo é patético.
Claro que dominou!
Apenas porque a estratégia norueguesa era precisamente essa.
Dar o domínio do jogo aos adversários para os tenatr surpreender em contra-ataque.
Penoso, ouvir Agostinho Oliveira dizer que, com esta equipa, temos futuro.
A Selecção portuguesa perdeu o jogo de ontem.
E perdeu porque não soube ganhar, porque cometeu erros inadmissíveis, porque vive um momento inconcebível.
E fica a sensação que, sem uma profunda alteração, não só na equipa, mas também na estrutura federativa, que não se vislumbra, vai perder muitos mais.
O jogo de ontem foi, só e apenas, mais uma soma de equívocos.
O primeiro, a equipa apresentada.
Sílvio estreou-se e foi dos melhores em campo.
A dupla de centrais, que fez um excelente Mundial, voltou a tremer.
Como já tinha acontecido em Guimarães.
Miguel Veloso fez a lateral esquerda sem qualquer brilhantismo, mas também sem comprometer.
Quem comprometeu, muito!!!, foi Eduardo.
Outra vez.
O guarda-redes é a imagem da intranquilidade e do desnorte que se vivem no seio da Selecção portuguesa.
Sofrer aquele golo raia o incrível.
Eduardo, que é um bom guarda-redes, que foi dos melhores jogadores portugueses no Mundial, precisa de ser protegido, de ser resguardado.
Até recuperar níveis de confiança adequados.
A sabedoria popular ensina que "no meio está a virtude".
No caso da Selecção portuguesa, no meio está um dos maiores equívocos.
Como é que foi possível juntar no meio-campo português três jogadores que ainda não fizeram um único jogo oficial, que só muito recentemente viram resolvida a sua situação profissional??
Não consigo perceber.
E, já que estamos em maré de perguntas, como é que foi possível, depois de estar a perder a partir dos 21 minutos, fazer substituições aos 74 e 84 minutos?
Ter Danny a aquecer vinte e tal minutos e Liedson trinta e tal (aqueceram mais tempo do que jogaram!!)?
O que é que se pretendia ao fazer sair Quaresma para fazer entrar Danny?
Segurar o resultado??!!
E fazer sair Tiago, mantendo em campo todos os defesas, com 10 norugueses atrás da linha da bola, para fazer entrar Liedson?
Apostar no futebol directo? No jogo aéreo?
Tão mau que custa a acreditar ser possível.
Mas é.
E ameaça ser por muito tempo.
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