"Obama, ganhaste-o, agora faz por o merecer!"
Esta frase, retirada de um cartaz empunhado por um manifestante ontem em Oslo, resume bem o sentimento de muitas pessoas no que respeita à atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama.
De algum modo, resumirá também o que sentem os membros da Academia.
Volto ao que escrevi aqui na altura da atribuição do prémio.
Os membros da Academia norueguesa entregaram um prémio a Obama.
Mas também um pesadíssimo caderno de encargos.
Consciente desse facto, de ainda nada ter feito, objectivamente, para merecer tal honra e distinção, de ser o líder de uma nação envolivida em dois conflitos de grandes proporções, Obama fez o discurso que se esperava.
Em determinadas ocasiões, a guerra é o único meio para chegar à paz.
"A means to an end".
Foi assim que se expressou o laureado (aqui via Correio da Manhã http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091&contentid=47FCCD77-94F8-4033-B562-5060F22EA80D&h=1 )
Obama, numa situação algo complexa e desconfortável, decidiu-se pela terapia de choque.
E defendeu a guerra numa cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz.
Que mais poderia fazer?
Não sei quem empunhava o cartaz.
Muito menos quem o concebeu.
Quem o imaginou, numa frase, curta e concisa, resumiu os sentimentos de uma grande parte do planeta em relação a Barack Obama.
Esperemos que, apesar do aparato de segurança, Obama tenha lido o cartaz.
E que faça por merecer o prémio que lhe foi atribuído.
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