Sufrágio directo, sufrágio universal e sufrágio directo e universal


Os acontecimentos em Hong Kong têm sido fonte de frequentes equívocos.
O maior dos quais, opinião muito pessoal, a insistência em confundir sufrágio universal, sufrágio directo e  sufrágio directo e universal.
Ensina a melhor doutrina que o sufrágio universal é aquele que se verifica quando o direito de voto pode ser exercido por todos os cidadãos com capacidade legal para votar.
Já o sufrágio directo é aquele em que o eleitor pode votar directamente no seu candidato.
Logo, sufrágio directo e universal existirá sempre que os eleitores possam votar directamente nos candidatos que queiram, apenas com um requisito - que haja capacidade legal/eleitoral de uns e outros.
Se atentarmos no disposto no artigo 45 da Lei Básica de Hong Kong o que ali está previsto é o sufrágio universal, não o sufrágio directo e universal.
Mais, a segunda parte do artigo até parece, na sua literalidade, afastar a possibilidade de um sufrágio directo.
Pessoalmente, creio que Pequim sempre terá tido esta última possibilidade em mente.
Pequim resignar-se a ver como Chefe do Executivo de Hong Kong um qualquer cidadão com capacidade legal para tal?
Ficando apenas com o poder de “carimbar” o que já vinha decidido?
Alguém acredita seriamente nesta possibilidade?

Comentários

  1. Concordo amigo Pedro Pequim não se contenta com um papel secundário, aproveito para desejar a continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Parece que ainda há muita gente que pensa que isso é possível, Francisco.
      Aquele abraço

      Eliminar
  2. Não vejo Pequim com um papel secundário...

    Aquele Abraço

    ResponderEliminar
  3. Olá, Pedro!
    Eu NÃO!
    Que folhetim este...
    Beijo.

    ResponderEliminar
  4. Tudo é mais fácil de ser compreendido. Quanto mais corretamente for explicado.
    A razão poderá não estar do lado da força. Mas a força por ter força, nunca a quererá perder?

    Tenha um bom dia caro amigo Pedro. Um abraço.

    ResponderEliminar
  5. Respostas
    1. Fazemos perguntas e procuramos as respostas, essa é a solução, Larissa Santos
      Bjs

      Eliminar
  6. Eu não acredito. Pequim não dá ponto sem nó e quer mandar a sério e não de brincadeira.

    ResponderEliminar
  7. Um pais totalitário a mandar ao faz de conta nammmm
    Abraço
    Kique

    Hoje em Caminhos Percorridos - Em verdade te digo…

    ResponderEliminar
  8. Só de ouvir falar em eleições fico com comichões...

    Dias bons e felizes.
    Tudo bom.
    Beijinho
    ~~~~

    ResponderEliminar
  9. O que me parece é que Pequim com os estatutos especiais quis amolecer esquinas para melhor integrar, não dar real autonomia a certas regiões, e nunca pensou na hipótese de independência. Ao mesmo tempo quis vender uma imagem mais moderna e democrática da RPC.
    Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Independência nunca passou pela cabeça de Pequim.
      Só mencionar o assunto é ofensivo.
      A ideia de Deng Xiaoping era aproximar ambas ao Continente e também fazer o Continente abrir mais.
      Aquele abraço

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares