Vladivostok a Lisboa

 Chama-se Alexandr Dugin e é o ideólogo da nova Rússia.

Os Pais Fundadores da União Europeia sonhavam com uma Europa do Atlântico aos Urais.

Dugin sonha com uma Rússia de Vladivostok a Lisboa.

Se Nietzsche inspirou Hitler, Dugin inspira Putin na mesma medida e com um objectivo em tudo semelhante.

A Rússia imaginada por Dugin deve dominar o Planeta, as suas fronteiras devem ser fluidas (sic) na medida em que devem ser constantemente alargadas.

Começando com um alargamento aos seus vizinhos, outrora parceiros na União Soviética.

Este processo de conquista deverá basear-se numa dupla estratégia - semear o caos e a confusão no Ocidente, explorando as fragilidades das democracias através do recurso massivo à Inteligência Artificial e a "cavalos de Tróia" estrategicamente colocados no aparelho político desses países; quando essa táctica não se revelar eficaz, o recurso à força, à conquista.

Está tudo bem explicado na obra já publicada por Dugin.

É com esta gente que o Ocidente quer conversar, negociar.

Ilusão, senilidade?

Para quem assim pensar fica uma sugestão simples - que tal rever o processo Brexit (o abandono da União Europeia por parte do Reino Unido sempre foi considerado essencial por Dugin) e olhar para o que está a acontecer na Geórgia e na Ucrânia.

Seguem-se as Repúblicas Bálticas.

Dugin não tem segredos.