Não te preocupes Vladimir
Parece óbvia a contínua interferência russa na política europeia, nas democracias europeias.
Putin aposta todas as suas fichas na destabilização política interna dos seus vizinhos a Ocidente.
Aproveitando as características intrínsecas dos sistemas democráticos, os defeitos das democracias na perspectiva do Kremlin.
Ainda que a todos aqueles que acreditam na democracia possa doer, há que constatar que Putin vai sendo bem sucedido nos seus intentos.
Nomeadamente na União Europeia.
A União Europeia teve na sua génese a busca da pacificação no relacionamento germano francófono.
Curiosamente, tantos anos volvidos, se o relacionamento bilateral é pacífico, a situação política interna nos dois países é um caos.
Com a Grã Bretanha, sempre euro céptica, afastada do seio da União; com os dois grandes motores a nível político e económico em polvorosa; Putin pode repousar e concentrar os seus esforços no alargamento territorial que desesperadamente busca.
A Alemanha colocou o seu crescimento económico excessivamente dependente de matérias primas essenciais vindas da Rússia (erro de principiante); a França vive há demasiado tempo em dívida (laissez faire laissez passer); e a União Europeia aplica sanções a oligarcas russos para distrair uma opinião pública europeia crescentemente insatisfeita.
Aqui chegados apetece dizer a Putin – não te preocupes Vladimir.
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