Clarence Thomas e a Paralisia de Bell

Clarence Thomas é um dos juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, o preto.

Nomeado por George H.W. Bush em 1991, Clarence Thomas, um ultra conservador, mantém esse estatuto e essa convicção até hoje.

Recentemente, a sua imagem pública de cidadão impoluto, incorruptível, um homem temente a Deus e alheio aos pecados dos homens, foi profundamente abalada.

Porque afinal Clarence Thomas gosta de luxo, cede a tentações como todos os pecadores.

O homem que parece sofrer de Paralisia de Bell, no caso dele revelada por uma incorrigível incapacidade de sorrir, tem agora muito menos razões para tentar esboçar sequer uma tentativa de sorriso.

Porque se soube da sua grande amizade com o bilionário texano Harlan Crow, grande doador do Partido Republicano, colecionador de memorabilia hitleriana, o homem que utiliza guardanapos decorados com uma suástica nos seus jantares.

Este cidadão exemplar é a companhia de férias de Clarence Thomas.

Uma companhia muito agradável porque proporciona ao juiz americano viagens de luxo em jactos e iates privados, estadias em paraísos, tudo como contrapartida desinteressada de uma pura amizade.

E Clarence Thomas não vê qualquer problema neste comportamento.

Tudo normalíssimo sentencia o senhor juiz.

Haja alguém que lhe explique a mulher de César e o ser e parecer porque Clarence Thomas parece não conhecer essa realidade.