Colonialismo económico

 




Francisco falou recentemente em colonialismo económico.
Uma nova forma de os países mais ricos colocarem os mais pobres na sua dependência.
Francisco estava no continente africano e pensava nos povos de África vergados ao peso do colonialismo europeu durante séculos.
Agora não havia conquista militar, invasão do território, havia uma dependência económica que colocava os povos sob o jugo de um novo modelo colonial, alargado a outras geografias que não só as tradicionais europeia e americana.
No mesmo dia, quiçá inspirado em Francisco, Filipe Vasconcelos Romão chamava a atenção para um novo colonialismo.
Este dentro do continente europeu.
Quando ainda se trava uma guerra a Leste, é já clara a voragem dos mais poderosos visando o pós-guerra, a reconstrução da Ucrânia, se possível com dinheiro e recursos de uma Rússia derrotada no conflito que o seu estouvado líder provocou.
Um novo colonialismo, europeus colonizando europeus economicamente.
O esforço de reconstrução da Ucrânia, qualquer que seja o resultado do conflito, tem de ser um esforço conjunto, um jogo de soma nula.
Sob pena de, à sombra do actual conflito, poderem surgir outros bem mais graves e muito provavelmente estendidos a todo o Planeta.

Comentários

  1. A ganância humana é infindável. Ainda não saímos de um problema e já outro se avizinha. Todos do mesmo teor. Todos tendo o poder na mira. O resto é o idealismo dos sonhadores sem remédio, os tais que ajudam o mundo a avançar, mas não o conseguem tornar moralmente melhor.
    E é isto.
    Bom dia, Pedro

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    1. A União Europeia a querer antecipar-se a outros, bea.
      E a querer entrar no lucrativo negócio de reconstrução da Ucrânia.
      Money makes the world go around.

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  2. Agora as guerras são monetárias e anda tudo a ver quem tem mais protagonismo.
    Beijos

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    1. E quem mais pode lucrar com a guerra e com a paz que se segue, Manu.
      Beijos

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  3. Bom dia
    Para quê tanta guerra se de repente a natureza em apenas dois minutos consome milhares de vidas .

    JR

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  4. Teresa Palmira Hoffbauer

    A Eva e o palerma do Adão são os responsáveis por este mundo cão.

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    1. Fossem ele chineses papavam a serpente e estava o problema resolvido:))

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  5. >Guterres chamou claramente a atenção para o caminho deliberado que se está fazendo rumo a uma guerra envolvendo inúmeros países.

    A Ucrânia foi invadida e tem direito à defesa, fora de dúvida. No entanto, o apoio que está recendendo não se baseia na simples solidariedade, tem interesses muito mais obscuros ...

    Lamento , continuo a lamentar, a duplicidade de critérios da comunidade internacional - encabeçada pelos EUA.

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    1. Obviamente que o apoio não é desinteressado, São.
      O apoio da China a África é desinteressado?
      Dar uma salsicha a quem dá um porco gordo.

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  6. Faço minhas as palavras da Teresa.
    Abraço

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    1. E eu repito a minha resposta.
      Maçã?
      Qual maçã?
      Assa-se já o estupor da cobra!! :))
      Abraço

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  7. Ha coisas do papa que fico em dúvida se será mesmo bom, como esta, no meu intímo, duvido seriamemte... Beijinho

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    1. Francisco só chamou a atenção para o óbvio, Daniela.
      Beijinho

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  8. Lucra-se cm a Guerra, lucra-se com a Paz....
    Será que a guerra é originada tendo em vista o lucro que dá fazer a(s) Paz(es)?
    Ou, ao fim e ao cabo, é na Guerra e na Paz que assenta o mundo da corrupção?
    Responda quem souber! Eu já não entendo mais nada e a Mãe Natureza também já anda confusa. Engana-se nas contas e na direcção, causa mais destruição em países já destroçados e os salvadores são justamente aqueles países que andam propositadamente a causar idênticos estragos no vizinho...O mundo está louco ou sou eu que endoideci? :(
    Beijinhos.

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    1. A Natureza tem leis próprias, Janita.
      Que não seguem as leis dos homens.
      Beijinhos

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  9. Olá, Pedro, muito interessante o novo colonialismo, com europeu
    colonizando europeu. Também gostei da referência feita à Ucrânia e a Francisco.
    Uma boa semana, saúde e paz.
    Grande abraço.

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    1. Escravatura económica, Pedro Luso.
      Que já existe em muitos países.
      É só estar atento.
      Grande abraço

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  10. As minas de cobalto no Congo, por exemplo... são dignas de se ver... para alimentar as "energias verdes" do mundo... olhando-se para o funcionamento delas... até a industria do petróleo parece um mal... menos mau...
    Reconstruir a Ucrânia... se nem temos cá possibilidade de reconstruir escolas, que ainda estão tantas, carregadas de amianto dos anos 60 e 70 por cá... além de que os protestos cá, por causa do aumento do custo de vida, já são diários e transversais a todos os sectores... num país de maioria de salários e reformas mínimas, como é o nosso... a nossa boa vontade para sustentar guerras de outros países, tenderá a aumentar... num espiral muito rapidamente decrescente!
    Despachar Kamovs que não se movem... e oferecer tanques Leopard que não andam cá, porque nem temos dinheiro para os mandar fazer a revisão ou substituir peças, com reparação por conta da Alemanha... acho que será o limite da nossa boa vontade à portuguesa.
    A reconstrução da Ucrânia pelo Ocidente, paredes meias com o império do Vlad... na minha perspectiva, terá tanta viabilidade e sucesso, quanto o King-Jó ir dar um abracinho ao seu homólogo do Sul... ou quanto a Pelosi ir dar mais uma outra forcinha a Taiwan... é cá um feeling... de que tem tudo para correr tão bem!!! :-)
    Até já imagino os franceses entusiasmados, a atrasarem mais um ano extra das suas reformas, para reconstruirem a Ucrânia, quando forem chamados para o fazer... depois dos protestos das últimas semanas...
    A boa vontade tem um custo... e um limite! Se os Estates não os estabelecerem rapidamente... para forçar negociações de paz... vamos todos brilhar no escuro que nem pirilampos... em tons de verde, que será uma beleza, até ao Verão... ainda que eu aposte mais na Primavera!... Oxalá eu esteja redondamente e quadradamente enganada...
    Beijinhos!
    Ana

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    1. Acha que a Ucrânia vai ficar eternamente em ruínas, Ana?
      Alguém terá de a reerguer.
      Lembra-se da Alemanha?
      A História ensina tudo.
      Beijinhos

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  11. Excelente crónica retratando uma dura realidade. Infelizmente está cada vez mais acentuado o colonialismo e dependência econômica.
    Beijinhos

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