As minhas ideias e o vosso dinheiro

 

Pessoa bem conhecida, sogro de um bom amigo, costumava brincar dizendo-lhe - “as minhas ideias e o seu dinheiro? Vamos em frente!” 

Não haverá melhor descrição para as elites financeiras portuguesas.

Heróis com pés de barro, pantomineiros, gente que usa o dinheiro dos outros para se vangloriar, sustentar os seus vícios e ultrapassar os seus traumas.

Viver muito acima das possibilidades, romancear uma vida, ser afinal um cleptómano frustrado.

Os grandes banqueiros ficaram conhecidos por arrecadar e multiplicar o que lhes era confiado.

Na era do faz do conta, os supostos grandes banqueiros utilizam o dinheiro dos outros, depósitos de privados e auxílios do Estado, para satisfazer vícios privados enquanto exibem supostas virtudes públicas.

Mentira tem perna curta, ensina a sabedoria brasileira.

E esta gentalha acaba na lama, desgraçadamente enxovalhada.

Pena que pelo caminho deixem muitas vítimas inocentes.

As minhas ideias e o seu dinheiro? Sentido de humor fino, requintado, de quem sabia que só como piada tem sentido.