Os presentistas


O título é estranho mas é uma palavra que retrata perfeitamente uma realidade que todos conhecemos.
Presentistas são aqueles que querem apagar a História e querem construir a sua história.
Na filosofia do tempo, presentismo é a tese que defende que nem o futuro nem o passado existem.
De acordo com o presentismo, eventos e entidades que estão inteiramente no passado ou inteiramente no futuro não existem efectivamente. 
Por todo o Mundo há uma série de gente ignorante, muitas vezes bajuladora, que cria uma versão do politicamente correcto, o seu politicamente correcto, e com isso uma nova versão do presentismo sem que sequer disso se apercebam.
É gente que se entretém a derrubar estátuas, a mudar nomes de ruas, a falar de questões que não vive nem nunca viveu, a apropriar-se de lutas que não lhe dizem respeito nem minimamente entende.
Gente ingrata, capaz de trair a sua memória e a dos seus antepassados para se mostrar servil a um qualquer poder transitório.
Não sei se tenho pena destas verdadeiras almas penadas ou se tenho raiva da sua incapacidade de se portarem como verdadeiros seres humanos com uma espinha dorsal que não seja tão maleável como o bambu.
Sei apenas que não me são indiferentes por muito que tente que o sejam e isso irrita-me profundamente. 

Comentários

  1. O presentismo pode ser também quando dependemos do presente para prever o futuro, não pode?

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    1. Enquanto filosofia, não, Catarina.
      O presente e só o presente.
      O passado e o futuro não existem.

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  2. Está a cair-se perigosamente numa análise do passado à luz das perspectivas do presente, não tanto, a meu ver, na recriação desse passado mas numa interpretação com lentes da actualidade. É este um exercício perverso porquanto subverte a história, a tal como comummente se diz que se repete, mas em contextos vivenciais diferentes . O passado não deve ser renegado, ou esquecido, mas não pode obstruir o presente que deve funcionar como um filtro. A história não pode ser reescrita. A anacronia é um entrave à evolução do mundo.
    Boa semana.
    Abraço

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    1. Esse hábito estúpido de ler com as lentes de hoje o que aconteceu noutras épocas e outros contextos é risível, Célia.
      A nossa superioridade moral para julgar outros sem viver o mesmo circunstancialismo revela uma enorme falta de visão.
      Abraço, boa semana

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  3. Bom dia
    A historia nunca mas nunca se pode apagar , o presente não se pode confundir com os presentistas , e o futuro a Deus pertence .

    J R

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    1. A História ensina-nos, faz-nos crescer.
      Quem não percebe isso nunca poderá verdadeiramente viver.

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  4. Uma CORRENTE FILOSÓFICA que desconheço completamente. Fiquei curiosa.

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    1. Filosofia do tempo, Teresa.
      Que ajuda uns quantos lambe-botas a ser agradáveis.

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  5. Para mim, os 'presentistas', são os arruaceiros que, sem nada de valores humanos aos quais se possam prender, destroem o passado de quem fez História.

    Beijinhos

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    1. Muitos deles seguem o presentismo sem sequer ter consciência disso, Janita.
      Tontinhos.
      Beijinhos

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  6. Concordo contigo mas será que os pais falaram da história do passado. Nas escolas a educação é mais sobre a "rama" do que a essência total e temos uma geração completamente desligada do passado e que no presente vão atrás de maquiavélicos onde incluo os tais que dizem que não existiu o holocausto.
    Enfim...

    Beijos e um bom dia

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    1. Aí está um bom exemplo de presentistas, Fatyly.
      Não existiu holocausto, guerra colonial, segregação racial.
      Em vez de tentarem compreender porquê, o que é bem diferente de concordar, negam a existência à partida.
      Uns pobres tontos.
      Beijos

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  7. Concordo e não é fácil ficar indiferente .
    Isabel Sá  
    Brilhos da Moda

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  8. Estranha forma de pensar:( Nunca se pode apagar o antes. Das memórias do passado faz-se o presente com valores e respeito pelos outros.

    Beijos Pedro

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    1. De pensar e de viver, Manu.
      Que estupor de referências têm estes penantes?
      Beijos

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  9. Nunca ouvira falar em presentismo e pelo que li parece-me desprovido de todo o sentido.

    Não podemos julgar o passado histórico com os nossos conceitos actuais, mas também não podemos relativizar tudo, pois existem valores, quanto a mim, intemporais e porque , por exemplo , a Inquisição até na sua época teve pessoas a criticá-la e o massacre de Béziers na Cruzada contra os Cátaros foi, na própria época também, considerado o que nós agora chamaríamos crime de guerra.

    Obviamente, a destruição de estátuas nada resolve, mas penso que seria bom e esclarecedor colocar placas com informação completa e fazer um grupo escultórico de Leopoldo da Bélgica incluindo o rei e pessoas negras mutiladas, cobertas de borracha e esfomeadas não seria totalmente despropositado.

    Tudo de bom

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    1. Mas é para isto mesmo que devemos saber História, São.
      Para a discutir, a estudar, avaliar, repetir no que tem de bom e evitar no que tem de mau.

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    2. A inspiração directa foi uma alminha que apresentou a proposta de remover os nomes portugueses de algumas ruas de Macau.
      Tristes!

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    3. O quê?! SEm comentários !!!

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  10. Há gente que defende o presentismo até mais não poder.
    Ilusão, nada mais!
    Um abraço

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    1. Por aqui são os parvos que acham que Macau começou em 1999.
      E o mais curioso é que muitos deles, ou os seus antepassados, ficaram aqui refugiados, fugiram para aqui na sequência de episódios históricos que estes tristes não conhecem ou não entendem.
      Aquele abraço

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  11. Desculpa, mas agora pergunto eu: «onde posso assinar?»
    Não passam de oportunistas abestalhados.
    Beijo, boa semana.

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  12. Claramente que, faço das palavras da Teresa Dias as minhas. 😘

    *
    Boa tarde. Beijos

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  13. O presentismo tem várias facetas. Umas boas outras nem tanto. Essa de derrubar estátuas é uma carneirada que nem me atrevo a classificar...mais duramente.
    .
    Abraço
    Cumprimentos poéticos

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    1. Várias facetas, todas profundamente estúpidas.
      Pelo menos nisso são coerentes.
      Aquele abraço

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  14. Não vale a pena tentar apagar a história, até porque ela é cíclica.
    Abraço e saúde

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  15. Creo que el presentismo necesita de un pasado que lo antecede sin el no habria presente. La historia de una cultura nos muestra el presente que vivimos y rige nuestro futuro .
    Es para pensarlo ..................
    Besos Pedro

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  16. Não conheço essa corrente, mas infelizmente conheço muitos lambe botas ignorantes.
    Boa semana

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    1. Que até ocupam cargos de grande destaque e responsabilidade, Magui.
      Boa semana

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  17. Não há como apagar a história e nem faz sentido apagá-la. História sempre rendem ensinamentos. https://itslizzie.space/

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  18. Detesto-os com muita força. À força toda, vá.

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  19. Este texto fez-me lembrar como a história pode ser vista ou ensinada - como os Criacionistas nos Estados Unidos e a fotografia de políticos da URSS da qual iam desaparecendo os que caiam em desgraça

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    1. Repete-se, Gabi.
      Não é assim por exemplo na Coreia do Norte?
      Vão desaparecendo.

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