Associação s(c)em milhões
“E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição, vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.” (Hebreus 12:16,17)
Este episódio bíblico ensina-nos que desprezar privilégios espirituais para satisfazer desejos e ambições pessoais é o acto mais profano que um cristão pode cometer.
Para os agnósticos a moral será semelhante – tentar satisfazer prazeres momentâneos comprometendo perspectivas futuras é sempre péssima ideia.
Não o saberiam os condóminos do edifício Sin Fon Garden que foram atrás de promessas vãs da Associação dos Conterrâneos de Jiangmen.
Quem vive em Macau, e conhece minimamente o que se passa na vida política local, liga imediatamente a Associação dos Conterrâneos de Jiangnmen a alguns rostos e uma específica força política.
Que depois de ver eleitos os seus representantes para mais um mandato na Assembleia Legislativa, e à boleia da pandemia, terá recuado nas suas promessas de generoso auxílio monetário.
Quantos votos terão valido os cem milhões de patacas prometidos?
Nunca o saberemos exactamente.
Mas, tal como com Esaú, não vale a pena chorar, de nada serve o arrependimento.
Não se vende a dignidade.
Seja por um prato de lentilhas ou por cem milhões de patacas.
Dignidade é uma qualidade desconhecida de muitos.
ResponderEliminarGosto de citar sempre uma grande figura de Macau, Catarina - até na merd@ se tem que ter dignidade (Carlos D'Assumpção).
EliminarA dignidade será ou seria sempre a mais digna, mas muita gente gosta de atropelar e olhar apenas para o seu umbigo.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Vistas curtas e coluna de bambu, Fatyly.
EliminarDá asneira.
Beijos
Dignidade? Que palavrão esquisito, Pedro!
ResponderEliminarUm abraço
Cada vez mais em desuso, António.
EliminarAquele abraço
Os chico-espertos costumam ter surpresas desagradáveis.
ResponderEliminarNão conheço Carlos D' Assumpção, mas concordo plenamente com ele.
ResponderEliminarSe a perdemos por pouco, facilmente a perdemos por tudo.
Foi um aluno brilhante em Coimbra, primeiro Presidente da Assembleia Legislativa em Macau, e já partiu há muitos anos, Magui.
EliminarUm dia um homem, dinheiro na mão, chegou-se perto de um policia altamente digno, de fiscalização de trânsito e disse-lhe: Sr guarda, aquele carro tem de passar sem ser fiscalizado. 10 mil euros são seus.
ResponderEliminarO quê?? responde o guarda. Mas é que nem pensar.
Calma sr guarda. tem aqui 500 mil euros.
O guarda continua renitente: Nem pensar. Vai ser preso por querer corromper um agente de autoridade
Pronto ok, sr guarda. 5 milhões de euros. Está aqui o cheque
E o guarda, treme e... esquece a dignidade
Diz-se que a dignidade não tem preço. Se calhar quem o diz, nunca lhe ofereceram dinheiro suficiente para a esquecer.
Todo o mundo se vende. Só depende do ... preço/valor
.
Fique bem
Saudação poética
Olhe que não, Ricardo, olhe que não...
EliminarAquele abraço
Olhe que sim, Pedro!!!
EliminarO guarda pensou no futuro dos filhos.
Acha, Teresa?
EliminarPerder a dignidade por um prato de lentilhas, claro que não!!
ResponderEliminarPerder a dignidade por 500 milhões de euros, claro que SIM.
Nunca me ofereceram tanto dinheiro, Teresa.
EliminarMas já me tentaram oferecer outras prendas.
Que sempre rejeitei.
Tenho o meu salário.
E é com ele que faço contas de somar e de sumir.
A mim também NUNCA me ofereceram tanto dinheiro, Pedro, mas com 500 milhões de euros calava todos os moralistas, que são os primeiros que se vendem na primeira oportunidade.
EliminarOutras quantias e prendas também recuso, não para salvaguardar a minha dignidade, simplesmente porque não preciso porque, tal qual como o Pedro, falo de dignidade com a barriga cheia.
Só em casos de EXTREMA NECESSIDADE, Teresa.
EliminarSublinho a traço gosso EXTREMA NECESSIDADE.
Que não é o que normalmente vemos.
O que normalmente vemos é pura ganância.
E gentalha dessa mete-me nojo.
Não sei (felizmente) o que é passar necessidades a sério. Não sei qual seria para mim o preço de um prato de lentilhas (que não se tratasse de gula mas de necessidade). Não sei de que dignidade prescindiria para alimentar os meus. Será essa a diferença? Ser "gula" (seja ela de que espécie for), ou ser sobrevivência? Como dizia Saramago “Não é a pornografia que é obscena, é a fome que é obscena.”
ResponderEliminarOu seja: custa-me operacionalizar esse conceito de dignidade. Cada um sabe de si e vive com os seus fantasmas.
Essa é outra conversa, Boop.
EliminarPara não ver a minha família, sobretudo as minhas filhas, passarem necessidades, sou capaz de tudo.
Mas isso é necessidade, não é desejo, gula.
mas situações existem em que ela se perde (a dignidade) a bem do fim que se pretende. Teoricamente, não existe alma que não concorde com a frase, mas a prática é outra.
ResponderEliminarA prática é outra, bea.
EliminarA maioria das vezes por algo muito menos importante que um prato de lentilhas.
Coias existem que não se compram nem se vendem... e a dignidade é, realmente, uma delas.
ResponderEliminarBom meio de semana :)
Eu também é assim que penso, São.
EliminarE ajo.
Já me causou alguns dissabores mas não me arrependo.
pelo exposto será importante que todos tenham as suas necessidades básicas
ResponderEliminarsupridas, assim sem sombra de dúvida poderão escolher a dignidade
Não é de necessidades básicas que se trata, Angela.
EliminarJá não se liga à dignidade! :)
ResponderEliminarTenho post novo!
Beijos e um excelente dia
Beijos, Cidália Ferreira
Eliminardignity is work of soul and those who live by physique only remain unfamiliar to sooth and lightness it brings along
ResponderEliminarif one has dignity he cannot be bought for all treasures of the world if he does he was delusional for having it