Investimento em contraciclo

Não sou especialista em Economia.

Mas sou curioso por natureza.

E é nessa qualidade, e só nessa sublinhe-se, que me faz espécie o discurso oficial em Macau.

O Mundo já vive, e vai continuar a viver, uma fase de contracção económica.

Efeito colateral e esperado da pandemia que se faz sentir e não tem ainda fim à vista.

O investimento privado contrai, o consumo privado contrai, a economia ressente-se.

O cenário que julgo ser o ideal para o investimento público mais se fazer sentir.

O sector público, que tanto peso tem na economia de Macau, nestas ocasiões deve investir em contraciclo.

A História está cheia de exemplos dessa realidade.

Ainda mais quando os cofres públicos possuem reservas absolutamente extraordinárias.

É por isso mesmo que me faz imensa confusão todos os dias ouvir falar em poupanças e cortes no sector público.

Não deveria ser ao contrário? Ou é o curioso que está a raciocinar mal?

Não se está a gerir uma empresa privada para pensar em poupança.

Está-se a gerir a coisa pública, a economia de uma Região Administrativa Especial neste caso em concreto.

E quando é assim o que se necessita é de muito investimento público para reanimar a economia.