Itália enfrenta novo cenário de ingovernabilidade
Conhecidos os resultados das eleições em Itália parece óbvio que resulta das mesmas um novo cenário de ingovernabilidade em Itália e no seio da União Europeia.
Não é terreno desconhecido para os italianos, não é surpreendente (as sondagens já apontavam nesse sentido), é complicado porque, depois do longo período negocial para encontrar um solução de governo na Alemanha, é agora a Itália, terceira economia da União Europeia, a entrar em roda livre, em mais um previsível longo período negocial completamente imprevisível no que toca ao quando e como terminará.
Os italianos escolheram o voto de protesto, o afastamento dos políticos e das políticas tradicionais.
Só assim se compreende a vitória do Movimento 5 Estrelas, um partido sem programa, um partido anti-sistema, um partido fundado literalmente por um palhaço (Beppe Grillo), dirigido actualmente por um jovem de 31 anos, até há bem pouco tempo completamente desconhecido em termos públicos (Luigi Di Maio).
Movimento 5 Estrelas que não deverá poder contar com o apoio da Liga do Norte, eurocépticos, regionalistas e xenófobos, e também com o apoio do Força Itália do inenarrável Berlusconi.
Uma "geringonça" à direita, com Salvini, Berlusconi e Giorgia Meloni (Irmãos de Itália, a extrema direita italiana), não só se afigura muito complicada como também não reúne o número de deputados necessário para conseguir maioria no Parlamento.
Salvini recusou o que apelidou de "coligações minestrone" mas o cenário que resulta destas eleições em Itália é mesmo um cenário minestrone.
Quem vai ficar com este caldo na panela, e com o dever de lhe dar algum sabor e consistência, não só um sabor que agrade a Itália mas também à União Europeia, é Sergio Mattarella, Presidente da República, o "cozinheiro" a quem a União Europeia entrega a complicada missão de conseguir extrair destes ingredientes um cozinhado que pelo menos não seja indigesto.
Infelizmente cada vez ha mais "desgoverno" pelo mundo fora. E triste quando o povo desiste de votar por ja nao ter confianca em nenhum partido ou governmante!
ResponderEliminarMais do que desistir de votar, os italianos optaram pelo voto de protesto, Sami.
EliminarAinda é relativamente recente o fenómeno Beppe Grillo, semelhante ao fenómeno Tiririca no Brasil, que representavam o anti-sistema, o gozar com o sistema.
Agora o partido por ele fundado, sem programa, sem ideologia, um partido de gozo e protesto, ganha as eleições na terceira maior economia europeia.
Palpita-me que vai haver novas eleições em Itália daqui a uns meses.
ResponderEliminarFiquei contente com a derrota do sr. Berlusconi foi pena não ser ainda maior.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Para dar o mesmo resultado ou algo muito semelhante, Francisco?
EliminarPura perda de tempo.
A mim custa-me acreditar como é que ainda há tanta gente a votar num partido que é dominado pelo Berlusconi.
Parece impossível.
Aquele abraço
Deve ser de todos os países do mundo o que tem maior história de ingovernabilidade. Os italianos estão fartos.
ResponderEliminarAbraço
Por estarem fartos é que votaram anti - sistema, Elvira Carvalho.
EliminarPior a emenda que o soneto.
Abraço
Pode ser que o caldo não azede se souberem escolher os ingredientes, uma leiteira já subiu ao palco, agora é só escolher o puro.
ResponderEliminarAbraço
Os italianos já estão tão habituados ao minestrone, na cozinha ou na política, que mais uma vez menos uma não faz grande diferença, António Querido.
EliminarAbraço
Talvez a solução seja mesmo um governo de iniciativa presidencial...
ResponderEliminarÉ uma das hipóteses, João Menéres.
EliminarVamos aguardar e ver.
Bom dia. penso que é geral :))
ResponderEliminarHoje: - {Poetizando e encantando} ...Promessas
.
Bjos
Votos de uma feliz Terça-Feira.
Nisto os italianos são mesmo mais iguais que os outros, Larissa Santos.
EliminarBjs
Um saco de pulgas é o que é, Pedro... o populismo começa a ganhar terreno nas sociedades e começa-me a assustar.
ResponderEliminarVotos de excelente semana para si e suas princesas, meu amigo.
Aquele abraço.
O populismo, a demagogia, a xenofobia, Ricardo.
EliminarPortugal está a passar ao lado desse movimento que está a infestar o resto da Europa.
Aquele abraço, votos de excelente semana para si e as suas mais que tudo
A situação não é agradável, realmente, mas um ingrediente existe que amarga ainda mais : a subida do CasaPond, assumidamente fascista e com activistas muito novos....
ResponderEliminarPara onde caminha a União Europeia?!
Boa semana
SÂO
Caminha, São?
EliminarAcho que já lá está.
Para o populismo, a demagogia, a xenofobia, como comentava com o Ricardo.
Boa semana
Há décadas que a Itália mete-se em caldos e abanões provocados pelo povo, mas depois entendem-se, pode demorar mas que me lembre nunca houve uma repetição de um acto eleitoral.
ResponderEliminarOlha lá na Alemanha...pois...seis meses né?
Já para não falar na Espanha!
Beijos
Portugal está mesmo à parte no meio de toda essa confusão, Fatyly.
EliminarSomos bons em muita coisa.
Nessa tolerância começamos mesmo a ser campeões.
Beijos
Meu jovem, tem gente que
ResponderEliminarprova ser bom de garfo e
isso leva os incautos a
pensar que são bons
cozinheiros. Espero e torço
para que a Itália volte aos
bons tempos ou, no mínimo,
preserve os direitos dos
seus concidadãos.
Um forte abraço,
silvioafonso
.
Já não me lembro de bons tempos em termos políticos em Itália, silvioafonso.
EliminarQue saco de gatos!!
Aquele abraço
Isto das políticas anda mesmo feio, Pedro ! :((
ResponderEliminarParece que os eleitores andam completamente desencontrados das maiorias. Tudo muito dividido e muito complexo !
Veja-se, cá em Portugal, nos USA, na Alemanha, agora na Itália ! ... :(((
Abraço :)
Os leitores andam revoltados, Rui.
EliminarE exprimem essa revolta com reacções primárias, irracionais, quase.
Aquele abraço
Num país onde vão a votos 41 partidos e movimentos seria de esperar uma coisa assim....ingovernabilidade, os tachos na Itália ainda são piores que em Prtugal
ResponderEliminarAbraço Pedro
https://caminhos-percorridos2017.blogspot.pt/
Não comparo a confusão política permanente que é a Itália com o ambiente político português, Kique.
EliminarNessa vertente somos até um bom exemplo.
Aquele abraço
A Itália viver sem governo é normal. O problema é que, desta vez, seja qual for a escolha, a Itália vai caminhar para o precipício.
ResponderEliminarEscolher o menos mau, Carlos.
EliminarAlgo como isso.
O resultado só peca por escasso. Num país com níveis de desemprego jovem elevadíssimos e que, ainda por cima, está a ser invadido e destruído por animais do terceiro mundo, graças às políticas irresponsáveis dos monstros não-eleitos da União Europeia, com a ex-Stasi genocida Angela Mer(d)kel à cabeça, o resultado obtido pela Liga Norte é escandalosamente baixo. Mas os globalistas que continuem assim... continuem alegremente a assobiar para o lado e a chamar covardemente "populistas" àqueles que vão denunciando a barbárie. A revolta dos povos ocidentais só vai continuar a aumentar. Quando derem por ela, vão ter uma guerra civil em mãos!
ResponderEliminarJá estava a estranhar não o ver por cá há muito tempo, Afonso de Portugal.
EliminarOs resultados eleitorais na Itália são exactamente o equivalente a procurar pegar num monte de trampa pelo lado limpo!!
Tantos partidos, dificilmente se encontra união e unidade.
ResponderEliminarUma casa de doidos, Maria Araújo
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