Mais manifestações em Hong Kong
Milhares de pessoas saíram à rua em Hong Kong para protestar contra a detenção de três dos principais rostos do Occupy Central.
Depois de terem sido condenados, em primeira instância, a cumprir penas de serviço cívico e de prisão (seis semanas, com pena suspensa para Nathan Law), os três activistas (Joshua Wong Chi-fung, Nathan Law Kwun-chung e Alex Chow Yong-kang) viram as suas penas agravadas em sede de recurso e vão agora cumprir penas de prisão entre seis e oito meses.
Numa sociedade fracturada, onde os movimentos pró - Pequim e pró - independentistas se digladiam quase diariamente, um acontecimento como estes assume proporções muito mais alarmantes que noutro qualquer local.
De um lado os que defendem que os activistas agora detidos violaram a lei (e violaram, é inquestionável e eles próprios o admitem falando em desobediência civil) e devem por isso ser punidos; do outro os que acham que as penas aplicadas são excessivas e têm a impressão digital de Pequim (a desconfiança em relação a Pequim é constante e parece agravar-se a cada acontecimento semelhante ao que agora presenciámos).
Não vou aqui avaliar as penas aplicadas, a sua adequação à lei vigente em Hong Kong, pura e simplesmente porque não disponho de elementos que mo permitam fazer com o mínimo de rigor.
O que me interessa saber, e é isso que está verdadeiramente em causa, é se houve interferência do executivo no judicial ou não.
Se houve, e não quero acreditar que tenha havido, estamos perante um caso gravíssimo e a trilhar um caminho que não sabemos onde nos levará.
Se não houve, e repito que quero acreditar que não tenha havido, o que se pode discutir é a adequação das penas aplicadas aos factos, não o seu enquadramento político.
O ideal seria procurar-se fazer esta averiguação com calma, com ponderação, com isenção, com independência.
Algo que receio ser muito difícil, talvez virtualmente impossível, conseguir no meio de tanto ruído e tanto extremismo.
Faço minhas as tuas palavras e que deveriam ser aplicadas em todas as situações graves que ocorrem no planeta mas que muitos não querem e como já dizia o outro..."a pressa é inimiga da perfeição".
ResponderEliminarAs tuas palavras:O ideal seria procurar-se fazer esta averiguação com calma, com ponderação, com isenção, com independência.
Hong Kong corre cada vez mais sérios riscos de se tornar ingovernável, Fatyly.
EliminarE isso será mau para todos.
Mais a mais quando um entendimento entre as partes desavindas se afigurando virtualmente impossível.
Estou a ver que está a tingir proporções difíceis de gerir e contornar..
ResponderEliminarBeijinhos
Cada vez mais extremadas as posições dos dois lados, Chic'Ana.
EliminarBeijinhos
it seems that situations throughout of the world is getting worse and credit goes to dirty politics
ResponderEliminarThe clash between Hong Kong and Beijing comes from the colonial era, baili.
EliminarBut It's getting worse and worse.
Num mundo que ameaça tornar-se num incêndio de grandes proporções, um foco de incêndio em HK pode provocar projecções a grande distância...
ResponderEliminarÉ isso mesmo que a China quer evitar, Carlos.
EliminarMas também sem grande jeito.
Um bocadinho com a delicadeza de um elefante numa loja de cristais.
Relações conturbadas sem vislumbre de fim à vista...
ResponderEliminarBeijinhos
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Não só não têm fim à vista com parece terem tendência para se deteriorar, Majo.
EliminarBeijinhos
Num presente caso, sob diversos pontos de vista, distante de mim e por si só deste "jardim" aqui "à beira-mar plantado"; mas que no entanto mesmo dito caso contendo factores suficientemente transversais à humanidade no seu todo, senão em efectivo pelo menos em potencia, independentemente do espaço, do tempo, do contexto sociocultural, político e existencial de cada qual; apesar de e/ou até por tudo, no seu global conjunto só me resta concluir dizendo que quem dera toda ou a maioria da humanidade tivesse a sensatez, a capacidade de análise, de raciocínio e de síntese do caro Pedro Coimbra.
ResponderEliminarBem haja
Abraço
Um braço de ferro em que nenhum dos lados quer perder face, essa característica tão chinesa, Victor Barão.
EliminarE em que há muitos interesses envolvidos.
Aquele abraço
Bom dia, Pedro.
ResponderEliminarEstá tudo consigo e a família?
Um abraço.
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/macau-tres-mortos-e-dois-desaparecidos-devido-ao-tufao-hato
Foi um inferno, Maria Araújo.
EliminarEstamos todos bem mas apanhámos um valente susto e ficámos com alguns danos em casa.
O pior tufão a atingir Macau desde que há registos.
Um abraço
Ouvi na rádio e li.
ResponderEliminarO que importa é todos estejam bem.
Quanto ao que li neste post, sinceramente, o que é que está bem neste mundo?
Um beijinho
Em 22 anos de Macau nunca tinha tido medo de um tufão.
EliminarDesta vez tive.
E não foi pouco.
Agora, no estado em que ficou a cidade, vamos ver quando é que nos arranjam as coisas.
Em Hong Kong as posições estão extremadas.
Mas pelo menos não apanharam este inferno.
Porque souberam prever as coisas e avisar as pessoas.
Beijinhos
Difícil escolha. Divisão de filosofia. Sérios riscos. O essencial está na segurança de cada um. Ainda estão bem!Aquele abraçO
ResponderEliminarA cidade hoje está um caos, Nidja Andrade.
EliminarAssustador!
Um abraço