Afinal não Podemos
O impasse político em Espanha mantém-se e parece não ter outra resolução que não seja a realização de eleições.
As exigências do Podemos provocaram o fim das negociações que decorriam com o PSOE e o Ciudadanos, curiosamente um fim unilateralmente decretado pelo líder do Podemos.
E o cenário de eleições, a realizar no final de Junho, é uma possibilidade cada vez mais forte, quase uma inevitabilidade.
Ainda que as sondagens mostrem que 80% dos espanhóis se opõe a este cenário, os partidos políticos mostram-se incapazes de chegar a entendimentos que viabilizem a formação de um governo.
Depois do fracasso à direita, o fracasso à esquerda (PSOE e Podemos, que o Ciudadanos deverá ser categorizado como partido de centro-direita).
Os negociadores do PSOE colocam o ónus deste fracasso por inteiro no Podemos e nas suas exigências.
Podemos que terá apresentado um caderno de encargos muito longo, muito exigente, muito para lá do que o PSOE estaria disposto a ceder e o peso eleitoral e parlamentar do partido de Pablo Iglesias justificaria.
O mesmo PSOE que recusa qualquer entendimento com a direita e a possibilidade de continuação de Mariano Rajoy no poder.
Ao contrário de Portugal, onde as forças políticas de esquerda souberam encontrar um denominador comum que evitasse a continuação da direita no poder, em Espanha, este caldo de cultura que juntava dois partidos de esquerda e um de centro-direita, não parece funcionar, não parece ser capaz de alcançar o tal menor denominador comum que evite a realização de eleições, sendo que a hipótese de encontrar uma solução no "centrão" espanhol parece de todo impossível.
A realização de eleições, parecendo inevitável, afigura-se de resultado imprevisível.
Como reagirão os espanhóis, chamados às urnas contra sua vontade, num cenário económico complicado, com números de desemprego altíssimos?
Um voto de protesto que apresente números brutais em termos de abstenção punindo a incapacidade de diálogo e entendimento entre partidos políticos?
Um reforço do voto à direita mantendo Rajoy no poder?
Uma viragem à esquerda com o reforço da votação no PSOE?
Uma votação similar à das últimas eleições e a continuação do impasse político?
A única certeza é que mais e mais se percebe que a resposta a todas estas questões só será dada em Junho, nas urnas, por muito que os espanhóis mostrem não o querer.
Está complicado.
ResponderEliminarUm abraço
As eleições, Elvira Carvalho, as eleições podem ser a solução.
EliminarSem garantias de sucesso.
Um abraço
Pois é amigo...uma trapalhada do caneco e acho que os espanhóis devem estar fartos da situação e não sei, não!
ResponderEliminarOs espanhóis que não querem eleições e que as vão ter à força, Fatyly.
EliminarIsto é que é respeito pela vontade popular!!
Pois é os nossos hermanos estão com dificuldades em arrumar a casa politicamente e o desfecho vai ser novas eleições com resultados imprevisíveis.
ResponderEliminarUm abraço e óptima Quarta-Feira.
Haja quem se atreva a prever o desfecho das mais que prováveis eleições, Francisco.
EliminarAquele abraço
Já se arrasta numa novela quase superior à que aconteceu em terreno nacional!
ResponderEliminarBeijinhos
Em Portugal tudo se resolveu muito rapidamente, Chic'Ana.
EliminarJá em Espanha...
Beijinhos
Pedro, enquanto isso no Brasil o que temos são um bando de corruptos comprovados que brigam entre si . Nosso País segue parado. Uma vergonha, um desconforto imenso me abate. Está difícil enxergar uma luz ....
ResponderEliminarA situação política no Brasil também está longe da clarificação, Margoh.
EliminarTambém não me atrevo a fazer previsões.
Exactamente, Pedro. É também essa a minha opinião desde Janeiro.
ResponderEliminarQuando os partidos políticos esquecem a vontade popular para se envolveram em questiúnculas de poder o sistema está doente, Carlos.
EliminarA Espanha é grande! Rertalhe-se uma quintinha para cada um.
ResponderEliminarSerá que as eleições vão resolver alguma coisa? Parece-me que andam a pedir chuva.
Quando assim é, o egoísmo de alguns leva a desgraça a muitos.
Abraço.
Fazer o oposto do que o povo quer, Agostinho.
EliminarMas não era suposto os partidos servirem as pessoas???
Se calhar sou eu que sou ingénuo...
Aquele abraço!
Verdadeiramente uma incógnita.
ResponderEliminarCom tanta coisa que têm para se preocupar e resolver, os partidos políticos espanhóis discutem formações e lugares no governo.
EliminarEspero que o povo lhes dê uma valente lição, luisa!
E eu acho que essa solução ainda acaba por ser a melhor !
ResponderEliminarAntes isso que uma coligação contra-natura, forçada, no fio da navalha, que poderia romper-se em pouco tempo !
Assim os eleitores tiveram (vão ter) tempo para repensar pesar os prós e os contras e decidir melhor o seu voto !
Abraço !
Eu sou sempre favorável a devolver a palavra ao povo, Rui.
EliminarQue ainda deve ser quem mais ordena.
Aquele abraço!