Vícios que teimam em manter-se inalterados


A tão apregoada abertura do regime chinês ao exterior teima em apresentar-se coxa e zarolha.
O último exemplo dessa realidade é recente e chega de Tianjin.
A cidade que, massacrada por explosões ainda muito mal explicadas, transformada num cenário apocalíptico, ainda não percebe se pode recomeçar a viver ou se tem que se enclausurar.
Porque terão existido novas explosões, porque os materiais guardados nos contentores que explodiram podem ser altamente tóxicos.
Perante cenário tão caótico, como reagem as autoridades centrais chinesas?
Quando se deviam preocupar em mobilizar os seus cidadãos e a ajuda internacional para averiguar exactamente o que se passou e reagir imediatamente e de forma coordenada no auxílio às populações, centram as suas preocupações na censura aos meios de comunicação, às redes sociais, iniciam a caça às bruxas na busca de culpados que terão que ser encontrados, exibidos ao povo chinês e ao Mundo, exemplarmente punidos.
Para que tudo se possa manter como até aqui, com os mesmos vícios, a mesma esquizofrenia, o mesmo autismo.
Vícios, esquizofrenia e autismo que não permitem ao regime chinês perceber que a abertura económica tem que ser acompanhada de alguma abertura política, por muito ténue que seja.
A tecla da não interferência nos assuntos internos já está  gasta de tão demasiado batida.

Comentários

  1. Prioridades que não se podem aceitar. São e serão sempre diferentes estes políticos chineses.

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    1. Acabo de ouvir a notícia da prisão de altos quadros da empresa envolvida.
      A tal caça às bruxas a mostrar os primeiros resultados.
      A mim preocupa-me mais a possibilidade de haver cianeto na água.
      Prioridades.....

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  2. Precisa acordar, a China. Até lá, nada é possível!

    Boa tarde, Pedro. :)

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    1. Maria Eu,
      Os líderes chineses teimam em não querer perceber que abertura económica sem alguma abertura política não é possível no mundo globalizado em que vivemos.

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  3. Pedro, numa informação divulgada pelo jornal oficial Diário do Povo, ligado ao Partido Comunista, através da sua conta de Twitter, pode ler-se que vários funcionários de nível médio de Binhai, a zona portuária da cidade chinesa de Tianjin onde vários contentores explodiram na passada quarta-feira, estão a ser investigados por suspeitas de terem recebido subornos.

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    1. Já há alguns presos, António.
      A informação, como também já é hábito, vai saindo a conta-gotas.

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    1. E a caça às bruxas continua, Mor.
      Agora é que descobriram que não havia licenças, que havia subornos, corruptos......enfim, same same but different

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  5. É tudo tão triste e dantesco que não consigo dizer mais nada.

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    1. Eu só consigo pensar nos dramas das pessoas.
      Que perderam entes queridos, que perderam tudo :(

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