Ainda o caso de reconhecimento de habilitações da médica macaense
Vale a pena relembrar sumariamente a situação para melhor enquadrar o raciocínio e as conclusões subsequentes.
A imprensa em língua portuguesa (Hoje Macau) noticia o caso de uma médica macaense, licenciada na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com média final de 19,6 valores, que não viu reconhecidas as suas habilitações pelos Serviços de Saúde de Macau e que recorreu judicialmente dessa decisão.
Quando qualquer questão chega às instâncias judiciais para ser por estas analisadas manda o elementar bom-senso que os possíveis intervenientes, sejam eles quais forem, se abstenham de quaisquer considerandos acerca da questão que está a ser tratada pelos tribunais.
Não foi isso que aconteceu e o Executivo de Macau deu dois tiros nos pés seguidinhos neste caso em particular.
Primeiro foi o Secretário da tutela.
De tão voluntarioso que se apresenta no tratamento de todos os problemas com que é confrontado, Alexis Tam corre o risco de ser muitas vezes precipitado nas suas declarações (a ausência de assessores políticos tem estes efeitos).
Perante um caso que o próprio confessou desconhecer (só o conheceu através das notícias publicadas), Alexis Tam comprometeu-se a resolver o mesmo à revelia dos Serviços que tutela (tiro número um).
Por falar em revelia, os Serviços de Saúde não quiseram ficar atrás da entidade tutelar e, já depois das declarações de Alexis Tam, emitiram um comunicado a desmentir o teor das notícias publicadas e a remeter para os tribunais o tratamento da questão.
Isto sem se absterem de dar a sua versão dos acontecimentos (tiro número dois).
Este caso demonstra claramente uma certa inabilidade (e também falta de maturidade) política da parte dos altos quadros da Administração Pública de Macau.
E remete para a conclusão de uma conhecida anedota - organizem-se!!
Parece anedota!
ResponderEliminarUm dos casos em que a realidade ultrapassa a ficção, Catarina :(
EliminarÉ habitual haver problemas de reconhecimento de habilitações?
ResponderEliminarQual o motivo da recusa?
Ora aí está a pergunta do milhão de euros, Agostinho.
EliminarO que é que não foi reconhecido (consta que foi só a especialidade e não as habilitações literárias) e porquê.
Questões que terão resposta nos tribunais.
E foi a própria pessoa a tomar a iniciativa de submeter a questão a apreciação judicial.
Julgamentos na rua é que não.
Temos muitos exemplos dos maus resultados que isso dá.
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ResponderEliminar~ Nacionalismos?
~ Situação, no mínimo, muito estranha!
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~~~~~~ Beijinhos. ~~~~~~
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Que só os tribunais poderão esclarecer devidamente, Majo.
EliminarCada vez mais sou adepto do recato na Justiça.
Beijinhos
ResponderEliminarcom média final de 19,6 valores ser recusada ?!
a fasquia está alta Pedro
Vamos ver bem o que é que se passou, Angela.
EliminarParece-me que a história está muito mal contada....
Um gosto ter chegado ao seu blogue. Já me registei.
ResponderEliminarVoltarei sempre que possa.
A inabilidade política é do pior que pode acontecer
na política...
Abraço
Irene Alves
Irene Alves,
EliminarSeja muito bem-vinda.
Vou visitar o seu blogue também
Abraço
Foi um assunto mal tratado que mesmo que venha a dar razão à Doutora (como parece ser o mais provável) também já lhe está dar muito trabalho, despesa e dissabores :(((
ResponderEliminarVamos ver, papoila, vamos ver....
EliminarE é só em Macau?!!!! Que bom seria.
ResponderEliminarBeijinho
Este é dos tais males que se espalham com grande facilidade, Graça.
EliminarMas em Macau, que em muitos aspectos ainda continua a ser a aldeia piscatória, nota-se mais.
Beijinhos