Na Época da outra senhora
Na época da ditadura
Podíamos acelerar os nossos automóveis nas auto-estradas acima dos
120km/h sem nenhum risco  e não éramos multados por radares
maliciosamente escondidos mas...
 não podíamos falar mal do presidente.
  Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem
era cidadão de bem, quem era bandido e quem era terrorista mas...
 não podíamos falar mal do Presidente.
  Podíamos dar piropos à funcionária, à menina do "guiché" das contas a pagar ou à  recepcionista sem correr o risco de sermos processados por "assédio sexual" mas...,
 não podíamos falar mal do Presidente.
 Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei!
preto!), credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! sua bicha!)
e não éramos processados por "discriminação" por esse motivo mas...
 não podíamos falar mal do presidente.
  Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do expediente do
trabalho para relaxar e conduzir o carro para casa, sem o risco de sermos
jogados à vala da delinquência, sendo presos por estarmos "alcoolizados"
mas...
 não podíamos falar mal do Presidente.
  Podíamos cortar a árvore do quintal, empestada de pragas, sem que isso constituísse  crime ambiental mas...
 não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos ir a qualquer bar ou boite, em qualquer bairro da cidade, de
carro, de autocarro, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos
assaltados, sequestrados ou assassinados mas....
 não podíamos falar mal do presidente.
  Hoje, a única coisa que podemos fazer
 ...é falar mal do presidente!
Como os tempos mudaram!!!



E não é que é verdade?
ResponderEliminarUm abraço
Todinha, Elvira Carvalho!!
EliminarUm abraço
Em que período se estava/está melhor?
ResponderEliminarPrefiro mil vezes poder dizer mal do Presidente, António.
EliminarMuito verdadeiro infelizmente ! :(
ResponderEliminarMas é bem melhor poder dizer mal do Presidente, Ricardo.
EliminarMudam-se os tempos, mudam-se as noções de liberdade...
ResponderEliminarA que se vive agora é muito mais real, verdadeira, Carlos.
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