Contratos de swap, trocas e baldrocas
A crise financeira em Portugal arrastou consigo, entre outras coisas, uma série de expressões até então praticamente desconhecidas dos portugueses.
Um bom exemplo desta novilíngua são os contratos de swap, vulgo swaps, presença constante no vocabulário actual.
Como o vocábulo inglês indica, swaps são trocas, mais concretamente, operações em que há troca de posições quanto ao risco e rentabilidade entre investidores.
Sendo as mais vulgares as que envolvem taxas de juro e taxas de câmbio, as operações de swap têm por objecto moedas, commodities ou activos financeiros.
Quaisquer que sejam, são operações que envolvem elevado risco.
Como tal, deviam ser sempre objecto de consentimento prévio, informado, dos detentores do capital envolvido.
Consentimento prévio e informado que não deve ser confundido com a legitimidade governativa resultante do voto popular.
Porque, a ser assim, mais que trocas, passam a ser baldrocas, isto é, fraudes.
Precisamente o que se passou com os dinheiros públicos que foram sucessivamente utilizados nestas operações financeiras altamente especulativas com os resultados ruinosos que todos conhecemos.
Devia decorrer daqui que, seja quem for, e independentemente da cor política, que esteve envolvido neste tipo de gestão ruinosa, não devia posteriormente poder aceder a funções de governo ou de gestão.
O oposto do que vamos podendo observar.
Outro tipo de trocas e baldrocas.
E estas nem têm a designação pomposa de swaps.
Sendo as mais vulgares as que envolvem taxas de juro e taxas de câmbio, as operações de swap têm por objecto moedas, commodities ou activos financeiros.
Quaisquer que sejam, são operações que envolvem elevado risco.
Como tal, deviam ser sempre objecto de consentimento prévio, informado, dos detentores do capital envolvido.
Consentimento prévio e informado que não deve ser confundido com a legitimidade governativa resultante do voto popular.
Porque, a ser assim, mais que trocas, passam a ser baldrocas, isto é, fraudes.
Precisamente o que se passou com os dinheiros públicos que foram sucessivamente utilizados nestas operações financeiras altamente especulativas com os resultados ruinosos que todos conhecemos.
Devia decorrer daqui que, seja quem for, e independentemente da cor política, que esteve envolvido neste tipo de gestão ruinosa, não devia posteriormente poder aceder a funções de governo ou de gestão.
O oposto do que vamos podendo observar.
Outro tipo de trocas e baldrocas.
E estas nem têm a designação pomposa de swaps.
Trocas e baldrocas ao estilo bem português.
ResponderEliminarCatarina,
EliminarNeste caso, se há alguma coisa de especificamente português (será??) é serem nomeadas para cargos políticos, ou de confiança política, pessoas que estiveram envolvidas nestes negócios ruinosos.
Porque, em boa verdade, esse tipo de negócios, essa roleta russa, foi jogada um pouco por toda a parte.
O melhor é que em Portugal, por muita porcaria que faça, essa malta mesmo depois de sair de cena tem um futuro risonho garantido. Depois do 25 de Abril de 1974 é um autêntico fartar-vilanagem.
ResponderEliminarTive hoje conhecimento de que vai ser posto à venda um livro que quero ler e que acho que vai explicar muitos destes tachos, FireHead.
EliminarComo a Maçonaria tomou conta do poder em Portugal (se não é este o título, é muito semelhante).
Valerá a pena ler para perceber como funcionam estas ligações.
Estimado Amigo Pedro Coimbra,
ResponderEliminarSão vigarices atrás de vigarices e esses melros continuam nos seus poleiros a rirem-se do povo, pois esse é que paga sempre as favas.
E para tapar esses buracos lá vai o governo, digo os piratas, irem de novo ao bolso dos reformdos sacar-lhes mais 15% das suas reformas, isto para todos os aposentados que recebam mais de 600 euros.
Viva a vilanagem.
Abraço amigo
EliminarDescontar uma vida inteira e ver esse contrato social ser quebrado unilateralmente é revoltante, Amigo Cambeta.
Não há com contestar isso.
Seja quem for que esteja no poder, é revoltante.
Aquele abraço!!
Deveria ser impedido/a de exercer gargós públicos, de acordo. Mas vou mais longe: deveria ir a Tribunal, porque estes comportamentos dolosos e irresponsáveis (para não dizer fraudes)estão prejuducando o Estado e arruinando a vida de milhõ9es de portugues@s enquanto as criaturas ainda se arrogam o desplante de debitarem uma série de alarvidades!!
ResponderEliminarAlém disso, era isto que Passos defendia na oposição e agora eleva a ministra das Finanças uma senhora que tem responsabilidades nestas negociatas e coloca Rui Machete em ministro dos Negócios Estrangeiros!
Depois, o Governo - com a conivência da Cavaco -rouba (não há outro termo) quem descontou uma vida toda para ter uma reforma mais ou menos condigna e os únicos cortes que faz são na área social!!
Desculpe o alongamento e tenha boa semana
EliminarNão só não tem que pedir desculpa, São, como estamos inteiramente de acordo.
Independentemente de cores políticas, de opções partidárias, devia haver princípios de conduta que todos deviam seguir.
E que estão bem longe daquilo que vemos.
Boa semana!
Pedro
ResponderEliminar'Swape-se' quem puder. A malta aguenta :)
Abraço
Ai aguenta, aguenta.
EliminarNão era isso que dizia o outro do alto da sua gaiola dourada, António?
Aquele abraço!!
Infelizmente dá que pensar se com a actual governação este tipo de crimes não serão recompensáveis, porque no fim de contas são todos "promovidos à nossa revelia" e eu e milhares como eu que trabalhamos tanto e fizémos da Segurança Social o nosso fiel depositário vermos que os cortes começam sempre pelas reformas mais baixas e pergunto se 10% numa de 600€ é tão dolorosa como numa de 10.000€+subsidio vitalício+o raio que os parta!!!!
ResponderEliminarNão sei se os três envolvidos serão realmente culpados, mas pergunto onde fica a moral e edoneidade no meio disto tudo? Se um trabalhador tem um processo disciplinar e até ser apurada a verdade é SUSPENSO...estes senhores gozam connosco e sempre quero ver o que é que o povo português irá fazer nas próximas eleições autárquicas.
Eu sabia o que lhes fazer!!!!
Fatyly,
EliminarIndependentemente dos governos, dos partidos, das pessoas em concreto, quem esteve envolvido nesta gestão ruinosa não podia ser novamente nomeado para funções em tudo semelhantes.
E, mais que isso, devia ser civil e criminalmente responsabilizado.
Nada que outros países não tenham já feito, não é?
Trocas e baldrocas lesivas do Estado português, não deviam só impedir quem as faz de ocupar cargos governativos, como irem a tribunal, para averiguar responsabilidades. E as penas deviam ser pesadas, em caso de dolo. Infelizmente, também não é isso que se vê por cá, antes pelo contrário, estes sujeitos quase são premiados com altos cargos governativos. Uma vergonha, independentemente da filiação partidária... :P
ResponderEliminarBeijocas!
Repito o que respondi à Fatyly, Teté - nada que outros países não tenham feito, não é?
EliminarBeijocas!
Agora, todos os dias aparece alguém do PSD nomeado para o governo ou para empresas públicas ( hoje foi um tipo das Águas de Portugal) envolvido nas swaps. É caso para dizer que o PSd queria tosquiar o PS com essas operações, mas saiu tosquiado. Acontece aos melhores...
ResponderEliminarCarlos,
EliminarNos tais partidos do arco da governação (o que eu gosto desta expressão!!) não há quem não tenha telhados de vidro.
O curioso é que, de quando em vez, se esquecem disso e desatam a atirar pedras.
E é com cada estilhaço!!!
Mariquice de palavras que se importaram do inglês americano que é utilizado nos cursos de gestão. Até parece que em português não há palavras com esses significados. Ou então é porque dito em americano tem outro impacto e cobre melhor as vigarices que os gestores, administradores e governantes fazem.
ResponderEliminarEm inglês fica muito mais bonito, Graça, muito mais pomposo.
EliminarSer ladrão, em inglês, tem outro glamour.