NOBRE POVO, NAÇÃO VALENTE E IMORTAL
Raul Brandão conta no seu livro de memórias
(2º volume) que em conversa com José de Azevedo (José de Azevedo Castelo Branco,
ministro dos Negócio Estrangeiros do último governo da monarquia – 25 de Junho a
5 de Outubro de 1910), este lhe disse o seguinte: “Olhe que nós temos sido um
país tutelado. Quando tomei posse da pasta dos Estrangeiros apareceu-me no
ministério um segundo secretário da legação inglesa com um papel para assinar.
Li, pus-me vermelho como um pimento e disse:-- Não assino isso.— Mas o senhor
Vilaça e todos os outros ministros têm assinado um papel idêntico. – Mas eu não
assino. – Quinze dias depois o embaixador, que não estava então em Lisboa,
tornou ele próprio com o papel e levou a mesma resposta. A conversa foi de tal
ordem, que acabei por lhe dizer: --Senhor embaixador, fiquei com a impressão de
que estive sendo interrogado pelo juiz de instrução criminal. – Sabe o que era o
papel? O papel que todos os ministros dos Estrangeiros assinam logo que tomam
posse? É a obrigação de que não faremos isto, aquilo e aqueloutro sem permissão
da Inglaterra.”
Lá está, a velhíssima aliança luso-inglesa...
ResponderEliminarQue funcionou sempre melhor num dos sentidos, não é, FireHead? :))
EliminarFaz-me lembrar aquela expressão "amigos de Peniche"...
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