Vergonha em Braga; goleada em Alvalade

Ontem não houve futebol em Braga.

Aquela porcaria pode ser qualquer coisa. Futebol não é de certeza!

Quatro penáltis, quatro expulsões (todas de jogadores do Guimarães), pancadaria nas bancadas, o Vitória a anunciar que vai protestar o jogo.

O dérbi do Minho costuma ser quentinho.

O de ontem foi miserável!

Tudo porque um senhor, supostamente árbitro, chamado Artur Soares Dias, resolveu ser o protagonista do jogo, ele que não tem categoria nem para ser actor secundário.

O Braga ganhou (3-2), o Guimarães foi altamente lesado, neste jogo e nos que se seguem, e confirmou-se que é exótico ter um Braga a lutar pelo título, pela Liga dos Campeões, ainda que seja artificialmente.

Algo de semelhante ao que aconteceu com o Boavista aqui há uns anos.

Basta ver a carreira do Boavista, e de Jaime Pacheco, após esse ano de glória para tirar conclusões....

E o Boavista ainda tinha Ricardo, Litos, Pedro Emanuel, Meireles, Ricky,...

O Braga não tem.

Tem um bom treinador, um ou outro bom jogador, muita alma, e é engraçado, curioso, exótico (insisto no termo) andar ali pelos lugares cimeiros.

Em Alvalade, pelo contrário, houve futebol.

Com a equipa devolvida à normalidade, afastada a pressão (o treinador não tem pressão porque já sabe que não fica; os jogadores não têm pressão porque já asseguraram o quarto lugar que José Eduardo Bettencourt lhes pediu), com um Rio Ave em completa desgraça do outro lado do campo, o Sporting jogou, goleou (5-0) e o puto Djaló deu nas vistas - um jogaço, coroado com um hat-trick.

Para que nada faltasse a um jogo intenso e emotivo, o parvo Izmailov demonstrou que não merece estar no Sporting, conseguindo levar uma assobiadela dos adeptos e ser expulso dez minutos depois de ter entrado em campo.

O russo não quer jogar no Sporting, não merece estar na equipa, é um mau profissional, e não é, longe disso!, um grande jogador.

Fora que só está a destabilizar!

A Academia de Alcochete é excelente (a melhor, a par do Ajax) a formar garotos com uma aptidão natural para jogar nos extremos (direita ou esquerda, é indiferente), capazes de fintar e chutar com os dois pés, de flectir para o meio e criar desiquilíbrios, marcar golos.

Exemplos? Que tal Ronaldo, Nani, Simão, Varela, Quaresma? Está a aparecer Djáló e falta dar oportunidades mais consistentes a Pereirinha.

Um segredo bem guardado e que vai dando craques ao Sporting e ao futebol português.

No outro jogo da noite, o Nacional da Madeira bateu o Leixões (1-0) e manteve acesa a luta pelo quinto lugar.