Messi é jogador da Playstation (Wenger) e Mourinho faz história

A noite de ontem vai ficar para a história da Champions League.
Em Barcelona, um garoto argentino deu razão às palavras de Mourinho que, há alguns anos, no final de um jogo do Porto, disse que o Deco, às vezes, devia ser proibido de jogar.
Não é o Deco, é Messi, que Arséne Wenger ontem classificou como um jogador da Playstation.
E assim, realmente, é quase batota.
O Arsenal apresentou-se em Nou Camp de peito feito, a estratégia que trazia para o jogo estava a resultar em cheio - marcar primeiro, algo que aconteceu aos 18 minutos de jogo, e, com isso,  enervar o Barcelona - quando o "batoteiro" Messi resolveu dar um recital de futebol.
Quatro golos, uma exibição impressionante, uma demonstração de classe, de um talento imenso, de um prazer infantil de jogar à bola.
O Barcelona (Messi) goleou, passa às meias-finais, houve espectáculo, escreveu-se história, e cresce a curiosidade para ver os minorcas argentinos (Messi, Aguero, Di María) a jogar no Mundial.
Só Maradona nos pode estragar o prazer de ver estes garotos a darem espectáculo.
Segue-se, no caminho do Barcelona, o Inter de Mourinho.
Mourinho que também fez história ontem.
Com a vitória (1-0) em Moscovo, frente ao CSKA, o treinador português é o primeiro a conseguir chegar às meias-finais da Champions no comando de três equipas diferentes (Porto, Chelsea, esta duas vezes, e agora o Inter).
Ao contrário do jogo de Barcelona, o jogo de Moscovo foi frio, sem emoção, sem chispa, sem espectáculo.
Sneijder marcou de livre logo aos seis minutos e, logo ali, resolveu a eliminatória.
O resto do jogo foi totalmente controlado pelo Inter, na nítida intenção de segurar o resultado, evitar lesões e desgate desnecessários.
Fica-se a aguardar o embate entre o melhor jogador da actualidade (Messi ultrapassou Ronaldo nos tempos mais recentes) e o melhor treinador da actualidade.
Um duelo entre um jogador e um treinador que têm o toque de Midas.

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