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Içando o Costa Concordia

Plano de US$400 MI p/desencalhar o Costa Concordia

Em Janeiro de 2012, o navio de cruzeiro Costa Concordia atingiu uma rocha ao largo da costa de Isola del Giglio, no Mediterrâneo.
Trinta pessoas a bordo morreram e duas estão desaparecidas.
Quase um ano depois, os destroços ainda estão assentados na costa da ilha, com a maior parte submersa.
Como o Costa Concordia está em um parque marinho nacional de recifes de coral protegidos, deverá ser removido da área para só então ser desmontado, representando assim inúmeras dificuldades.
Em um relatório sobre os esforços para remover os destroços, Leslie Stahl, do 60 Minutos, visitou o local e considerou notável a operação de resgate de US$ 400 milhões.
Não só é o mais arriscado plano de resgate, como o mais complicado, e mais caro já realizado, mas ninguém tem certeza se vai funcionar. 
Inundado, o navio pesa 60.000 toneladas. Ele está assentado em dois picos de montanhas submersas, com 65% abaixo da linha d'água. 
A operação está sendo paga pelas companhias de seguros. 
O plano é girar o barco até que fique na posição normal, assentado sobre uma plataforma submarina em construção. 
Em seguida, o farão flutuar, elevando a maior parte da sua estrutura acima da superfície. 
Flutuando, poderá ser rebocado. 
Antes de trabalhar no navio inclinado, os trabalhadores tiveram um curso de escalada em montanha durante 4 dias. 
A plataforma submarina está sendo construída no norte da Itália. 
A armação deve ser transportada através do Mar Adriático, em torno da bota da Itália, até o local do naufrágio. 
A plataforma pesa três vezes mais que a Torre Eiffel e será fixada no fundo do mar. 
A broca de perfuração irá operar em um tubo que reterá os detritos sem contaminar a região. 
Por enquanto, o navio é mantido no lugar por cabos de aço, mas tempestades fortes podem desalojá-lo, deslocando-o a profundidades maiores, o que 
tornaria a operação de remoção quase impossível. 
Em torno de 111 mergulhadores estão trabalhando diariamente na operação,em turnos de 45 minutos. 
Como o Costa Concordia será posicionado sobre a plataforma? 
O plano envolve essencialmente "soldar um novo navio ao naufrágio". 

O novo "navio" será composto de enormes caixas de aço ocas, denominadas 
"estabilizadores", com mais de 11 andares de altura.
Nove estabilizadores serão soldados sobre a face exposta do navio,com apenas 2,5cm entre eles.
 Em seguida, os cabos de aço vão ser conectados entre os estabilizadores e a plataforma. 

Os cabos serão tracionados por mecanismos hidráulicos, tazendo o navio 

para cima da plataforma. 

Outros estabilizadores serão então soldados no outro costado do navio. 

Uma vez que o navio estiver na posição normal, os estabilizadores 
(flutuadores) devem fazê-lo flutuar. 

O navio vai ser içado no próximo verão. Uma vez iniciado o processo, não há 

como ser interrompido, mesmo se algo der errado. 
O plano B é de desmontar o navio onde se encontra, a um custo enorme 

para o meio ambiente local. 


Se tudo correr bem, o "Costa Concordia" será cortado para sucata, longe de 



Giglio. Ele é tão grande, que o desmanche vai demorar 2 anos.


Comentários

  1. Não seria mais fácil remover peça a peça e material nocivo e deixar a carcaça (depois de tratada) para os peixinhos e corais como fizeram com vários?:)

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    Respostas
    1. Imagine então quanto valerá este navio para fazerem esta operação tremenda, Fatyly!!

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    2. Não faço a mínima ideia Pedro, mas já fizeram cá em dois navios militares...ah mas pera, eles foram desmantelados em terra e só depois levados para o fundo do mar do Algarve.

      Sou mesmo burra pá...é o que faz não perceber nada dessas innnnnngenhocas:)

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    3. Este navio deve valer uma fortuna incalculável, Fatyly.
      É a única justificação para esta operação.

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  2. Enquanto lia isto só me lembrava do Tollan, Pedro

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